Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Os “mercados” perderam o pudor, por André Araújo

Os “mercados” perderam o pudor

por André Araújo

O candidato Geraldo Alckmin, em suas andanças em campanha, tem prometido cuidar da geração de empregos, o problema central dos brasileiros das classes pobres onde está a maioria dos eleitores. Essa promessa não combina com o guru econômico do candidato, o banqueiro Persio Arida.

A promessa ou atenção ao problema, sem o qual não há como governar o Brasil, não foi combinada com o assessor econômico do candidato Persio Arida que disse alto e bom som em entrevista-sabatina na Central de Eleições da GLOBONEWS que o “emprego não é um problema do Estado”, desmentindo Lord Keynes e o Presidente Roosevelt, para quem o desemprego causado pela recessão era não só um problema, era “ O PROBLEMA” do Pais, do Estado e do governo.

Com relação a Arida, se ele está bem o resto que se dane. O candidato Alckmin fez mal em escolhe-lo. Arida não é um “craque” para o Brasil como disse Alckmin, é um “craque” para ele mesmo. Ele entrou no grupo de economistas do Real em 1994 com um fusquinha velho e saiu milionário sócio do Banco BBA, ficou rico como todos os economistas do Real, à custa do Estado. Ficaram milionários “com o Estado”, esse mesmo Estado que eles querem reduzir ao mínimo quando se trata de ajudar os pobres, mas não era mínimo quando ajudou a eles, economistas do Real, ficarem ricos porque estavam “dentro do Estado”. O Estado foi a fonte de riqueza através do manejo de moedas podres e privatizações.

Nestas eleições os “mercados” perderam o pudor e põem a cara diretamente para tomar o Estado como se fosse um “takeover” de uma empresa moribunda, dessas galinhas mortas que os fundos abutres compram por um dolar assumindo as dividas.

Sem nenhum pudor, os “mercados” apresentaram até seu próprio candidato pessoa física, um típico operador de mercado sem outra qualificação, que atende pelo sobrenome lisboeta de Amoedo, saído diretamente de um conto de Eça de Queiroz para defender o sagrado direito dos rentistas ao juro máximo que será possível extrair da economia brasileira após o mais rigoroso ajuste fiscal em cima dos ambulatórios e das creches, do SUS, das escolas elementares, da merenda escolar, do apoio à velhice, da derrubada do crédito agrícola, do fechamento do BNDES, do fim da PETROBRAS.

Essa expressão do núcleo rentista Gavea-Leblon, que  enriqueceu com as privatizações da Era FHC, tem uma única visão de Brasil, a de plataforma para daqui extrair riquezas e gastá-las em Miami ou Lisboa. O destino dos 180 milhões de pobres, o lugar da riquíssima cultura brasileira, o espaço estratégico único desse grande País continental não lhes interessa minimamente. Aliás, nem têm consciência disso. Na cabeça uma cartilhazinha ideológica neoliberal dos anos 90, já desmoralizada em todo o mundo e só, não tem mais nada, nem uma nova visão, nem uma análise mais sofisticada.

O incêndio e destruição do emblemático Museu Nacional, que fica na própria cidade desses neoliberais, mostrou o  descaso das fortunas com a sorte do Brasil. Recursos mínimos, que se gasta em seis prestações de jatinho, seriam suficientes para uma base de manutenção em um edifício que é ele mesmo, só o prédio, símbolo da História do Brasil e tudo na cara desses operadores de mercado que, com absoluta certeza, jamais pisaram no Museu Nacional.

Os privatistas cariocas não estão interessados em Brasil, o interesse deles é no JURO do Brasil e nada mais, dai a necessidade do ajuste fiscal no ANDAR DE BAIXO para garantir a divida publica.No andar de cima não porque lá tem parentes e amigos e medo de incomodar quem pode atrapalhar seus negocios.

A grandeza dos EUA se deve à contribuição moral e financeira de suas elites de raiz às instituições públicas, museus, filarmônicas, centros de pesquisa, universidades, hospitais, com imensas doações de fortunas e contribuições, sob o domínio do espírito cívico.

Só o fundo de investimentos da Universidade de Yale, constituido por doações, tem 38 bilhões de dólares, o do Metropolitan Museum of Art de Nova York tem 2 bilhões de dólares de reserva, formada por doações, há museus americanos que recusam doações porque já as tem em excesso.

Já os financistas brasileiros, especialmente os cariocas, têm como único objetivo seu enriquecimento, pouco se lhes dá a situação dos carentes, a grande maioria da população, desamparada por condicionantes históricas seculares e jamais resgatada de sua baixa condição, esse esforço depende do Estado e não do mercado, que tem seus próprios interesses onde, por definição, não se inclui construir a nação pela base, pelo atendimento de carências, eles são filosoficamente contra programas sociais, um dos maiores alvos do neoliberalismo ‘a la Thatcher’.

O AJUSTE FISCAL NA VISÃO NEOLIBERAL

A boa ordem das finanças públicas é um processo que pode ser manobrado de várias formas.

Na visão progressista significa corrigir aberrações em salários e aposentadorias em total desalinho com os padrões racionais de mercado, sem referência com o nivel internacional, onde um notável excesso de cargos nas áreas jurídicas e burocráticas é remunerado em padrão 60 ou 70% acima do mercado privado, conforme pesquisa do Banco Mundial. Enquanto isso, médicos e engenheiros da mesma idade, com até maior escolaridade, ganham um décimo do que ganham advogados a serviço do Estado. Sem falar em professores do ensino elementar e médio, ganhando muito menos que motoristas do Senado, distorções absurdas que deveriam ser o verdadeiro alvo de ajustes necessários tanto sob o ponto de vista financeiro como de justiça social, eficiência, bom uso dos contribuintes, lógica racional de serviço público. Para quê pagar 40 mil para cargos que valem 15 mil?

Para os neoliberais o ajuste tem outro foco, são os apoios que se dá às carências pelo bolsa família, pelo SUS, pelo seguro desemprego, às aposentadorias rurais, esse é o foco neoliberal.

Não se vê reclamação desses ”ajustistas” com as vastas mordomias congressuais e judiciárias, com os jatinhos para Ministros voltarem para casa no fim de semana, quase 60 anos após a inauguração de Brasilia, quando morar na capital deveria ser exigência. Como os juízes da Suprema Corte americana moram em Washington e não se “deslocam” para casa no fim de semana à custa do Estado, os Reis britânicos dão o tom de ciclos de austeridade no Reino Unido, nos pós-guerras, dando o exemplo, o simbolismo do ajuste em cima é fundamental para quem quer pregar a necessidade de ajuste geral, austeridade começa no Palácio.

Então há mais de um tipo de ajuste, depende de quem maneja a tesoura. O ajuste precisa ser aplicado no andar de cima, o que é mais lógico mas mais difícil, ou no andar de baixo, mais injusto mas mais fácil. Esta última fórmula é a que está na cabeça dos neoliberais brasileiros.

Há outro tipo de ajuste que os neoliberais jamais farão, no lucro obsceno dos bancos conseguidos em grande Parte à custa do Banco Central, com remuneração dos depósitos compulsórios, com swaps cambiais desnecessários, com ausência de parâmetros, limites e práticas mínimas de proteção ao consumidor na limitação de taxas de juros. NÃO HÁ MERCADO LIVRE com o nível de concentração bancária no Brasil, não só contra as pessoas físicas, também contra empresas pequenas , médias e grandes no famoso “cartel do cambio”, apontado pela Associação dos Exportadores Brasileiros e objeto de um processo no CADE, com escassa chance de sucesso porque os bancos fazem parte do pacto de poder politico.

A base do cartel é a cobrança de um spread de câmbio dez vezes maior do que se cobra nos EUA e Europa, transferindo aos bancos boa parte dos lucros da exportação.

O caquético candidato Amoedo prega a privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, instituições bicentenárias e símbolos do Estado brasileiro e repete o realejo de Pedro Malan, gasto há 20 anos, “ vamos trazer bancos estrangeiros para aumentar a competição”. Papo gasto, Malan fez exatamente isso e o resultado foi zero, entregou o BAMERINDUS, banco popular de 600 agências para o HSBC, não aumentou competição alguma e nenhum juro baixou com essa conversa boba que agora o banqueiro Amoedo repete para novos crédulos.

NÃO HÁ NENHUM CAMINHO NEOLIBERAL PARA O CRESCIMENTO

Os economistas neoliberais continuam com o mesmo coro, não mudam, não atualizam, não adequam ao momento, ao ciclo, ao mundo. Um Pais com os recursos e as carências do Brasil precisa do Estado e dos mercado nos seus respectivos terrenos. Hoje, com o tenebroso desemprego, o Estado é fundamental para relançar o crescimento. O mercado sozinho não conseguirá jamais realizar essa tarefa. Há espaço para os dois, mas só o Estado pode criar demanda e poder de compra rapidamente para disparar o arranque do crescimento.

ECONOMIA NÃO TEM IDEOLOGIA

O que significa o candidato Amoedo anunciar a privatização do BANCO DO BRASIL e da CAIXA ECONÔMICA? São duas instituições altamente lucrativas, de enorme importância estratégica.

O Banco do Brasil é o grande operador do crédito agrícola, base do agronegócio brasileiro que, por sua vez, é FUNDAMENTAL para nossa economia. O crédito  agricola  é uma OPERAÇÃO ESTATAL no Brasil e nos Estados Unidos. Lá, onde SEMPRE foi uma tarefa do governo central através da Commodity Credit Corporation, toda a agicultura americana é estruturada através do CRÉDITO AGRICOLA ESTATAL e do SEGURO AGRICOLA ESTATAL. Então o Sr.Amoedo quer eleminar esse elo fundamental da agricultura brasileira? Por toda a União Europeia e EUA a agricultura é ALTAMENTE SUBSIDIADA, não é “mercado”.

A CAIXA ECONÔMICA é o centro, a base do financiamento da moradia popular, que é uma tarefa do ESTADO, no Brasil e nos Estados Unidos, onde todo o Sistema de Financiamento (Federal National Mortgage Association, Federal Home Loan Mortgage Corp, Federal Housing Finance Agency, carteiras de financiamento que somam US#12 trilhões) é estatal. No Brasil, o financiamento de moradia popular é ESTATAL, na sua historia e operação. Privatizada a Caixa Econômica vai continua a financiar a moradia popular? È claro que não, é tarefa de Estado aqui e nos EUA e também na maioria dos países do mundo, bancos privados só financiam classe média para cima.

Porque privatizar o BANCO DO BRASIL e a CAIXA ECONÔMICA? Qual o objetivo?

Arranjar dinheiro para cobrir rombos no orçamento federal? VENDER A MOBILIA PARA PAGAR O ALMOÇO?  Paga o rombo de um ano, e depois?

A razão do Sr.Amoedo é IDEOLÓGICA e ideologia não cabe na economia, esta deve ser gerida pelas CIRCUNSTÂNCIAS, pelo ciclo, pelo momento, pelas necessidades, não cabem modelos ideológicos teóricos na complexa administração da economia de um grande Pais.

Há momentos onde o setor privado pode ser a locomotiva  e há momentos onde o Estado é que reativa a economia, depende do momento histórico.

Invocar ideologia na economia é uma aberração, o Brasil é maior que isso, um Pais complexo, não é um laboratório para experiências de modelos.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

17 Comentários

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  1. E os outros candidatos?
    Esqueceu de citar o Paulo Guedes do Bolsonaro, esse sim com chances de chegar ao 2° turno.
    Mas caro André Araújo, essa turma da bufunfa fácil não tem pátria e nem amor ao povo brasileiro.
    Corruptos que se valeram de informações confidenciais pra enriquecer com o governo de Fernando Henrique Cardoso.

    1. Meu caro, escrevi um artigo

      Meu caro, escrevi um artigo especifico e longo sobre a entrevista do Paulo Guedes na GLOBONEWS, ele é mais desconectado da realidade brasileira do que Arida e Amoedo.

  2. Impecável o texto do André.

    Impecável o texto do André. Duas ressalvas: não acho que o “mercado” possa ter pudor e não acredito que os algozes neoliberais não entendam a importância vital do Estado para o bem-estar social. Exatamente por saber que o Estado tem o poder para estabelecer uma sociedade justa é que tratam de minimizá-lo. Posso arriscar a afirmar que na cabeça desses abrutres, os brasileiros pobres são uma raça inferior, tal como os nazistas pensavam de outros povos.

  3. Nossa elite é a mais

    Nossa elite é a mais miserável do ocidente. Temer e FHC e formaram na USP. E mudo meu nome se esses dois cavalheiros deram um clip de doação para a USP – enquanto Bill Gates não se formou em Havard, mas dá volumosas doações a universidade. E isso vale para TODA nossa elite. E pra não dizer que isso é coisa só de politicos, veja nossa elite artistica, que também não dá um centavo do próprio bolso pra nenhum projeto. Um exemplo foi Betânia tentando pegar financiamento da lie Rounet para fazer vídeos declamando poesia. Porra, Betânia é uma das cantoras que mais ganharam dinheiro vendendo LP. Ela tinha que usar dinheiro do próprio bolso. 

  4. Outro dia vi uma matéria

    Outro dia vi uma matéria sobre o tal Amoêdo e acho que foi aqui mesmo.

    A família do sujeito, ele inclusive, enriqueceram a custa do estado e do suor dos brasileiros, autênticas sangessugas.

    Esta gente quer estado mínimo para os outros e máximo para eles. Erva daninha qe deveria ser extirpada para o bem do Brasil.

  5. Pergunta besta!

    Mas quando é que o mercado teve algum pudor?

    Quem determina o “pudor” do mercado é a regulação estatal!

    Eu acho que o título é só para chamar atenção ao texto.

    Não faz sentido algum um cara esclarecido dizer uma bobeira dessas.

    Mercado com pudor…rs! É cada uma!

    1. Meu caro, pudor não é

      Meu caro, pudor não é sentimento, é o resguardo da aparencia. Nas eleições anteriores havia maior respeito

      do mercado ao protocolo do poder, o mercado não colocava a cara na janela, operava por interpostas pessoas, agora surge um Amoedo, operador direto de mecado, e com essa credencial unica pretende ser presidente do Brasil, o Brasil visto de uma mesa de cambio e juros de corretora, essa a visão de Brasil dele, essa pretensão é COISA NOVA, essa é a falta de pudor.

      1. Caríssimo,

        Com todo respeito que mereces, NUNCA houve esse resguardo!

        O fato de usar intermediários ou um bufão (sim, o amoedo é um bagrinho, uma sardinha se comparado aos verdaeiros operadores do mercado, os que ditam os rumos) não implica em ter ou não ter resguardo!

        A cara do mercado, sinto muito, é o bolsopária.

        Aliás, a cara do mercado não, a cara (real) do capitalismo! O capitalismo só se realizou na sua plenitude sob as botas do autoritarismo!

        Esqueça sua esperança de chamar os EUA de democracia, são no máximo uma plutocracia bipartidária tocada a lobbies.

        Pudor?

        Nada, são mais eficientes porque desprezam tal condição!

         

        Por aqui, desde o Encilhamento, ou até antes, bem antes, com a abertura dos portos para a Inglaterra, o despudor é a tônica!

        Assim como na matriz, só que aqui o despudor é para rapinar e entregar a rapadura em troca das comissões pela parasitagem nacional associada ao centro do poder econômico.

        Lá o despudor gera riqueza! Aqui drena!

        É assim esse bordel chamado mundo capitalista!

         

        A cara do mercado aqui é a captura da agenda com o uso das togas, a destruição completa de qualquer sombra de um modelo (tímido) com um pouquinho  mais de autonomia!

        Coisas que não existem, desculpe a rudeza: meia virgindade, mercado com pudor (resguardo), e capitalismo que não seja selvagem!

  6. Distorções do Estado…

    Pois é André, no Brasil, um procurador em início de carreira, sem experiência e só com a graduação debaixo do braço, ganha mais que professores titulares de universidades federais, em que é exigido doutorado, notório saber na sua área de atuação, experiência mínima de 10 anos, etc… Na banca de avaliação para promoção a titular, só podem haver professores titulares… Outra coisa, porque o Estado paga tantos benefícios e salários acima do teto constitucional? Por que simplesmente o Estado não se nega a pagar isso? Quanto do déficiti fiscal não seria abatido? Quantos recursos não seriam disponibilizados para investimento? Por que não eliminar essa quantidade absurda de auxílios e regalias como carros oficiais com motorista a disposição e lanchinhos nababescos? Uma hora essa conta terá que ser feita, se não for logo, talvez tenhamos a nossa ‘queda da Bastilha” num futuro próximo…

    1. Prezado Vini
      Bom

      Prezado Vini

      Bom dia 

      Resposta simples:

      Agentes do Estado são porta vozes das Elites e Oligarquias,  e são bem pagos para proteger o status quo!

      A barafunda que se tornou o Brasil é pra se manter privilégios! 

      Abração

    1. 1979. ANISTIA. QUE BRASIL VOCÊ QUER NO FUTURO?

      Caro sr., o PROBLEMA é lembrarmos e relermos o que era prometido por toda esta Elite Público – Política quando do retorno à Democracia nos anos de 1980. 40 anos atrás. Mercado acima de Soberania? Mercado acima de Nação? Mercado acima de Brasileiros? Continuaremos com esta Conversa de Lunáticos? Todas Figuras Públicas estiveram em Cargos de Poder durante estas décadas todas. Começemos por condenar Canalhas, Incompetentes, Medíocres, Corruptos e Mentirosos. Fácil assim.  

  7. É truque

    Ah, se os verdadeiros neoliberais se expusessem como faz Amoedo. Na verdade seria bom se se expusessem com a mesma clareza que esse candidato. Que, a meu ver, tem tudo para tornar-se um Pastor Everaldo ou um Levy Fidelix, o “bode na sala” que a direita põe para tornar mais palatável um outro, com verdadeiras chances de se eleito. É saber básico de qualquer propagandista político que discurso de “mercado” não ganha eleição, especialmente em sociedades destroçadas pela iniciativa privada como a nossa mas principalmente depois de Reagan e Thatcher.

    Se Amoedo adota esse discurso já sabe que não será popular mas, com certeza os candidatos anti-povo, anti-democráticos que mantêm as aparências – lobos travestidos de ovelhas – o remunerarão passadas as eleições, portas se lhe abrirão.

     

  8. O psicológico neoliberal.

    Excelente post, caro Araújo

    Faço aqui um comentário sobre o psicológico neoliberal. Hitler, que perseguiu os Judeus, na sua juventude teve um professor que o humilhou, e ele, num espirito de psicopata vingativo perseguiu o objetivo fanático de se vingar de ” todos ” os judeus que houvessem sobre a Terra. Por causa disto, criou uma guerra mundial, onde 6 milhões de judeus foram mortos, e no total 40 milhões de pessoas de várias raças morreram.

    Provavelmente o psicológico do tucanato neoliberal teve alguma história semelhante. Os adeptos neoliberais devem em algum ponto de suas vidas terem tido algum professor pobre que os humilhou, alguma ex namorada pobre que lhes deu um fora, ou coisa do tipo. E depois disto iniciaram uma obra de destruir o Brasil, para satisfazer as vinganças pessoais.

    Logicamente que tudo isto é uma suposição minha.

    ————–

    Faço aqui uma sugestão, caro Araújo, vi o seu excelente post sobre Paulo Guedes, economista de Bolsonaro, desmascarando o neoliberalismo extremado deste. Eu gostaria de sugerir um post seu sobre a política econômica de Ciro Gomes, e do economista dele, para sabermos se vale mesmo a pena votar em Ciro, e quais seriam  os riscos, caso ele venha a se eleger. Aparentemente me pareceu que a política econômica de Ciro é bem parecida com a de Lula, ( ou até melhor ainda, uma vez que este não se unirá ao MDB, nem fará nomeações republicanas como por exemplo a lista tríplice ). Enfim, Ciro me pareceu um Lula melhorado e estou tentando descobrir se esta hipótese está certa antes de dar meu voto para ele.

  9. o André está repetitivo e

    o André está repetitivo e monotono.

    Há tempos ele reclamou do dólar, e o dólar já está acima de 4 reais.

    Aí ele reclamou do Juro, e  Selic está em 6,5% o que, tirado a inflação dá perto de 2% ao ano.

    O emprego está se recuperando a uma taxa de 50 mil por mes, o que, comparado ao último governo petista este perdia 100 mil empregos por mes durante 2 anos seguidos.

    Há uma montanha de dinheiro aplicados em títulos públicos que, com a baixa da Selic terão de migrar para atividades produtivas.

    Só não aconteceu até agora por causa da instabilidade política.

    Afastada a instabilidade política e implementando as reformas vamos assistir ao ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO para o desespero do André, e apesar de ELES torcerem contra.

    1. Eugenio Nonato, só uma

      Eugenio Nonato, só uma explicação. Vc pertence ao Sistema Judiciário e, como eles, vive de parasitar o Estado. O Brasil desce uma ladeira sem freio e tende ao caos social com gasolina, energia, telefonia/internet e água/esgoto subindo a patamares insustentáveis para os pobres.

      Simplesmente voltamos a queimar lenha para gerar energia. Aumenta a procura por Bolsa Família que o FDP do Temer cortará pela metade.

      Num bairo nobre onde vivo já tem gente comprando fiado na bodega do seu Zé. Toda a indústria naval, civil, aeroespacial parada. Petrobras sabotada.

      Realmente Nonato, vc vive num mundo separado do povo brasileiro, do povo que vive no Brasil profundo que boa parte da elite nunca conhecerá.

  10. O Golpe de Estado engendrado
    O Golpe de Estado engendrado pelo Mercado, a Grande Imprensa e seus cardeais políticos (FHC-Temer) só podia dar nisso.
    Na incapacidade de repetir a glória do Príncipe do Real ou mesmo do Caçador de Marajás o “ovo” estalado dos tucanos e de seus marqueteiros na Grande Imprensa, são agora capazes de gerar um “Partido Novo”, filho típico da nobreza doutoral da Bruzundanga, abrigo seguro e reduto para os eleitores tucanos disfarçados de “novo” ou um deputado do baixo clero, militar reformado, transformado por eleitores tucanos frustrados em “mito”. Todos estiveram do outro lado da margem democrática, derrotados seguidamente em eleições livres.
    O “primeiro a gente tira a Dilma” foi a única parte do plano que saiu do jeito que eles imaginavam. Tudo conspirava (literalmente) a favor deles, “o grande acordo” ‘”com Supremo, com tudo” parecia “cimentar ” a “Ponte para o Futuro”. A Imprensa e seus sabujos venderiam os cenários políticos róseos e os céus de brigadeiro econômico que o Mercado e seus sabujos projetavam. Pronto, missão cumprida. Deviam ter ouvido o Carlos Sampaio que propunha diretamente caçar os direitos políticos do Partido dos Trabalhadores ou da caçadora de jararaca, Janaína Heavy Metal, de matar a cobra e mostrar o pau. Mas não. Depois das eleições municipais tudo era como um sonho numa noite de verão. Devem estar superarrependidos de não levar a cabo o Plano B, de banimento do Partido dos Trabalhadores. Não estariam agora nessa situação desesperadora colhendo a lavoura de terra devastada que plantaram. Queimaram os 51 milhões de votos do Aécio e ficaram com o Bolsonaro e a metade dos votos. É como aquele jogo da oca, jogaram os dados e caíram na casinha que os devolveram ao início do tabuleiro. Até Reinaldo Azevedo que ajudou a escrever esta ópera bufa já se deu conta do fracasso de bilheteria que os aguarda. Só posso imaginar o Dr. Fausto e o Aprendiz de Feiticeiro, só que numa versão mais canalha, mais cafajeste, mais melíflua, mais nojenta e patética.

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