Padilha inicia programa de governo com plataforma digital

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), lança no dia 10 de maio uma plataforma digital interativa para colher propostas para o seu programa de governo. No mesmo dia, o petista deve apresentar os coordenadores de cada área. Até agora, Padilha afirmou que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, integram a equipe.

Em entrevista exclusiva ao Jornal GGN, Padilha frisou que participação popular tem sido o diferencial na construção de seu programa de governo. O petista tem viajado por vários municípios promovendo a Caravana Horizonte Paulista. “O PT vai construir um programa de governo consistente, a partir de debates nas caravanas regionais, nos grupos temáticos e na integração com a plataforma digital. Junto com o lançamento será feito o anúncio das pessoas que coordenarão os GTs (Grupos de Trabalho)”, disse.

Sem revelar mais nomes, Padilha adiantou apenas que há mais ex-ministros do governo Lula envolvidos diretamente em sua campanha eleitoral. “Vários ministros atuais também estão participando do debate e na elaboração dos temas mas, por atividade profissional ou outras missões, não poderiam assumir nesse momento a coordenação dos GTs”, comentou.

Cenário da educação

“O ensino médio no estado de São Paulo hoje é terra arrasada. Talvez é a coisa que me deixa mais triste como paulista, com os 20 anos do PSDB, é que ao longo desses anos, o tempo todo o atual governador foi incapaz de construir uma política com ações contínuas e duradouras de melhoria da qualidade da educação”, resumiu Alexandre Padilha.

Para melhorar esse quadro, o ex-ministro da Saúde acredita em um investimento multissetorial, aliando a educação à saúde, ao acesso a tecnologia de informação e à pontos de cultura. “O ensino médio não inclui uma política de serviço isolada, é uma política para juventude, é isso que nós vamos governar”.

Para Padilha, essa é também área decisiva para um salto na política industrial. “O grande desafio para aumentarmos a produtividade e sermos um polo dinâmico de indústria inovadora é termos profissionais cada vez mais qualificados, numa escola inovadora, conectada com a informação”, afirmou.

De acordo com o ex-ministro, o investimento para fortalecer o desenvolvimento e economia do país deve passar primeiro pelo ensino. “Apenas 1% das escolas da rede pública estadual tem na mesma escola laboratório de informática, laboratório de ciências e acessibilidade para a pessoa com deficiência. Nós queremos discutir com esses setores dinâmicos, da economia do nosso estado, mas também pensando regionalmente”, disse.

Seguindo essa linha, Padilha defende que a mudança deve ocorrer com pesquisa, mais universidades, além de transformar o ensino médio e técnico profissional.

Saúde: filas de espera caóticas

Responsável pela implementação do programa federal “Mais Médicos” enquanto ministro da pasta, Padilha enxerga a consequência que o acesso à medicina básica e geral acarretará, e a necessidade de se ampliar esse acesso a especialidades. “Vamos precisar do ‘Mais Médicos’ para formar mais especialistas. Estamos ampliando, com o programa, o número de vagas de residência”, disse.

No âmbito do estado de São Paulo, o foco de seu discurso para a área são as filas de espera para cirurgias e exames: “uma pessoa quando passa pela atenção básica compõe o seu programa de saúde. Se precisar de um exame ou cirurgia, hoje ela enfrenta um fluxo, um corredor caótico, porque o estado não organiza o acesso ao hospital”.

Essa gestão entre o público e privado nos ambulatórios e centros cirúrgicos é o que torna, de acordo com Padilha, o sistema complexo e problemático. “Tem uma desorganização desse corredor, no estado mais rico do país, com pessoas de um, um ano e meio, às vezes dois anos esperando na fila de cirurgia. O grande desafio é reduzir essa fila, em cooperação de estado com municípios, e não uma disputa, como é hoje”, afirmou.

Na segurança, integração entre polícias e sistemas de vigilância

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A segurança pública em São Paulo já é um dos principais temas mais abordados por Alexandre Padilha quando o assunto é programa de governo. Com a coordenação do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, o GT de Segurança da campanha petista promete integração entre as corporações policiais e revisão na formação da Polícia Militar, com a finalidade de aproximar mais os oficiais e as comunidades. Além disso, com base no modelo nova-iorquino, Padilha quer instalar mais câmeras pelas cidades e integrar os sistemas de vigilância.

Leia mais: Padilha é contra desmilitarização, mas defende integração entre polícias de SP

Falta de água na Região Metropolitana

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O colapso do Sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, deve ser pauta durante a campanha eleitoral deste ano. Isso porque os reservatórios já operam com menos de 11% de sua capacidade. A falta de água em vários municípios do estado, para Padilha, é resultado da lentidão do governo Alckmin em fazer com que a Sabesp (Companhia de Abastecimento de Água do Estado de São Paulo) tire do papel as obras programadas desde 2004. Se eleito, Padilha promete se empenhar em encontrar novas reservas de água e diminuir a dependência da RMSP em relação ao Cantareira.

Leia mais: Falta de água é resultado da lentidão do governo Alckmin, diz Padilha

Alianças partidárias e o PP de Maluf

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A disputa por partidos que irão compor a coligação encabeçada pelo PT para disputar o Palácio dos Bandeirantes também foi comentada por Padilha em entrevista ao GGN. O ex-ministro confirmou que o partido vai seguir a orientação do ex-presidente Lula e buscar a formação de uma aliança ampla para tentar derrotar os adversários nas urnas. Nesse cenário, ganha destaque o PP do deputado Paulo Maluf. Uma parceria com a legenda garantiria a Padilha cerca de 75 segundos a mais de mídia eletrônica durante a campanha eleitoral.

Leia mais: Padilha segue Lula e busca aliança ampla para vencer em São Paulo

Denúncia de envolvimento com doleiro

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Em depoimento exclusivo ao GGN, Padilha rebateu, mais uma vez, o envolvimento de seu nome no relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato. O petista foi citado numa conversa entre os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodoma. Segundo publicação do jornal O Estado de S. Paulo, Nelma pergunta a Youssef se ele tem contatos no Deic, porque gostaria de empregar um amigo. Ela diz que se Padilha vencesse a eleição, ela conseguiria ajudar o amigo a conseguir um cargo. Padilha considera “um absurdo” ter sido citado nessa conversa, que Youssef não tem nenhuma relação com ele e destacou, novamente, que não houve contratos entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde enquanto ele ocupava a pasta.

Leia mais: Padilha rebate novo envolvimento do seu nome com doleiro e aguarda nota do Ministério da Justiça

Colaborou Cíntia Alves, Daniel Mori, Luis Nassif e Patricia Faermann

***

Entrevistas do Jornal GGN com outros candidatos ao governo de São Paulo:
Gilberto Maringoni (Psol)
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Leiam de novo, muitissimo

    Leiam de novo, muitissimo mais calmamente, gente:

    “Segundo publicação do jornal O Estado de S. Paulo, Nelma pergunta a Youssef se ele tem contatos no Deic, porque gostaria de empregar um amigo. Ela diz que se Padilha vencesse a eleição, ela conseguiria ajudar o amigo a conseguir um cargo. Padilha considera “um absurdo” ter sido citado nessa conversa, que Youssef não tem nenhuma relação com ele e destacou, novamente, que não houve contratos entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde enquanto ele ocupava a pasta.”:

    Entenderam agora?

    O nome “Padilha” era codigo pre-combinado pra outro politico.

    A certeza deles que vai dar certo eh tanta que ate o proprio Padilha diz em outra reportagem que “se saísse alguma informação falsa atribuída ao Ministério da Saúde, ou a fontes do Ministério, ela providenciaria uma nota oficial esclarecendo o ocorrido. Por isso acredita que a Polícia Federal e o Ministro da Justiça deverão se pronunciar oficialmente sobre o tema. A Polícia Federal já informou que nada existe contra Padilha no inquérito.”

    Agora releiam a reportagem.  Estao vendo a trairada que vai sair, muitissimo provavelmente do MP?

    “Padilha” nao eh “Padilha”.  CADONDE ESTAO OS AUDIOS?  Ate prova em contrario, essas “gravacoes” foram ensaiadas pra usar nome falso.

  2. hahaha,lá no blog do

    hahaha,

    lá no blog do Reinaldo, petitio principii, Azevedo,

    já bateu o medo: “Primeira questão importantíssima: uma operação de investigação não pode ser confundida com uma sentença judicial. Não se trata de dar uma de Poliana, mas de reconhecer o óbvio. Depois da investigação, a polícia pode chegar à conclusão de que nada aconteceu. E pronto! Assim, é preciso que esses 121 políticos não sejam tratados como suspeitos.”

    Gente mesquinha! Movida só por rixa pessoal e eleitoral e envenenando tudo em volta. Fascistas! Contra desafetos vale tudo e a favor de aliados qualquer sujeira passa.

    E ainda falam como sábios fariseus.

    Republicidas!

  3. Quando dizem que político é a

    Quando dizem que político é a pior “raça” que existe taí o Padilha pra comprovar. São 11 anos de governo federal e vamos para 1 ano de  Haddad essas mudanças não veem. Quem acredita nesse sujeito? Os problemas são os mesmos e as promessas também. O PT tá ruim de marqueteiro, precisa trocar urgente o João Santana. É a Dilma e o Padilha falando e ninguém acreditando.

    1. E nem eu.
        Mas não  é dele

      E nem eu.

        Mas não  é dele que estamps falando,É do candidato do PMDB.

      Nossa!!!!!!!!! Quase broxei( com x mesmo)

        Mas o convite continua:

         ( 11) 9   8443 322 0

                  Sabe o que estou assistindo?

                     Imperio dos Sentidos.

                           Hum………….

  4. Padilha está muito enroscado

    Padilha está muito enroscado pra competir pra governador:E é de uma ignorância ambulante.

      A única chance que teria seria com o slogan:

       ‘quem é menos pior.”

             O nosso governador já estourou o saco de todos paulistas e paulistanos. Pra atura-lo só com engov(um antes e outro depois de ……………..ouvi-lo.

       Oh!!! trajédia pra votar.E o outro que corre /por fora, exala o tamanho da corrupçãO através do nariz.

               Maior qaue o nariz do pinóquio.

                   Ou seja, estamos fritos e enfarinados pra votar pra governador.

      

  5. Padilha uma balaustre de honestidade num mar de lama de corrupto

    Padilha uma balaustre de honestidade num mar de lama de corrupto.

     

    Só falta quererem vender a idéia que esta cara com altissimos indices de corrupção na ANVISA, falencia do SUS, contratos suspeitíssimos me seja vendido como o único petista que fugiu da sanha de corrupção e malfeitos.

    Ele deve estar buscando apoio do Maluf por afinidade programática.

  6. O Padilha….fala sério

    Padilha uma balaustre de honestidade num mar de lama de corruptos.

    Só falta quererem vender a idéia que esta cara com altissimos indices de corrupção na ANVISA, falencia do SUS, contratos suspeitíssimos me seja vendido como o único petista que fugiu da sanha de corrupção e malfeitos.

    Ele deve estar buscando apoio do Maluf por afinidade programática.

    1. Os tucanos é que se tornaram herdeiros do malufismo paulista

      O PSDB surgiu como dissidência do PMDB por causa da corrupção do Quércia e, pasme, na última eleição esteve unha e carne com o PMDB do Quércia (mas não era ele o corrupto mor do qual se serapraram em 1988?…). Deve ser porque, em 2010, o PSDB já estava bem próximo das afinidades programáticas com o PMDB do Quércia, quanto à prática do fisiologismo e clientelismo (afinal, vinte anos roubando do metrô e levando comissões pela venda de estatais para ilhas do Caribe aproximaram os “implutos” e eficientes gerentes da coisa pública no estado de São Paulo; mas será “cosa nostra”?).

      Portanto, triste fim do discurso supostamente ético tucano: ao fim e ao cabo, o cabo eleitoral o Aloísio Nunes foi o Quércia, que, antes de morrer, declarou apoio ao tucano. Dois pesos, duas medidas, não?…

      Já esqueceu da performance do Serra no Ministério da Saúde? E as ambulâncias?… Nem precisa se lembrar das comissões ganhas com a venda do sistema Telebrás, quando ele era do Ministério do Planejamento, é só ler o livro A Privataria Tucana.

      O tucanismo hoje é sinônimo de malufismo (afinal, as práticas e a ideologia são as mesmas).

    2. Os tucanos é que se tornaram herdeiros do malufismo paulista

      O PSDB surgiu como dissidência do PMDB por causa da corrupção do Quércia e, pasme, na última eleição esteve unha e carne com o PMDB do Quércia (mas não era ele o corrupto mor do qual se serapraram em 1988?…). Deve ser porque, em 2010, o PSDB já estava bem próximo das afinidades programáticas com o PMDB do Quércia, quanto à prática do fisiologismo e clientelismo (afinal, vinte anos roubando do metrô e levando comissões pela venda de estatais para ilhas do Caribe aproximaram os “implutos” e eficientes gerentes da coisa pública no estado de São Paulo; mas será “cosa nostra”?).

      Portanto, triste fim do discurso supostamente ético tucano: ao fim e ao cabo, o cabo eleitoral o Aloísio Nunes foi o Quércia, que, antes de morrer, declarou apoio ao tucano. Dois pesos, duas medidas, não?…

      Já esqueceu da performance do Serra no Ministério da Saúde? E as ambulâncias?… Nem precisa se lembrar das comissões ganhas com a venda do sistema Telebrás, quando ele era do Ministério do Planejamento, é só ler o livro A Privataria Tucana.

      O tucanismo hoje é sinônimo de malufismo (afinal, as práticas e a ideologia são as mesmas).

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