PDT pede anulação das eleições e cassação da candidatura de Bolsonaro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fotos: Divulgação
 
Jornal GGN – O PDT entrou com uma ação, nesta sexta-feira (19), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a anulação das eleições do dia 7 de outubro e a cassação da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), por crimes eleitorais, entre eles Fake News, financiamento ilícito de campanha e caixa dois.
 
A assessoria jurídica do partido, que tinha Ciro Gomes como candidato à Presidência da República no primeiro turno, usou como base a denúncia divulgada pela Folha de S.Paulo, de que empresários pagaram milhões em contratos com empresas que enviaram mensagens massivamente pelo Whatsapp contra o PT, contra Fernando Haddad e a favor de Bolsonaro.
 
Para o PDT, o episódio se enquadra em abuso de poder econômico e o uso de sistemas de disparos em massa prejudicou a disputa, com gastos e estrutura maiores que beneficiaram a candidatura de Bolsonaro, violando o princípio da “paridade de armas”.
 
O PDT pede a apuração de caixa dois na campanha do PSL: “O financiamento da propaganda eleitoral foi constituído de forma ilícita, na medida em que a doação empresarial é vedada de forma direta ou indireta, logo, seja por disponibilização de dinheiro ou por realização de gastos de campanha, como a mencionada contratação. O uso de recursos empresariais é terminantemente vedado”, diz um trecho da ação.
 
“É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei. As fake news [notícias falsas] foram responsáveis, sim, pelo resultado das eleições, e isso é crime previsto no Código Eleitoral. Não há outra via senão o pedido de cancelamento das eleições”, informou.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

10 Comentários

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  1. E eu peço a cassação de todos

    E eu peço a cassação de todos candidatos,

    Só por uma COISA.

    Alguém ,muito ligado a Igreja Católica, no século 16,aonde todos os papas eram pilantras, inventou um medidor de mentira—uma espéciie parecida com detector de mentira.

      Acontece que o cara que analisava o detector  de mentira, também era mentiroso.

                  Isso é histórico e ninguém ligou.

                        Mas é verdade que aconteceu.

                       Lembro disso porque meu professor de história, marista João, contava isso desde que tinha 15 anos.

                        E faz tempo….muito tempo….

  2. não acredito na ju$ti$$a

    enquanto o mundo discute a manipulação, os porcos fardados fingem que não sabem de nada, e os bandidos togados em pose de samambaia

  3. Ainda é possível a democracia sobreviver ao dia 28 de outubro.

    A postura vergonhosa do TSE, que chamou uma coletiva sobre o assunto para o domingo, durante uma rodada decisiva do Campeonato Brasileiro de Futebol demonstrou de forma clara a sua disposição em “esfriar” o impacto das gravíssimas denúncias contra Jair Bolsonaro.

    A pressão dos quartéis deve estar fortíssima, e a tal ponto que fez Dias Toffoli “ajoelhar no milho” de forma humilhante ao declarar, sem ser provocado, que a Ditadura Militar não foi Ditadura Militar; mas sim, um “movimento”.

    As mobilizações do próximo sábado serão importantíssimas para que a indignação causada na sociedade pelas denúncias de vultoso “caixa 2” na campanha do fascista provoque uma “onda” democrática no país. Devem ser disseminadas por todos os meios disponíveis pois a mídia corporativa boicotará como boicotou as gigantescas passeatas do #elenão. É claro, propagação espontânea, e não por “robôs”.

    Embora o PDT aja, estranho muito o silêncio de Ciro Gomes. O ressentimento com o PT deve ser muito grande pois um Ciro “normal” estaria “batendo bumbo” em altíssimos decibéis devido a gravidade dos acontecimentos revelados pela Patrícia Campos Mello.

    Uma postura muito mais incisiva do candidato Fernando Haddad, sem consessões desnecessárias (como o pavoroso elogio que fez a Guantánomoro, na entrevista ao SBT) e “pegando pesado” com o fascista será muito necessária para um “virada” que ainda é possível.

  4. O PDT acertou no

    O PDT acertou no enquadramento legal do fato, mas errou na consequência jurídica dele.

    Não é necessário anular toda a eleição. Basta anular a votação do candidato que se beneficiou da ilegalidade.

    Como nenhum candidato foi capaz de levar a faixa no primeiro turno o segundo deve ser feito entre Fernando Haddad e o próprio Ciro Gomes. Essa solução daria aos eleitores de Bolsonaro a oportunidade de votar novamente contra o PT… ou de mudar de opinião deixando de lado a campanha ilegal de ódio que orientou sua decisão contra Haddad e em favor do Bozo no primeiro turno.

  5. Pois é, né…

    Enquanto tudo isso, ontem a Erika Campelo do grupo Autres Brésilis encontrou Ciro Gomes no metrô em Paris e no bate-papo que teve com ele, o chamou para participar da manifestação deste sabado pela democracia no Brasil e Ciro respondeu que “esta muito cansado”.  

    Sera que não estara “muito cansado” também para voltar à campanha politica….

  6. Influência
    Será impossível relacionar a votação do Bolsonaro a influência dos fake news. A votação pifia do Alkimin apesar do grande tempo de TV, mostra que o eleitor não pode ser manipulado dessa forma. As ações sociais, tais como o bolsa família, nunca foram usadas para anular uma eleição. Parem de sonhar, e vamos jogar dentro das regras eleitorais.

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