Ipsos: Pesquisa com Lula em alta reflete “memória” e “vácuo de lideranças”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert
 
 
Jornal GGN – A liderança de Lula na pesquisa Ipsos, que apura a avaliação do povo em relação aos políticos em evidência, reflete dois fatores: a memória que a sociedade tem do governo do petista e o “vácuo de lideranças” de outros partidos e do próprio PT, que não tem nenhum nome tão bem avaliado como o de Lula. Esta é a leitura do diretor do instituto Ipsos Public Affairs, Danilo Cersosimo. 
 
Leia mais abaixo.
 
Aprovação de Lula continua alta, mesmo após prisão, aponta Ipsos
 
Popularidade do presidente Michel Temer (MDB) continua em baixa, com
índice de reprovação de 92%
 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve seu alto índice de
aprovação, com 45%. Lula é o melhor avaliado entre os 21 nomes
monitorados pelo Barômetro Político Estadão-Ipsos de maio. A
condenação e a prisão, que completou um mês em 7 de maio, não
abalaram a imagem do político. No levantamento de abril, ele tinha 42%
de aprovação.
 
“Lula deixou o governo com aprovação alta e a memória afetiva de quem
votou nele permaneceu positiva. Isso reflete não somente a força da
imagem de Lula, mas também o vácuo de lideranças dentro e fora do
PT”, avalia Danilo Cersosimo, Diretor de Ipsos Public Affairs.
 
O juiz Sérgio Moro foi o segundo com maior aprovação (40%), seguido
pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (37%), que
desistiu da candidatura à presidência no início de maio. Os dois
fazem parte do seleto grupo que possui aprovação acima de 20%.
Compõem essa lista: a ex-ministra Marina Silva (Rede) com 30% de
aprovação, a ministra do STF Carmen Lúcia com 25% e o deputado Jair
Bolsonaro (PSL-RJ) com 23%.
 
Entre os pré-candidatos, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o
ex-ministro Ciro Gomes (PDT) possuem aprovação de 17%. O ex-prefeito
João Dória (PSDB) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso são os
últimos da lista de 21 nomes que possuem índice de aprovação com
dois dígitos: 14% e 13%, respectivamente.
 
Segundo Cersosimo, os brasileiros não encontram políticos que
personifiquem ou que conheçam as dificuldades enfrentadas pela
população.  “O desencanto com os rumos do país e a falta de
confiança nas instituições aumentam a carência por lideranças que
realmente entendam os problemas do povo”.
 
A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) continua em baixa. Nove
em cada dez brasileiros (92%) desaprovam a maneira como ele vem atuando
pelo país. Na última pesquisa, o percentual foi de 94%. Completam o
ranking dos cinco com maior índice de desaprovação: Fernando Collor
(81%), Gilmar Mendes (73%), Geraldo Alckmin (69%), FHC (67%) e Ciro
Gomes (65%).
 
Outros presidenciáveis também possuem rejeição, mas em índices bem
menores quando comparados com os nomes citados acima. Guilherme Boulos
(PSOL) teve o menor índice de rejeição, com 44%, e 2% de aprovação.
A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) registrou 46% de desaprovação e 4%
de aprovação. Alvaro Dias (Podemos) tem rejeição de 49% e
aprovação de 8%. Lula tem rejeição de 52% e Bolsonaro de 60%.
 
“Os índices de desaprovação mostram a insatisfação geral com o
sistema, partidos e políticos, em que o eleitor irá às urnas com
sentimento de desencanto e resignação quanto às opções
disponíveis”, ressalta Cersosimo.
 
O Barômetro Político Estadão-Ipsos integra o estudo mensal sobre os
principais temas que afetam a opinião pública, o Pulso Brasil da
Ipsos. Nesta última edição, a Ipsos entrevistou presencialmente 1.200
pessoas em 72 municípios, entre 1.º e 16 de maio A margem de erro é
de três pontos percentuais.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Uma bomba está para explodir

    Uma bomba está para explodir sobre a Republica de Curitiba. Conforne nota da coluna Radar, da revista Veja que circulará neste fim de semana, “Eduardo Cunha vai formalizar à Justiça a denúncia de que o advogado Figueiredo Basto tentou lhe extorquir 2,5 milhões de dólares para que a delação de Julio Camargo, lobista da Petrobras, não o citasse”.

  2. Não confio nas pesquisas,

    Não confio nas pesquisas, ainda mais estas que saem tão cedo. As campanahs apenas começaram e ainda tem muito chão pela frente.

    Acredito que estes números irão mudar e torço para que o candidato geraldo Alckmin cresça cada vez mais, é o melhor candidato a presidente.

  3. Nao tem vácuo

    Nao tem vácuo nenhum……

     

    Isso é diminuir Lula e sua História de vida e principalmente, sua trajetória como presidente. Ou esse “jênios” acreditam que do nada aparecerão lideranças?????

    O cidadão-candidagto a liderança tem que se criar primeiro, pra desenhar: comer arroz com feijão, crescer e aparecer, dai quem sabe…..agora se for como a maioria dos escrotos que rastejam por aí, os do lado de lá, esqueça…….

  4. Na falta de alguém, vou de lula

    Jair sem chance, na verdade ao invés de votar em quem wuero  bouvvotar em quem ficar melhor contra o bolsonaro. Essa é a eleiele desse ana. 

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