Pesquisa XP/Ipespe: Haddad avança e Bolsonaro paralisa

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Mais uma pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (28), garantindo a vitória a Fernando Haddad (PT), por 43%, em segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), com 39%. A XP/Ipespe também mostra um aumento da rejeição ao candidato da extrema-direita, atingindo 60% do entrevistados.
 
A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 de setembro, ouvindo 2.000 pessoas, e com margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
 
O levantamento indica a liderança de Bolsonaro em primeiro turno, mas estagnado nos 28% das intenções de voto, com o maior apoio na região sul (32%) e sudeste (31%), e mais votos da classe C e dos homens, que são 36% de seus votos. As mulheres são minoria, representando apenas 21% de todas as entrevistadas.
 
A paralisação de Bolsonaro favoreceu Haddad, que subiu 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa feita pela XP, trazendo o candidato do PT com 21% das intenções. A pesquisa mostra que desde que Haddad foi lançado o presidenciável para substituir Lula, ele mais que dobrou seu eleitorado, contando com mais votos dos nordestinos (31%), pessoas com ensino médio completo (26%) e famílias de até 2 salários mínimos (23%).
 
Com os novos dados, assim como as demais pesquisas já divulgadas nesta semana, Haddad se isola na corrida presidencial para o segundo turno contra Bolsonaro, uma vez que Ciro Gomes (PDT) aparece com 11% das intenções, tecnicamente empatado com o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%.
 
Em segundo turno, Haddad registra 43% das intenções contra 39% de Jair Bolsonaro, o que se colocar no extremo da margem de erro para menos do candidato do PT e para mais do candidato do PSL seria um empate. Entretanto, o resultado mostra a primeira vez da pesquisa que Haddad ultrapassa os votos do presidenciável da extrema direita.
 
Ainda, os dados revelam que 39% dos eleitores estão muito interessados na eleição presidencial e 25% deles mais ou menos interessados, o que revela um aumento no interesse, mas ainda assim expõe o grupo de 20% de pessoas que dizem estar desinteressadas e podem definir votos de última hora.
 
Por fim, a rejeição é dado interessante da XP/Ipespe: Marina Silva (Rede) lidera o ranking de mais rejeitada, com 68%, seguida de Geraldo Alckmin (PSDB), com 61%, em empate com Jair Bolsonaro, que detém 60% de rejeição, e Haddad, que atinge o mesmo nível de rejeição.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Eles não!

    Esta pesquisa com os altos índices de rejeição a todos os candidatos é um dado inverossímel à luz da realidade eleitoral de nosso país.

  2. O fim do mito

    Falta pouco para o Bolsonaro começar sua trajetoria de queda. A paralisação do seu crescimento mostra isso.

    A exposição da devassidão de sua vida pregressa e de seu enriquecimento suspeito vai quebrar a miitica em torno do anti-politico que parte do eleitorado insiste em acreditar que ele seja.

    A midia livre tem um papel importante nesse momento de defesa da democracia.

    1. SOU MULHER E APOIO O BOLSONARO

      Aonde está a democracia o direito de escolha,as pessoas não pode nem vestir uma camisa do Bolsonaro que é homilhado, cuspido e descriminalizado.As pessoas ainda vem falar que ele e preconceituoso, homofobico ,facista, racista…AONDE ESTAR MEU DIREITO DE CIDADÃ BRASILEIRA? SOU MULHER E APOIO O BOLSONARO!

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