Por que não é inútil debater o voto útil, por Renato Rovai

Enviado por Vânia

na Revista Fórum

Blog do Rovai

Por que não é inútil debater o voto útil, por Renato Rovai

Desde a redemocratização talvez esta seja a eleição mais difícil para o campo progressista. Até porque, nas primeiras disputas democráticas pós queda do regime militar todos que se candidatavam, mesmo os mais conservadores, se apresentavam como pessoas de esquerda. Até Paulo Maluf tinha vergonha de se assumir como alguém de direita, a despeito de defender rota na rua e bandido na cadeia.

Naqueles tempos, em 85, Fernando Henrique Cardoso perdeu a eleição para prefeito de São Paulo e o PT foi responsabilizado por muitos por dividir o campo progressista. Sim, FHC se apresentava como alguém que estava à esquerda no espectro político.

 

O candidato do PT era Suplicy, que teve 19,75% dos votos. A candidata a vice dele era uma paraibana que havia se elegido vereadora em São Paulo em 1982, Luiza Erundina.

Suplicy e Erundina não retiraram a candidatura e quase 20% da cidade votou neles. Foi uma campanha de afirmação de um partido e de um campo político. Porque o PMDB de FHC e de tantos outros ainda mais conservadores, não era de fato uma opção política.

Aquela insistência em manter a candidatura de Suplicy foi fundamental para que Erundina viesse a ser candidata com chances em 88, depois de ter disputado e ganhado uma prévia no partido onde derrotou os segmentos ligados à igreja e a boa parte da então articulação que apoiou Plínio de Arruda Sampaio.

Recordo-me que Erundina ganhou a disputa, entre outros motivos, porque defendia conselhos deliberativos na cidade. E Plínio, mais conservador, considerava que eles deveriam ser consultivos. Como prefeita, Erundina não conseguiu implantar nem a sua ideia mais utópica, nem a de Plínio.

Não porque Erundina tivesse mudado no poder da cidade, mas porque a vida de um governante é mais dura do que parece. E essa paraibana de luta sabe bem disso. Talvez, mais do Marta e do que Haddad, ela tenha sido a prefeita que mais foi vítima de preconceito e de boicotes.

Mas não é disso que estamos tratando aqui, mas de voto útil. Voltando a 1988, poucos devem se lembrar, mas o PDT tinha um candidato que ainda hoje está na ativa e participa do Jornal da Cultura como comentarista, o ex-deputado Airton Soares. E o PSDB, que nascia, um economista chamado José Serra, que os leitores devem conhecer.

Em dado momento da campanha João Leiva, candidato de Quércia, do PMDB, e Maluf, passaram a se tornar favoritos para vencer a eleição que era disputada em um único turno. A campanha de Erundina passou então a fazer sinais para o campo progressista de que ela era a única que poderia derrotar Maluf. E Soares, num gesto de imensa nobreza, retirou sua candidatura e declarou apoio a então candidata do PT.

Sempre analisei aquele gesto como fundamental pra que Erundina decolasse, a despeito de Soares ter algo em torno de 1% dos votos naquele momento. Aquilo acabou desidratando Serra e tirando votos de Leiva, porque o PMDB daqueles tempos ainda ficava com parte dos votos de esquerda. Todos foram para Erundina, o que não aconteceu na sua sucessão, quando Maluf venceu Suplicy.

Vejam bem, Maluf venceu Suplicy entre outras coisas porque em 92 o PSDB já estava mais para lá do que pra cá e fez de conta que não havia diferença entre um e outro. Ao contrário, setores do partido participaram de uma articulação para soltar um manifesto de intelectuais a favor do voto anti-PT e anti-Suplicy. Ou seja, pró-Maluf.

Não é necessário explicar aqui o quanto São Paulo andou pra trás nos anos de Maluf e Pita. Mas o que isso tem a ver com o voto útil?

O voto útil não deve ser algo pra todas as horas e muito menos uma chantagem. Ele deve ser parte de uma análise política daqueles que se colocam num campo e que o consideram mais amplo do que o seu umbigo.

No caso, umbigo como metáfora de todas as nossas convicções. Ou seja, não costuma ser possível negociar algo com alguém cujos princípios são completamente adversos aos nossos, mas deve ser possível dialogar com setores que não concordam com tudo que pensamos. Mas que em boa medida tem a nossa agenda de lutas.

O PT e o PCdoB, por exemplo, tem errado muito ao ultrapassar a linha que deveria dividir os possíveis aliados. E, entre outras coisas, isso levou a uma diminuição do campo progressista. Por outro lado, partidos como o PSoL, tem errado pelo inverso. Eles têm preferido o isolamento. A candidatura Freixo, por exemplo, deveria ter feito todos os esforços no Rio para ter apoio de outros partidos. Seria importante não só para ganhar, mas também para governar.

O que está colocado agora, porém, é que não há tempo para se fazer grandes avaliações. É tempo de tomar decisões. E há muita gente debatendo nas redes se votar útil deve ou não ser considerado como uma decisão responsável do ponto de vista político.

Numa boa, se você vai deixar de votar numa pessoa para votar em alguém que considera uma tragédia, não faça isso. Mas se você poderia votar sem sofrer em alguém que seria muito melhor do que as outras opções e que se não o fizer pode levar dois direitopatas para o segundo turno, faça-o.

Na eleição de São Paulo, Erundina e Haddad são ótimas opções. No Rio, Freixo, Jandira e Molon. Em Porto Alegre, Luciana Genro e Raul Pont. Em Salvador, a Alice Portugal parece estar crescendo. Em Recife, temos o João Paulo com chances reais de vitória, e Louziane em Fortaleza. E lá me Belém, Edmilson Rodrigues. Pra não falar de Santos, onde a Carina Vitral começa a dar sinais de que pode fazer um segundo turno que era absolutamente improvável com o tucano Paulo Alexandre.

Enfim, há muitas opções progressistas Brasil afora que podem chegar ao segundo turno e garantir, entre outras coisas, um freio de arrumação no golpe.

É disso que se trata.

Se a direita tiver uma vitória maiúscula nesta eleição, o voto anti-progressista será utilizado para legitimar o golpe.

Independente de que partido você prefere, analise na sua cidade quem pode estar mais próximo daquilo que não seja parceiro do que pode fazer o Brasil voltar a década de 70.

Em política, como na vida, quando não é possível chegar onde se quer com o plano A, não pode ser problema algum acionar um plano B.

Seria maravilhoso se pensando nisso, alguns candidatos fizessem a reflexão e o gesto que Airton Soares fez em 88. E que de alguma forma foi fundamental para a eleição de uma das melhores prefeitas que São Paulo já teve, Luíza Erundina.

***

Observação minha: Acho que como cidadãos progressistas, deveríamos por um momento esquecer essa batalha PT x PSoL. Se os partidos não se entendem e, por vezes, se apequenam em nome de interesses partidários, façamos nós o que pregamos. União no combate aos golpistas. Por isso votarei no Freixo. Em São Paulo, certamente votaria no Haddad.

Redação

49 Comentários

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  1. Compreendo. Mas a distância

    Compreendo. Mas a distância eleitoral entre Freixo e Jandira nao permite dizer qual é o voto “útil”.

    Uma eventual nao ida ao 2o turno do PSOL, “que era certa”, é importante para o amadurecimento do partido.

    E nao apenas no que diz respeito a coligaçao / tempo de TV. Tambem com relaçao ao que querem ser.

    *

    Bola fora: Jean Wyllys ataca Jandira Feghali, por Romulus

     

    ROMULUS

     SEG, 26/09/2016 – 14:54

     ATUALIZADO EM 27/09/2016 – 01:04

    Bola fora eleitoreira: Jean Wyllys (PSOL) ataca Jandira Feghali (PCdoB) na reta final da campanha pela prefeitura do Rio

    Por Romulus

    Bola fora do deputado Jean Wyllys, a quem admiro, em seu perfil no Facebook:

    (…) A verdade é que a candidatura da Jandira tem como única finalidade disputar parte do eleitorado de esquerda que vota no PSOL e ajudar Pedro Paulo, candidato do PMDB, a passar para o segundo turno.

    A infelicidade da declaração é enorme. E não é espontânea: responde ao crescimento da candidatura de Jandira Feghali, do PCdoB (em aliança com o PT), à prefeitura do Rio. Crescimento que conta com apoios capitais: a participação de Dilma em comício na semana passada e, nesta, de Lula.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=yhDNPE1DcTE&feature=youtu.be%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=UgADqII0piY&feature=youtu.be%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=svHFIZ0SRoA&feature=youtu.be%5D
    Atualização das 21h, já com Lula em Bangu com Jandira.

    Dois nomes com peso eleitoral não apenas “orgânico”, oriundo de suas biografias únicas, mas também conjuntural, decorrente da clara identificação de ambos – até na dimensão simbólica e mítica – com a resistência contra o golpe de 2016 e a escalada do arbítrio num Estado de exceção.

    O movimento “Fora, Temer!” toma as ruas, não é mesmo?

    Sim, e…

    – Os dois presidentes são – literalmente – a encarnação da perseguição política que testemunhamos. Todos sabemos (principalmente os especialistas em marketing) como, para além do público politizado da esquerda, o brasileiro médio adora um “coitadinho”. Tem pena e quer ajudar…


    Atualização 22h: Lula em comício de Jandira em Bangu, Zona Oeste do Rio. “O perseguido” e aquela que combateu por ele. Compreendem?

    Entendo a frustração de Jean Wyllys e dos seus. Com a cabeça na votação obtida na eleição de 2012, achavam que já estariam no segundo turno.

    Ora, erro de avaliação político-eleitoral um tanto primário. Primeiramente, a maré virou. O vento que sopra empurra para a direita desde – que ironia, PSOL! – as marchas de junho de 2013. Em segundo lugar, a eleição de 2012 para a prefeitura do Rio foi “plebiscitária”, num contexto de reeleição de um prefeito popular que gozava de ampla projeção, em virtude das Olimpíadas. Projeção até internacional!

    O primeiro turno daquela eleição foi já o segundo. Disputado entre Eduardo Paes e…

    – … o “não Eduardo Paes”.

    Naquele caso específico, sua encarnação foi Marcelo Freixo.

    Observou-se, já no primeiro turno, o voto-útil de todo o eleitorado anti-Eduardo Paes / anti-PMDB em sua candidatura. Ninguém há de supor que, em condições normais de temperatura e pressão, uma candidatura reunindo o clã Garotinho e o clã Cesar Maia – na figura de seus dois herdeiros: Rodrigo Maia, cabeça de chapa, e Clarissa Garotinho, vice! – obtivesse apenas 3% (!) dos votos na cidade em que ambos os clãs venceram eleições – para governador e prefeito – em diversas oportunidades. Inclusive em primeiro turno.

    Voltando à declaração infeliz de Jean…

    A “acusação” não só é indelicada no plano pessoal – com uma “amiga” e companheira de batalhas na Câmara – como também politicamente desleal, diante do acordo de “não agressão” no primeiro turno firmado – formalmente – há 3 meses entre as candidaturas de esquerda na cidade: Freixo (PSOL), Jandira (PCdoB/PT) e Molon (Rede).

    A infelicidade de Jean – novamente: que admiro bastante – vai além:

    – Sua acusação é falsa.

    E essa falsidade é de fácil constatação: PT e PCdoB ofereceram – lá atrás… – não lançarem candidatos e apoiarem Freixo já no primeiro turno de 2012. O candidato e os seus, que se criam já no 2o turno, como mencionado acima, recusaram. “PT e PCdoB eram candidatos ‘do sistema’… um sistema político falido, corrompido… coisa e tal, tal e coisa…”.

    Isso, evidentemente, discurso “para fora”.

    “Para dentro”, é certo que pesou no cálculo eleitoral, neste 2016 de Lava a Jato em seu (anti?) clímax, o desgaste do PT e a rejeição à sigla no eleitorado médio. Como ambicionar vencer eleição majoritária em um “grande centro” sem a adesão do “centrão político” despolitizado e extremamente permeável à pregação política enviesada diuturna da grande mídia?

    [A respeito do “centrão político” da sociedade, ver Nota 1 no final]

    Todo esse cálculo político-eleitoral é válido! É legítimo! Não o condeno… isso é fazer…

    – … política. A “maldita e suja” política.

    Mas a necessária hipocrisia e cinismo desse ofício têm limites. Ao menos ao se dirigir a um público com maior discernimento, que constata facilmente fragilidades políticas – e até de ordem lógica – na argumentação que se faz.

    Ouso – Oh, orgulho, pior dos pecados! – incluir a mim e aos leitores do blog nesse grupo. Assim…

    – … como pretender dizer – agora, caro Jean Wyllys! – que a candidatura de aliados esnobados por si e pelos seus lá atrás é mero instrumento eleitoral do PMDB carioca?

    A maior seção do PMDB nacional, diga-se. Seção inclusive que, traindo o PT e Dilma neste ano, contribuiu de forma decisiva para o golpe. Virando definitivamente a balança dentro do PMDB nacional para o lado de Temer/Cunha, traíram Paes, Cabral, Picciani e todos os seus…

    Isto é: fora – é digno de nota – o “leal até o fim” Pezão, já sem “caneta” e lutando por sua vida contra um câncer.

    Novamente: admiro Jean Wyllys e o seu trabalho. Admiração que já registrei, inclusive, em mais de um artigo aqui no GGN.

    [Ver Nota 2 ao final sobre a atuação do deputado]

    Mas essa declaração no mínimo infeliz foi bola “foríssima” do deputado.

    Desconto para a exacerbação de emoções em reta final de campanha? E pela disputa se dar no próprio terreiro do deputado – o Rio?

    Espero que Jandira possa encontrar em si dar esses descontos…

    Acredito que encontrará sim. Afinal, ela é da (“maldita”?) política.

    [Ver Nota 3 ao final sobre “o que é a política”]

    E, também importante, sequer busca como estratégia político-eleitoral demonizá-la e ir, de maneira difusa, contra “isso tudo que está aí”…

    *   *   *

    Mais informações sobre o episódio em artigo no Blog do Cafezinho:

    *   *   *

    Nota 1 – o “centrão da sociedade”

    Trecho do post “Velha questão Vol. 3: a complicada relação PT x PSOL

    (…)
    (iii) “Centristas”
    Escrevo a palavra “centristas” entre aspas de caso (bem) pensado. Isso porque, em geral, seus membros tendem a pertencer à parcela despolitizada da população. Parcela essa a priori aberta à sedução – seguindo considerações pragmáticas. É, portanto, objeto de disputa e conquista pelos dois polos antagônicos da política. De novo e de novo. A cada rodada eleitoral.
    É o fiel da balança, que pende ora para um lado, ora para outro. E o faz muito mais pela conjuntura – aquilo que indicam “os ventos” e as “nuvens no céu” – do que propriamente por convicções político-ideológicas “centristas” (em sentido estrito). Ou seja, não têm nada a ver, por exemplo, com o ideário sintético de uma democracia cristã europeia.
    A seu respeito, faço uma provocação:
    – Como disse, trata-se de uma “parcela despolitizada, pragmática, aberta à disputa e conquista pelos dois polos antagônicos a cada rodada eleitoral. Fiel da balança, decide-se muito mais pela conjuntura – “ventos e nuvens” – do que propriamente por convicções políticas”.
    Soa familiar?
    Lógico que sim!
    – São os “PMDBistas” da sociedade!
    [hehehe]
    (…)
    Alerta de quem entende (muito) do riscado
    [Comentário de expert ao post]
    Quando você fala em “centrismo” e descreve quem dele faz parte – apolíticos, pendem para um lado ou outro segundo as circunstâncias, mas são o fiel da balança – você vai certeiramente pro PMDB. E tem razão, porque está falando de perfis partidários. Mas o problema é que a sua descrição, não em termos de partido, mas do eleitorado que vota nele, é exatamente aquela do grosso da população que, manipulada pela mídia, sequer percebe o que está acontecendo hoje com o golpe em curso. Por isso não sai à rua pra apoiar o “nosso lado” nas manifestações, mas são os que, embalados pelo moralismo anti-corrupção e a aura mediática da Lava-Jato, correm em defesa da destituição da Dilma e da extinção do PT. No limite, são os que pedem intervenção “constitucional” das FFAA ou são eleitores certos de Bolsonaro ou qualquer outro salvador da pátria estilo Berlusconi que se apresente como candidato.

    *

    Nota 2 – A distinção da atuação política de Jean Wyllys

    Trecho do post “Velha questão Vol. 3: a complicada relação PT x PSOL

    Diferença entre exceções e avessos (do avesso): Jean Wyllys, Paulo Pimenta, Tarso & Luciana Genro

    Assim como o PT não é monolítico, também não o são as demais forças de esquerda.
    Nem mesmo o PSOL!
    E isso já sem contar a primeira dissidência: Heloisa Helena.
    Não há como comparar, por exemplo, a atuação e a postura de um Jean Wyllys – bendito Big Brother Brasil? Bendita Rede Blogo?! – com as de uma Luciana Genro.
    E isso vindo lá de trás… desde as marchas de junho de 2013, passando pela exploração político-eleitoral da Lavajato, pelo posicionamento no segundo turno de 2014 e chegando, finalmente, à tramitação: (i) do impeachment, patrocinado por Eduardo Cunha; e (ii) da cassação da chapa Dilma/Temer no TSE, patrocinada – em estratégico “banho-maria” – por Gilmar Mendes.
    E olha que Luciana cresceu na política. Testemunhou – na própria casa! – a frustração com os limites impostos pela – “maldita” mas inexorável – realidade político-administrativo-eleitoral.
    E – coisa rara – tem um pai que conseguiu passar razoavelmente bem pela (“maldita”) realidade das urnas e da Administraçao Pública, mantendo-se como uma referência de coerência política, responsabilidade, equilíbrio e integridade.
    É, né, Luciana…
    Como ensina o Evangelho, “ninguém é profeta na sua própria terra”.
    Se nem o messias o foi, não haveria de sê-lo o Tarso Genro, não é mesmo?

    Atualização 16h:
    Se a atuação de Jean já está bem distante da de Luciana Genro, nada tem a ver com este PSOL (?!) aí:

    *

    Nota 3 – “o que é política”

    Trecho do post “Parábola multi-sincrética de duas tribos em guerra”:

    O cacique compreendeu, mas disse que seria difícil explicar isso aos seus na tribo. O filósofo ofereceu então uma tradução metafórica para aquela tal de política: “é a arte de intuir – olhando tudo em volta – quando se está cacifado para meter o dedo no olho do adversário e ganhar terreno e quando se está cacifado apenas para levar dedada no próprio olho e recolher-se ao seu canto. E em silêncio. Inclusive momentos há em que não se furam os olhos de ninguém, porque ambos concordam em amarrar as próprias mãos e a ficar parados no mesmo lugar.

    *   *   *

    Atualização 17:30:

    Alô, políticos de esquerda: “eles [da direita] querem acabar com a gente”

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=u5oKFYzeToQ&feature=youtu.be%5D
    Cynara Menezes: “eles [da direita] querem acabar com a gente”
    (dica de um seguidor do twitter)

    A Socialista Morena comenta a “difícil vida do eleitor de esquerda”, que tem de escolher entre: Freixo x Jandira; Haddad x Erundina; Raul Pont x Luciana Genro…

    Como ela nota, políticos de esquerda, divididos, parecem não notar que “eles [da direita] querem acabar com a gente!”

    Alô, pessoal! Se liguem!

    – É guerra! E de extermínio!

    *

    Atualização 21h:

    Lula em Bangu com Jandira:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=svHFIZ0SRoA&feature=youtu.be%5D

    *   *   *

    Leia mais sobre o assunto em:

    *   *   *

    Do Facebook do dep. Jean Wyllys:

    Por que Freixo e não Jandira?

    [Romulus: foto descontextualizada escolhida para ilustrar o post do deputado. Numa aliança costurada com a participação de Lula, de Brasília, após retratação pública e até em carta manuscrita de Eduardo Paes dirigida à Primeira-Dama, Dona Marisa, por sua atuação virulenta na Câmara durante “Mensalão”, atacando até mesmo seus filhos, acerta-se o apoio da terceira colocada no primeiro turno, Jandira Feghali, a Eduardo Paes no segundo turno das eleições municipais de 2008, na duríssima disputa contra Fernando Gabeira, do PV, apoiado pela direita em bloco: PSDB, DEM e PPS. Na sequência, Jandira torna-se Secretária de Cultura do Rio, num governo de ampla coalizão. Essa é o contexto da foto, deputado Jean Wyllys…]

    Nas últimas semanas, muita gente do Rio tem me perguntado, tanto pessoalmente quanto aqui, nas redes, por que Freixo e Jandira não estão juntos nessa eleição – e por que as pessoas de esquerda deveriam votar nele e não nela. Eu sei que muitas pessoas de esquerda, que foram contra o golpe e defendem a democracia e os direitos humanos, acham que o campo progressista deveria ter uma única candidatura, para derrotar os golpistas. Até agora, eu adiei a minha resposta, por considerar que a conjuntura nacional de resistência ao governo ilegítimo de Temer nos exigia evitar ataques entre nós; mas, faltando uma semana para as eleições, as perguntas de muitos cidadãos e cidadãs sobre esse ponto se intensificaram, e eu tenho uma responsabilidade com vocês.

    Por isso, quero esclarecer por que não foi possível essa unidade que muitos pediam e por que eu acredito que votar no Freixo não é a mesma coisa que votar na a Jandira, mas é bem diferente. Quero falar pra vocês com absoluta sinceridade, como eu sempre faço.

    Nas últimas décadas (sim, décadas), inclusive desde muito antes de ser deputado, Marcelo Freixo esteve firme na oposição aos governos da direita no Rio de Janeiro, tanto no estado quanto na cidade, enquanto Jandira era aliada deles. Não se trata apenas de uma escolha pessoal: Jandira e o PCdoB seguiram a lógica política de conciliação de classes e negociação com os partidos da ordem que Lula impôs ao PT à base governista. No Rio, o partido de Jandira foi aliado de Garotinho, de Cabral, de Pezão e de Paes, e fez campanha ao lado de Crivella, de Cunha, de Pedro Paulo, de Índio da Costa, de Osório, de todos eles. Ela foi, inclusive, secretária do governo Paes. No debate da RedeTV, Jandira disse que apoiar os governos estadual e municipal do PMDB foi o “pedágio” que tiveram que pagar para garantir a governabilidade do Lula e da Dilma, mas esse pedágio custou muito caro à população do Rio de Janeiro.

    Durante todos esses anos, Freixo estava na oposição, denunciando as milícias, as remoções, a repressão contra os professores com gás lacrimogêneo, a desaparição de Amarildo, as chacinas nas favelas, o aumento da passagem de ônibus, o caos no transporte, as obras superfaturadas, os negócios com as empreiteiras, as alianças com o fundamentalismo religioso, a privatização da saúde, o abandono da educação, etc. Freixo enfrentou os governos do PMDB enquanto Jandira fazia campanha por eles.

    Se o PMDB do Rio não tivesse apoiado o impeachment, Jandira não seria candidata e estaria hoje na campanha de Pedro Paulo, como sempre. E isso significa, também, que essa candidatura não representa um projeto diferente para a cidade, mas apenas uma necessidade eleitoral de última hora. Diferentemente, Freixo (que também foi contra o golpe) está se preparando há muitos anos para ser prefeito e construiu um programa de governo para 2016 com a participação de mais de 5 mil pessoas de todos os bairros, categorias e movimentos sociais da cidade.

    Eu tenho uma ótima relação com Jandira Feghali e defendemos juntos muitas pautas na Câmara dos Deputados. Não tenho nada pessoal contra ela, que é uma aliada na luta contra o golpe no Congresso, mas também não posso mentir a vocês sobre a situação do Rio, que é muito grave.

    A verdade é que a candidatura da Jandira tem como única finalidade disputar parte do eleitorado de esquerda que vota no PSOL e ajudar Pedro Paulo, candidato do PMDB, a passar para o segundo turno. Para fazer isso, inclusive, eles recorreram à difamação contra o PSOL, usando a bandeira do feminismo radical para atacar o Freixo, cuja vice é uma ativista feminista e cujo programa defende todos os direitos das mulheres. Dessa forma, tentando dividir o voto de esquerda, eles continuam ajudando o PMDB de Temer e Cunha!

    Por enquanto, felizmente, não deu certo: Freixo continua em segundo lugar em todas as pesquisas, como esteve em segundo lugar em 2012, com 28% dos votos, quando Jandira, Crivella e Paes eram aliados; mas não podemos arriscar. Se a esquerda votar dividida, a direita vai vencer. A unidade da esquerda, então, é votar em Marcelo Freixo (50).

    Você já imaginou um segundo turno entre dois golpistas? Você já imaginou ter de escolher entre o candidato de Eduardo Cunha e o candidato da Igreja Universal? Tem uma única forma de impedir isso: é o Freixo!!

    E ele vai ser um excelente prefeito!! Confiem em mim!!

    *   *   *

    (i) Acompanhe-me no Facebook:

    Maya Vermelha, a Chihuahua socialista

    (perfil da minha brava e fiel escudeirinha)

    *

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    @rommulus_

    *

    (iii) E, claro, aqui no GGN: Blog de Romulus

    *

    Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

    1. Compreendo o que você diz a respeito do PSoL

      Concordo que o JW  deu UMA bola fora. Quantos políticos, inclusive do PT, já deram várias?

      Não foi o Haddad que em momento delicadíssimo falou em entrevista ao PIG que o golpe não era golpe? Mas depois disse aos blogs sujos que não quis dizer isso… que o golpe era sim golpe,.. mas que ele por ser um doutor acostumado aos requintes e sofisticações acadêmicas e blablablá… foi mal entendido pq blablabla… Não é mesmo? ok ok Isso já passou.

      Outra coisa.

      A distância eleitoral entre Freixo e Jandira, embora pequena, sempre foi vantajosa pro Freixo. Apenas poucos petistas mais aguerridos (peço licença poética para usar termo tão brando) não querem ver qual é o voto “útil”. E, talvez, por causa de poucos, o Freixo não chegue ao segundo turno.

      Curioso que nem o famoso tracking diário do PT está sendo alardeado aqui no Rio. Estranho… Acho pouco provável que não esteja sendo feito. E se está sendo feito, por que não estão mostrando os resultados supostamente favoráveis à Jandira?

      >> Uma eventual nao ida ao 2o turno do PSOL, “que era certa”, é importante para o amadurecimento do partido. E nao apenas no que diz respeito a coligaçao / tempo de TV. Tambem com relaçao ao que querem ser.

      Que o PT aprenda com seus erros. Que o PSoL “amadureça”.

      Rogo e faço votos para que os dois partidos evoluam!

      Mas não a reboque do sacrifício ou às custas de 7 milhões de pessoas e de uma cidade maravilhosa, que corre sério risco de vir a ser governada por um pulha ou outro canalha, a troco de picuinhas políticas.

      Desejar que o PSoL não vá ao segundo turno para que o partido “amadureça” – repito: às custas de milhões de pessoas – é o mesmo que dizer em relação ao golpe: “bem feito pro PT, é importante para que aprenda com seus erros”. E que se dane o povo brasileiro. Absurdo!

      Entre pessoas e broches ou bonés, fico com as pessoas.

      1. Fator Globo

        Entendo totalmente.

        E tb sinto profundamente pelos 7 milhoes de cariocas. 

        Afinal, tb sou um, embora ovelha desgarrada atualmente.

        Acontece que, na minha visao, é improvavel que o vencedor final nao seja um dos conservadores.

        No contexto atual de cerco midiatico-politico-judicial, é quase certo que o vencedor sera Crivella. Ele quase levou para o Estado ha 2 anos.

        Acredito que o unico que realmente teria chances, pequenas, de vence-lo no 2o turno seria Pedro Paulo.

        Nem Jandira nem Freixo chegariam perto.

        É muito facil usar as posiçoes libertarias dos dois (drogas, aborto, direitos humanos para presos, minorias…) para derrota-los em eleiçao majoritaria, numa reprise farseada da derrota de FHC (“fumei maconha” / “sou ateu”) para Janio Quadros em 85.

        Por isso que digo que se ha algo que pode sair dessa eleiçao é uma reflexao em cima de uma crise de identidade do PSOL, visando ao futuro.

        A nao ser…

        E ai vc que ta perto que pode me dizer.

        A nao ser o fator Globo.

        A Globo poderia desequilibrar o jogo em favor de Freixo se ele passasse ao 2o turno, com duas motivaçoes:

        (1) devido à velha richa com a Universal; e

        (2) no intuito de dar um gás ao PSOL na disputa por uma liderança com o PT dentro da esquerda, dentro do objetivo maior de detonar o ultimo.

        Como a Globo esta se comportando com a candidatura do Freixo nesta reta final?

        1. Prezado Romulus, faz-se

          Prezado Romulus, faz-se presente novamente o “bicão” de conversas alheias se intrometendo onde não deveria. Mas pede licença: Como não tenho neurônios suficientes para ser juiz (fico pensando que talvez eu fosse um bom candidato a um cargo de de 1ª instância ou até de ministro do STF, e não vou colocar rs rs, não é ironia não), tal como aquele personagem do Jô quando ele era humorista não tão bom quanto hoje (agora sim, rs rs), quando leio o que você escreve, tou consigo, quando leio a Vânia, tou com ela, quando tento julgar, tou com os dois. Mas permita-me um dedinho de prosa, um dedinho só, pro lado da Vânia: Desculpe-me, 2 dedinhos: 1) Se necessário for Crivela vira padre católico, ou rabino, ou Imã, e viverá feliz com a Globo. Esta, se achar mais conveniente, deixará Papa Francisco e investira numa novela Universal. 2) O gás que a Globo poderá fornecer ao Psol, tem nome, Mostarda, e sobrenome, Sarin. Abraço grande.

          1. Globo é incognita

            “1) Se necessário for Crivela vira padre católico, ou rabino, ou Imã, e viverá feliz com a Globo. Esta, se achar mais conveniente, deixará Papa Francisco e investira numa novela Universal”.

            Concordo. Por isso que coloco como incerteza. Eles podem – como forças conservadoras – se aliar e dividir o butim sem grandes traumas. Mas a Globo – na mao dos filhos – ja nao é tao esperta quanto foi.

            “2) O gás que a Globo poderá fornecer ao Psol, tem nome, Mostarda, e sobrenome, Sarin. Abraço grande”.

            Pois é. Aí, de novo, ficamos a depender do quanto de malicia resta na Globo. Ja deram gas – do bom – à candidatura de Heloisa Helena em 2006 para forçar o 2o turno na reeleiçao de Lula. O que fariam nesta eleiçao e – mais importante – com um prefeito do PSOL prefeito na 2a maior cidade do Brasil é uma incognita. Se fossem espertos, dariam uma forcinha, para deixar a briga dentro da esquerda mais equilibrada. Mas esperteza ali hoje falta e pode ser facilmente vencida pela ojeriza a “esquerdistas”.

        2. Fator Globo…

          Cê tá falando sério, Romulus? Acho que o Eduardo (o outro) já respondeu.

          Segundo turno é outra batalha, Mas uma derrota no primeiro turno dos partidos ditos progressistas nas duas maiores cidades do Brasil (e em outras capitais) será um péssimo presságio para todos nós da esquerda e representaria a vitória do discurso dos golpistas. Isso já foi dito e redito em várias ocasiões e posts. E é óbvio!

           

           

          1. “Segundo turno é outra

            “Segundo turno é outra batalha”

            A sua visao tem, em principio, tanto merito quanto a minha. Eu acredito que dificilmente o resultado nao está dado no Rio.

            “Mas uma derrota no primeiro turno dos partidos ditos progressistas nas duas maiores cidades do Brasil (e em outras capitais) será um péssimo presságio para todos nós da esquerda e representaria a vitória do discurso dos golpistas.”

            Concordo. E ai vamos ter que pensar por que isso pode ocorrer.

      2. Em termos de eleitores, os

        Em termos de eleitores, os que mais defendem a candidatura da Jandira são os guerreiros militantes do PCdB. Os do PT, ao qual me incluo mais ou menos, votariam em qualquer um dos dois, estando muito preocupados com a divisão do voto anti-golpe. 

        Acontece que Freixo tem dois problemas. Tem pouca penetração nas periferias mais carentes da cidade. E outro é que não está fazendo o discurso anti-golpe como deveria estar. Dito isso, se ficar claro que é ele que tem chance de ir para o segundo turno, voto nele.

        1. Oi?

          Militância do PCdoB? Mesmo? Me apresenta esse pessoal pq eu desconheço a existência deles.

          Freixo não está fazendo discurso anti-golpe?

          Juliano, não precisa viajar… Fala que não gosta do PSoL e pronto. Você mora no Rio e deve ter ido a alguns atos contra o golpe. Antes e depois de consumado. O Freixo e o PSoL estavam em todos. Não falta vídeo na internet e posts deles próprios para comprovar isso. 

      3. Parece sensato

        “Rogo e faço votos para que os dois partidos evoluam!

        Mas não a reboque do sacrifício ou às custas de 7 milhões de pessoas e de uma cidade maravilhosa, que corre sério risco de vir a ser governada por um pulha ou outro canalha, a troco de picuinhas políticas.

        Desejar que o PSoL não vá ao segundo turno para que o partido “amadureça” – repito: às custas de milhões de pessoas – é o mesmo que dizer em relação ao golpe: “bem feito pro PT, é importante para que aprenda com seus erros”. E que se dane o povo brasileiro. Absurdo!”

        E acrescento. Se, por azar, ficarmos (PT/PCdoB/PSOL) fora do segundo turno, tanto no Rio quanto em S. Paulo, teremos que tampar o nariz e votar pela alternativa que seja a menos fedorenta.

        Isso significa, não anular o voto.

        Já tive experiências de ter anulado o voto e ter me arrependido amargamente. Não que um dia não possa fazê-lo. Mas, sempre que “possível” procurarei evitar.

        Agora, que as cúpulas dos três partidos poderiam se reunir e tirar uma posição unitária, isso seria bom: Erundina desiste e apóia Haddad e, S.`Paulo e Jandira desiste e apóia Freixo no Rio.

         

        1. Seria o ideal, Galileo

          Agora, que as cúpulas dos três partidos poderiam se reunir e tirar uma posição unitária, isso seria bom: Erundina desiste e apóia Haddad e, S.`Paulo e Jandira desiste e apóia Freixo no Rio.

          Mas isso não aconteceu. Por isso fiz a seguinte observação após o post do Rovai:

          Acho que como cidadãos progressistas, deveríamos por um momento esquecer essa batalha PT x PSoL. Se os partidos não se entendem e, por vezes, se apequenam em nome de interesses partidários, façamos nós o que pregamos. União no combate aos golpistas. Por isso votarei no Freixo. Em São Paulo, certamente votaria no Haddad.

        2. No Rio é quase impossível evitar o voto nulo no segundo turno

          Vou de Jandira. Votaria no Freixo se ele for ao segundo turno. E até em Molon, apesar dele ter aderido à Rede, que é um partido golpista. Mas nao há “menos fedorento” se nenhum desses for ao segundo turno.

          1. Há uns mais fedorentos

            Bolsonaro, por exemplo.

            E, mesmo entre Crivella e Pedro Paulo, tenho a certeza de que um fede mais do que o outro. Eu só ainda não consegui distingir qual. 

          2. Chegar a esse ponto de “voto útil” é o fim da picada

            Nao votarei no espancador de mulher nem no bispo para evitar Bolsonaro.,. Se tem que ser ruim assim, que seja, nao vou entrar nessa lógica do perde/perde. A gente tem que apostar no que acredita, enquanto dá, e se abster, quando nao dá mais.

    2. Esquerdistas e contas…

      Como você, prefiriria que a candidatura da Jandira fosse a representante da esquerda no segundo turno no Rio. Mas as contas indicam, infelizmente para nós dois, que Freixo tem chances claramente maiores do que Jandira de passar adiante. Digo isto por que a análise com base na superposição das faixas definidas pelas margens de erro isoladamente em cada pesquisa não leva em conta o conjunto delas. Explico melhor: estatisticamente, um empate técnico entre os dois ao longo de várias pesquisas com diferenças explicadas pela dispersão dentro das margens de erro deveria ser caracterizado por variações aleatórias das colocações, com os dois se revezando à frente. Sinto dizer, meu caro, que é altamente improvável – e aí uso o termo “improvável” na acepção estatística mesmo – que a dianteira consistente de Freixo ao longo do tempo e nos diferentes institutos seja fruto de mera dispersão casual de resultados dentro das margens de erro. Portanto, a não ser na hipótese de manipulação proposital das pesquisas ou de que novos levantamentos mostrem radical mudança na situação, a única conclusão racional possível é que Freixo é o candidato a ser escolhido pelos que optem pelo “voto útil de esquerda” no Rio de Janeiro.

      1. Exatamente, Gui

        Excelente explanação. É isso que a intuição diz e a matemática comprova.

        Eu sempre que pude votei na Jandira. Votaria nela com prazer, apesar de eventuais críticas que eu tenha em relação ao erros advindos das alianças petistas e do PCdoB, por osmose. Em particular, sobre a retirada de sua candidatura ao senado em prol do Romário (em 2014, a mando da direção do PT). Também tenho críticas ao PSoL e ao Freixo, muitas delas são as mesmas já comentadas por aqui. Mas também vejo pontos positivos em ambos.

        Amanhã votarei em Freixo. Sinto muito que o rancor de alguns ao PSoL os façam preferir ver Crivella e Pedro Paulo no segundo turno aqui no Rio. Do mesmo modo que outros, em Sampa, preferem ver o Haddad fora da disputa por birra em relação ao PT. Quem perde com os dois fora da disputa do segundo turno é o campo progressista como todo. A vitória será dos golpistas, caso isso aconteça. 

        Agora um chavão: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”

        1. Ressentimento? Nao visto a carapuça nao

          “Sinto muito que o rancor de alguns ao PSoL os façam preferir ver Crivella e Pedro Paulo no segundo turno aqui no Rio.”

          Vania, nao visto essa carapuça nao. Nao tenho nenhum ressentimento com o PSOL. Tento, inclusive, controlar a passionalidade na analise politica. Vc leu aquela serie que fiz de 3 posts sobre a fragmentaçao de esquerda e me brindou com os seus comentarios inclusive. Ali nao tem nada nem parecido com ressentimento. Apenas uma caracterizaçao da “economia politica” do voto hoje no PSOL e do nicho que ele ocupa.

          Tenho horror a um 2o turno disputado entre Crivella e Pedro Paulo. Mas importa tb o resultado do 2o turno ao fim e ao cabo. Vejo como quase impossivel a direita, de uma forma ou de outra, nao ganhar a eleiçao no Rio neste ano.

          Em SP o quadro é diferente devido às fragilidades dos candidatos da direita que la estao presentes e ao candidato da esquerda – Haddad – muito mais mainstream que Freixo. Ou Jandira!

          1. Romulus, nem era para vestir o chapéu

            Discordamos pontualmente, mas você apresenta argumentos que fazem pensar e merecem ser respondidos, concorde-se ou não com esses.

            Você não é do tipo que fica repetindo as palavras de ordem da militância, batendo sempre na mesma tecla e babando de ressentimento… Pero que los hay, los hay.  Basta ler alguns comentários deste post. 

          2. De um lado e de outro

            Pois é. De um lado e de outro.

            O pior é que isso nao se limita à militancia, mas às direçoes partidarias tb.

            Olha o comentario do Galileo.

            Depois da fala do Ivan Valente no final – nesta quadra do Brasil sob o golpe! – so posso soltar um longo suspiro:

            Parece que houve a tentativa e falhou
            sab, 01/10/2016 – 11:41
            http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/2016/10/1818662-na-ultima-semana-pt-tentou-acordo-com-psol-e-pc-do-b.shtml
            Se verdadeira, por que vindo da Folha nunca se sabe, acho que a assessoria da Erundina vacilou.

             

          3. Chega, né?

            Pois é, não dá para confiar no PIG. Mas já que estão colocando FSP na roda, o que dizer da seguinte nota do Globo?

            ***

            O PT apoia oficialmente Jandira Feghali para a prefeitura do Rio de Janeiro, mas o petista Adilson Pires (à esquerda), vice-prefeito de Eduardo Paes, já está acertado com Pedro Paulo para assumir uma secretaria num eventual governo do peemedebista.

            http://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/vice-prefeito-petista-do-rio-acerta-secretaria-com-pedro-paulo.html

            ***

            Dizem que a aliança entre PSoL e o PT/PCdoB no Rio, com chapa Freixo/Jandira , não vingou pq uma das exigências do PSoL era que o vice petista do Paes entregasse seu cargo.

            Por isso eu insisto. Não adianta entrarmos na roda das picuinhas. Se os partidos não conseguem se unir pelo bem da sociedade, façamos nós. Essa discussão (qem erra mais PT ou PSoL), no momento, é totalmente improdutiva.

            #FREIXO50

          4. Por isso que coloquei no

            Por isso que coloquei no plural:

             “pior é que isso nao se limita à militancia, mas às direçoes partidarias tb”.

            Nao sabia desse notinha. Sendo verdade ou nao, esses quadros fisiologicos do PT sao mesmo de lascar.

            As intervençoes federais no PT do Rio sempre foram traumaticas. Quando nao desastrosas.

            Mas olhando esse tipo de acerto de alguem que tem um feudo em Bangu torna-se ate possivel defender a tratoragem das instancias locais de decisao, de maneira “anti-democratica”.

      2. A sua analise esta

        A sua analise esta perfeita.

        Partindo da premissa de que pesquisa no Brasil – municipal acima de tudo – é confiavel.

        Nao entendo como as pessoas esquecem o nada distante 2012, com “empate triplo” em SP na vespera do 1o turno, pelos dois maiores institutos. Ibope cravando ate empate numerico!

        Todos sabemos o que veio quando foram abertas as urnas.

      3. “Contas”? Com base em pesquisas? Ora, ora…

        Me desculpe, Gui, mas a gente sempre denunciou essas pesquisas fajutas, apelar para elas agora é oportunismo. As mesmas “contas” teriam decretado a impossibilidade da última eleiçao de Haddad em Sao Paulo…

        1. Bom, nesse aspecto, ao menos

          Bom, nesse aspecto, ao menos o PSOL “evoluiu” nesta eleição:

          – passou a defender a fidedignidade das pesquisas do Ibope e do Datafolha;

          – passou a pregar o voto util no 1o turno, algo que sempre pregou contra.

          Faltou “amadurecer” em fazer alianças e  buscar penetração nas classespopulares. 

          1. É. Mas o oportunismo continua o mesmo…

            Bancam os puros, mas passam acima de tudo para se afirmarem, e para tentarem desacreditar o PT como liderança da esquerda.

  2.  Amadurecimento do PSOl, etc.

     Amadurecimento do PSOl, etc. são bobagens. Os partidos têm suas estratégias e sua história. Não nos esqueçamos dos expurgos de 2003, que consolidaram a aliança do PT com os que hoje o derrubaram. E é verdade que o PT sempre fez o que hoje critica nos outros partidos de esquerda.

    Não tenho nenhuma simpatia pelo PT. Nem mesmo pelos governos Lula e muito menos pelos da Dilma. Eu tinha a intenção de votar na Erundina. Mas o fato é que a sua candidatura não decolou, e o momento histórico exige derrotas eleitorais nos candidatos no golpismo.

    A disputa hoje não é entre propostas rivais do campo democrático. É entre o estado de exceção e a democracia. Simples assim. Portanto, votarei no Haddad e em candidato do PSOL para vereador.

    Votarei no Haddad sem nenhum entusiasmo. Ao contrário de muitos aqui no blog, não acho que tenha feito uma boa administração, embora eu reconheça pontos positivos. Mas a questão municipal é a que menos me importa neste momento.

    E não acho que o PT do Falcão, etc. seja uma boa alternativa para um futuro governo do campo democrático. É necessário construir um projeto desenvolvimentista inclusivo, algo que o Lula não fez por opção política e por falta desse projeto. Qualquer que seja o resultado destas eleições, duvido muito que um governo democrático repita a experiência do lulismo; a esta altura as insuficiências e consequências dramáticas das alianças que o PT fez, quando da carta aos brasileiros, e do modo como governou estão muito claras. Mas tudo isso é para o futuro. Agora impõe-se derrotar o estado de exceção.

    1. É teria sido melhor nao fazer alianças e nao ter conseguido nada

      O ideal é o maior inimigo do bom, e sobretudo do possível. Pena que os “puros” odeiem a realidade.

    1. Atenção paulistanos!

      Não deixem de ler, refletir  e compartilhar o post : Porque Hadddad deve ganhar e ACM Neto não ? por Marcos Villas Boas. O post é das 9:26h.

      E eu aqui no Rio, depois do post em tela, da Vânia, descobri que estou numa encruzilhada! Ah! queria um HADDAD aqui na minha cidade !

    2. vamos….

      O voto deveria apenas representar um direcionamento politico. E isto em grandes centros e eleições com este parâmetro. A máquina do Estado deveria cumprir seu papel fosse qual ideologia ou partido estivesse no poder.  Quem não cumprisse suas funções ou extrapolassem os limites da lei, deveria responder a esta e submetido às penas impostas. Aqui temos um país a cada 4 anos, ou de 2 em 2 anos. Serviço público é vendido como favor ou esmola. Cargo público é vendido como sendo exercido por cidadãos acima das leis. Nada disto mudou em mais de 30 anos de redemocratização. Arevolta da população está nas ruas para quem quer enxergar. E para quem não quer, também. Caricatura de democraia. Controle do orçamento público disputado por assasinos e assassinatos. A redemocratização trouxe à tona medíocres e incompetentes. E o país não pode ficar a mercè de parasitas que não conseguiram alterar esta realidade. O resultado é a decepção abrindo brechas no Estado, novamente ao ataque de entreguistas e interesses que não contemplam a soberania da população brasileira. Abramos os olhos e a cabeça, enquanto podemos.

  3. As pesquisas,

    As pesquisas, “convenientemente” passaram a ter previsão científica, acabaram as manipulações ? Passaram,  nestas a eleições , a se tornarem confiáveis ?

      A mídia podre, Globo e Folha à frente, deixaram de escolher o adversário mais conveniente para seus candidatos justo nestas eleições ?

       Meu ceticismo quanto as questões acima me fa zem escolher Jandira no Rio  e torcer muito por Haddad em São Paulo, Pont no Rio Gabde so Sul, João Paulo no Recife, Luizianne em Fortaleza, Alice Portugal em Salvador.

     

    1. Pois é. Mas oportunismo pouco é bobagem mesmo, né?

      Jandira tem tanta chance quanto Freixo. E, sobretudo, é melhor candidata. Mesmo se ganhasse, Freixo ou ficaria no purismo do Psol e nao conseguiria governar, ou superaria isso, mas seria expulso do próprio partido.

  4. E para lembrar

    Partece óbvio, mas nem sempre prestamos atenção.

    Voto na legenda nem sempre é uma boa opção. Dependendo do leque de candidatos, arrisca-se a eleger estranhos no ninho.

    Na esquerda esperávamos que um candidato pela legenda tivesse tido uma concordãncia mínima com os valores compartilhados com a militância.

    Isso, infelizmente, nem sempre ocorreu, seja no PT, seja no PSoL.

    No PCdoB, não sei dizer, mas, dados os exemplos dos outros dois, não duvidaria.

    Portanto, escolham com critério o candidato da legenda e só votem na mesma em último caso.

     

  5. Jandira tem tanta chance quanto Freixo, e é melhor candidata

    Eu até preferiria que ela nao disputasse a eleiçao e ficasse na Câmara, onde precisamos dela (e o mesmo vale para Erundina). Mas ela já sendo candidata, tem ao menos tanta chance quanto Freixo e é alguém que pode governar, ao passo que Freixo, de duas uma: ou fica no purismo do Psol e nao faz coligaçao alguma e nao consegue governar; ou vence isso, e acabará sendo expulso pelo próprio partido. O Psol detesta a realidade.

    1. Não tem mais

      Talvez Jandira tivesse chances próximas às de Freixo com as informações disponíveis até a hora que você escreveu este comentário,  Analú.  Agora claramente não tem mais. Saudações!  

      1. Gente, olha o oportunismo!

        A base para o que vc diz sao as “pesquisas”? Aquelas que sempre denunciamos? Aquelas que previam a vitória de Russomano em Sao Paulo nas eleiçoes passadas? Fala sério…

  6. Agora mesmo na Folha: no Rio

    Agora mesmo na Folha: no Rio Freixo assume o segundo lugar. Esperemos o resultado da pesquisa em São Paulo. Palpite: empate técnico de Haddad  e outros no segundo lugar. Hora de decisões cruciais para o combate ao estado de exceção.

  7. Vou repetir aqui o apelo que fiz no facebook

    Amigos, entendo as diferenças entre PT e PSoL. Entendo e compartilho de algumas críticas que amigos companheiros do PT fazem em relação ao PSoL. E vice-versa.

    Agora é hora de se posicionar definitivamente. Escolher entre o amor e o rancor. Assim como muitos militantes e simpatizantes do PSoL votaram em Dilma, por que não podem agora os militantes e simpatizantes do PT votarem em Freixo.

    Por amor ao Rio. Pelo bem das esquerdas.

    Infelizmente, nesse momento, não votar em Freixo é o mesmo que deixar aquele que bate em mulher chegar ao segundo turno. E depois aguentar mais 4 anos de PMDB ou deixar a Igreja Universal começar a se impor sobre nossas vidas.

    Depois a gente retoma o debate sobre as diferenças.

    Esse momento é importante inclusive para que o discurso dos golpistas não saia vitorioso.

    Rio com Freixo 50 <3
    São Paulo com Haddad 13 <3

    ***

    Importante 

    Rival de Crivella no 2º turno do Rio ainda está indefinido, mostra Datafolha

     

    ITALO NOGUEIRA

    DO RIO

    01/10/2016  17p5

    A pesquisa Datafolha para a eleição para a Prefeitura do Rio mostra pela primeira Marcelo Freixo (PSOL) provavelmente isolado na segunda opção, na véspera da eleição.

    Ele registra 16% das intenções de votos válidos, contra 12% de Pedro Paulo (PMDB).

    Marcelo Crivella (PRB) lidera com 32% dos votos válidos –uma queda de quatro pontos percentuais em relação à semana passada.

    É a primeira vez que um candidato no Rio aparece com maior probabilidade de estar na segunda colocação, segundo o Datafolha.

    Embora haja um empate técnico com Pedro Paulo no limite da margem de erro, o candidato do PSOL tem maior probabilidade de estar a frente, de acordo com o instituto.

    O levantamento também mostra mudanças importantes nas simulações de segundo turno. A vantagem de Crivella reduziu significativamente em alguns cenários.

    A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

    Freixo subiu três pontos percentuais comparado ao levantamento do início da semana. O peemedebista oscilou negativamente dois pontos.

    Outros dois candidatos também subiram neste intervalo. O deputado Índio da Costa (PSD) foi de 7% para 11%. O deputado Carlos Roberto Osório (PSDB) foi de 7% para 10%.

    Eles assumiram a posição na lista de Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PC do B), que agora registram 8% e 7% respectivamente –ambos oscilaram negativamente dois pontos nas intenções de voto válido.

    A pesquisa foi realizada na sexta-feira (30) e sábado. Foram entrevistados 2.159 eleitores.

    O levantamento detecta a posição do eleitorado após a realização do debate da TV Globo. Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados assistiram ao programa, sendo que 21% acompanhou todo o programa, enquanto 33% apenas uma parte.

    Quatro entre dez eleitores (40%) não souberam dizer quem se saiu melhor no confronto. Para 14%, o melhor foi Crivella, seguido de Freixo (10%), Osório (8%), Índio (7%) e Pedro Paulo (5%).

    SEGUNDO TURNO

    O Datafolha registra também mudanças importantes nas simulações de segundo turno. A vantagem de Crivella caiu drasticamente em alguns cenários pesquisados.

    A vantagem contra Freixo foi de 22 pontos percentuais no início da semana para 5. O candidato do PRB teria 42% contra 37% do adversário.

    Contra Índio, a diferença a favor do senador caiu de 19 pontos para 2, um empate técnico (41% a 38%). No cenário com o peemedebista, o senador do PRB venceria, com 22 pontos percentuais a frente (47% a 25%) –eram 25 no início da semana.

    Parte deste movimento pode ser explicado pelo aumento da rejeição a Crivella registrada na última semana. Segundo a pesquisa, 31% dos eleitores não votariam no candidato do PRB –no início da semana eram 25%.

    Pedro Paulo é agora o segundo mais rejeitado, com 27%, em empate técnico com Jandira, com 24%. Já 12% do eleitorado afirma que não votaria em Freixo.

    ESTRATÉGIAS

    O resultado prejudica o discurso de Pedro Paulo para chegar ao segundo turno. Ao longo da semana, ele apostou numa estratégia de polarizar a disputa pela vaga no segundo turno com Freixo.

    O objetivo era atrair eleitores de Índio, Osório e Bolsonaro. Contudo, os dois primeiros cresceram neste levantamento.

    Outro argumento do peemedebista é ainda mais enfraquecido na pesquisa. Ele buscou se apresentar como o mais capaz de derrotar Crivella no segundo turno. Contudo, ele é o que tem o pior resultado entre Freixo e Índio.

    O crescimento de Freixo se deu principalmente na faixa do eleitorado de maior renda (acima de dez salários mínimo). Neste grupo, o candidato do PSOL subiu 8 pontos percentuais, chegando a 25%.

    Ele passou a liderar também na faixa logo abaixo, de cinco a dez salários mínimos. Ele subiu 4 pontos percentuais e agora tem 21% desta fatia do eleitorado.

    Crivella lidera nas duas faixas mais pobres, maioria do eleitorado. Ele registra 36% entre eleitores com renda até dois salários mínimos e 29% entre os entrevistados com renda de dois a cinco salários mínimos.

     

  8. Útil ou inútil?

    Sou do Rio e meu voto é para Jandira, que pessoalmente é a melhor candidata. Mas não é só isso. 

    É sedutor pensar em pelo menos tentar derrotar aqui a bancada da Bíblia e o PMDB traíra, mas meu coração e minha mente se recusam a apoiar este “socialismo light” supostamente puro mas que abandona as tradicionais pautas da esquerda para fugir do “estigma do comunismo” e ampliar a base eleitoral à direita. Também acho ingênuo acreditar que a mídia corporativa vai apoiar um candidato da esquerda no segundo turno,  e aí “babau” centrão do Freixo. Globo & Cia se abraçam com o bispo Macedo e até com o capeta mas não contribuem para nenhuma vitória da esquerda: para eles a continuidade do processo do golpe está acima de tudo e derrotar a esquerda, mesmo em suas parcelas emergentes, é fundamental.

      1. Sossega, Leoa!

        Nunca disse que Iria votar no Freixo,  mas mesmo assim defendi que ele é quem tinha mais probabilidade de ir para o segundo turno. De fato, eu estava certo. Você está parecendo que preferia que eu tivesse distorcido minha opinião sobre o quadro eleitoral para favorecer minha candidata preferida.

        Vou creditar está amigável rusguinha às paixões de momento, Vânia.  Você me conhece: não enche o saco e para com esta babquice de votar em Crivella, cacete!

  9. São todos oportunistas, inúteis e golpistas.

    È isso mesmo. Aconselho o pessoal que é super hiper ultra mega consciente  a parar de ler incluvise a mídia indendente e os blogs sujos. São todos oportunistas, inúteis, golpistas, etc. Também não leiam mais cientistas políticos e pensadores tradicionalmente ligados à esquerda.

    Fiquem com Diogo Costa e quetais. Só estes têm razão e coerência. São realmente duros na queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee-

    da.

    Jornalistas Livres:

    EDITORIAL DOS JORNALISTAS LIVRES – Pela unidade das forças democráticas! Pelo amor e pela esperança!

    https://jornalistaslivres.org/2016/10/editorial-dos-jornalistas-livres-pela-unidade-das-forcas-democraticas-pelo-amor-e-pela-esperanca/

    RBA

    Lógica do voto útil pode decidir eleições em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/10/logica-do-voto-util-pode-decidir-eleicoes-em-sao-paulo-rio-de-janeiro-e-porto-alegre-7042.html

    Viomundo

    http://www.viomundo.com.br/politica/ibope-e-datafolha-dao-vantagem-a-freixo-para-ir-ao-segundo-turno-no-rio-haddad-em-ascensao-mantem-chance-de-decidir-com-doria-em-sao-paulo.html

    E tem muito mais… Podem percorrer os blogs sujos que quiserem. Poucos estão sendo obtusos… digo… honestos, né?

    Inté!

    PS: Ah… e antes que eu me esqueça. Não ouçam mais o que diz e canta Chico Buarque. Outro oportunista e inútil.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=h_8rWkvQeEg%5D

     

     

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