Segundo turno transcorre com normalidade, diz OEA

Chefe de comitiva apresenta preocupação com fake news e discurso propagando violência no país, mas diz que brasileiro tem consciência do valor do voto   
 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 
Jornal GGN – Pela primeira vez uma Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) acompanha de perto as eleições no Brasil. A comitiva está sendo chefiada pela cientista política e ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, que também chefiou a equipe de observação da eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2016.
 
Segundo informações da Agência Brasil, Chinchilla declarou que, até o momento, o segundo turno está transcorrendo com “muita normalidade” e que a sua equipe não informou nenhuma ocorrência nem irregularidades contra eleitores.
 
Para a missão no Brasil, a OEA mobilizou  48 especialistas de 38 países que estão distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal. O grupo irá produzir um relatório que será apresentado nesta segunda (29) para a imprensa.
 
Além do Brasil, outro grupo ficou responsável por analisar as eleições de brasileiros no exterior nas cidades de Buenos Aires, Cidade do México, Montreal, Paris, Santiago do Chile e Washington DC.
 
No período da tarde, a coordenadora do grupo irá para o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018 (CICCE) da Polícia Federal para reunir mais dados monitorados do processo eleitoral. 
 
Percepção
 
Chichilla disse que o eleitor brasileiro demonstra ter ciência da importância de voto e seriedade desta eleição. “E essa é a melhor forma de se resolver as diferenças políticas no país”, declarou hoje no colégio Sigma, uma das seções eleitorais da zona central de Brasília, segundo informações da Agência Brasil. 
 
A ex-presidente da Costa Rica fez declarações na última quinta-feira (25) sobre a disseminação de notícias falsas, algo “sem precedentes” no cenário eleitoral do país. Ela também manifestou preocupação com o discurso violento propagado nesta corrida.
 
“Se está usando uma rede privada, que é o WhatsApp, que apresenta muitas complexidades para ser investigada pelas autoridades. É uma rede que gera muita confiança porque são pessoas próximas que difundem as notícias e é a mais utilizada, com um alcance que nunca se tinha visto antes”.
 
Na semana passada, Laura se encontrou com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para discutir o combate às fake news, dizendo que repassou às autoridades brasileiras denúncias relativas a propagação de notícias falsas anti-PT, supostamente financiada por empresas no envio massivo via WhatsApp. 
 
Redação

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