Supremo tornou a eleição mais tumultuada, diz ex-ministro do STJ

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp disse, em entrevista divulgada pelo El País nesta quarta (3), que a batalha no Supremo Tribunal Federal para impedir que Lula apareça na imprensa antes da eleição presidencial ser concluída, só tornou o pleito ainda mais tumultuado. “O Judiciário só está contribuindo para gerar mais dúvidas e tornar as eleições mais tumultuadas”, avaliou o ex-ministro.
 
A pedido da Folha de S. Paulo e do jornalista Florestan Fernandes Jr., o ministro Ricardo Lewandowski concedeu autorização para que Lula pudesse dar entrevista em Curitiba. Mas o ministro Luiz Fux atropelou a decisão, argumentando que a exposição de Lula iria influenciar o eleitor e provocar danos à democracia.
 
“Não se sabe se o relator [Lewandowski] inicialmente poderia decidir daquela maneira; certamente o ministro Fux não poderia decidir daquela maneira e o presidente [Toffoli] que queria apaziguar cria uma situação em que ele pode até apagar o fogo agora, mas esse fogo que vai crescer logo depois”, concluiu. Dipp é a favor de ponderar o pedido de entrevistar Lula, tendo o pleito em vista.
 
Ainda segundo Dipp, o argumento utilizado por Fux só reforça a parcialidade do Judiciário. “Pode gerar confusão [na decisão do eleitor]? O que não pode é derrubar uma decisão judicial no facão pelo simples fato que pode gerar confusão”, disparou. “Liberaram a delação do Palocci seis dias antes do pleito quando o candidato do Lula está num posição absolutamente confortável nas eleições. Isso é a politização clara e evidente do Judiciário”, lembrou.
 
Ainda de acordo com o ex-ministro, a decisão do Supremo prejudica ainda o direito de outros veículos de comunicação e outros presos. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Fux é um canalha! O juíz fascista!

    Fux é o maior canalha de todos: A fala dele irá provocar danos à democracia? Não seria o contrário? Ele não falando é que há danos para a liberdade de expressão e a democracia. Esse canalha picareta só pensa no que pode beneficiar o seu candidato? Foi assim que fez também ao apoiar a quadrilha de Temer? Olha o tamanho do dano que causou… Não seria mais acertado esse safado estar preocupado com o dano  da ilegalidade do vazamento do depopimento de Palocci? Está tudo domiando pelo fascismo e a máfia demotucana!

  2. Por que Dipp, DeSanctis, Calmon não foram indicados ao STF?

    Nunca vou entender o que passou pela cabeça de Lula e Dilma de fazerem escolhas tão ruins para o tribunal.

  3. Vergonha

     A interferência do judiciário nas eleições não tem cabimento na democracia. Só em ditaduras, ou melhor, “movimentos” como diz o atual presidente do stf. O judiciário interferiu até agora nas eleições cassando o direito de votar de mais de três milhões de pobres, atropelando a Constituição para impedir que o povo ouça a voz e veja a imagem de Lula e publicando delação sem provas, logo, mentiras, tudo para prejudicar um lado, beneficiando outro. Por culpa do stf e sobretudo de seu presidente acabou a segurança jurídica. O estado é de exceção. Em tempo: minúsculas propositais.

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