Temer quer ser reeleito com Meirelles e tem esperança em mudar impopularidade

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Na tentativa de mudar o cenário da opinião pública, carregaria as bandeiras da economia neoliberal e da Segurança Pública em sua campanha
 

Foto: Beto Barata – PR
 
Jornal GGN – O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, compartilham de um mesmo desejo: ser a sucessão da atual política econômica do governo emedebista. Mas a amigos, o mandatário teria afirmado que Meirelles “está fechado com ele” e que depende da decisão de Temer levar o ministro como vice de uma chapa ao Planalto neste ano.
 
A informação é de Valdo Cruz, do G1, que teria acudido a fontes de assessores e interlocutores de Temer, narrando a situação. Que conversou com amigos a vontade de ser reeleito e ainda pensando em colocar Meirelles na cadeira de vice.
 
Ainda pendente de temas relacionados aos inquéritos, investigações, propostas no Congresso, o mandatário deixa espaço para pensar em estratégias que espelhem outubro de 2018. Isso porque outros antigos dados como aliados do governo, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por exemplo, já lançaram pré-candidaturas próprias, e devem se apresentar, já a partir de agora, individualmente com suas bandeiras e disputas diretas.
 
Segundo o blog de Valdo Cruz, os interlocutores ouvidos por Temer teriam aconselhado o presidente a esperar um pouco antes de anunciar nomes para compor a chapa. Isso porque a própria intenção de se candidatar não é um tema fechado pelo emedebista.
 
Por enquanto, Temer evita admitir possibilidades definidas, mas já apresenta publicamente as suas intençÕes. Diz a jornalistas não ser “improvável” a candidatura e anunciou o tema até mesmo para empresários.
 
Mas a amigos próximos, Michel Temer já dá a sua palavra de que quer a reeleição e que usaria o seu próprio governo, ainda que impopular aos olhos de pesquisas e levantamentos, como defesa de campanha eleitoral à Presidência da República. 
 
Ele ainda guarda esperanças de reverter o cenário de elevada impopularidade no segundo semestre deste ano, por meio de maiores investimentos em publicidade, com as mensagens voltadas à economia e às medidas de segurança pública.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Ele tem toda a razão:

    os amigos que tem no STF e TSE vão eliminar os candidatos que poderiam fazer alguma sombra a sua vagarosa candidatura.

    O único risco é ele ser traído e a globo apoiar outro bandido, que com a proteção midiática seria eleito no 1º turno, tal como o Doriana.

  2. Se ele não quer perder o foro

    Se ele não quer perder o foro privilegiado devia se candidatar  a deputado.

    Ele sabe que tem menos voto que o Levi Fidelix, mas pode ser reeleito fraudando as urnas.

    Fico imaginando caso ele seja reeleito com outro golpe, será que o povo ia continuar aceitando bovinamente todas as pilantragens, como tem feito até agora?

  3. O Rio vai eleger o próximo presidente da república.

    A base eleitoral de Bolssonaro e Rodrigo Maia estão no Rio, Temer conta com a intervenção no Rio e espera que sua popularidade saia dos 4% com os votos dos cariocas. Alckmim conta com os votos dos tucanos do Rio de Janeiro. Os milhares de votos de esquerdistas não contemplara nenhum dos citados. Se depender dos eleitores cariocas nenhum deles chega ao  2º turno.

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