Tentando recuperar espaço, Doria se desmancha em elogios a Alckmin

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Depois de gestar negativamente sua imagem com viagens, farinatas, brigas pelas redes sociais e cuspir na mão de seu criador, João Doria Jr, prefeito de São Paulo, desmancha-se em rapapés e elogios a Geraldo Alckmin. A criatura diz que vai declarar, na convenção do PSDB, que acontece em Brasília, que seu candidato à Presidência pelo Partido é o seu criador. Todas essas declarações foram dadas à Monica Bergamos, da Folha.
 
O gestor afirma que sua declaração não é fruto de frustração, pois afinal nunca pleiteou a indicação. Nunca. E agora diz que o que o atrai é ser candidato tucano ao governo de São Paulo. Diz para a jornalista que seu foco é a prefeitura de São Paulo. Só diz.

 
Na entrevista, começa com o primeiro rapapé, dizendo que não se frustrou, pelo contrário, se sente feliz por Alckmin ser considerado como candidato e que, é claro, “o governador teve grandeza de aceitar”. Diz que o criador será aclamado e que espera que esta candidatura à Presidência se cristalize. Já, ele, gestor de São Paulo, nunca se apresentou como pré-candidato, por nenhum partido. E negou que suas viagens em busca de plaquinhas de cidadão se dá por São Paulo ser global, não significa pretensão de candidato.
 
Ao ser indagado se não percebeu que essas ações permitiam uma leitura de busca pela indicação e que estava sendo chamado de traidor por aliados, ele responde que nunca houve ruptura nem distanciamento com Geraldo. Nunca. Nunca. E que sempre se ateve à sua condição de gestor, isto é, de prefeito. Considera o criador uma candidato bom, honesto, experiente, humilde e que a competitividade vai aparecer, ou não, na campanha. “Ele terá que arrebatar o coração desses eleitores, assim como o coração dos outros partidos, para que eles possam convergir para uma candidatura única. Os partidos de centro, com visão liberal, não terão chance com candidaturas fracionadas. Se isso ocorrer, vamos entregar a eleição.”, disse a criatura.
 
Para que isso ocorra, Alckmin presidente, o gestor de São Paulo entende que uma aliança seja necessária, inclusive com o PMDB. Defende também que o legado Temer, de aprovação pífia, é mais que isso, é o que Alckmin chama de legado do Brasil, e que se tem que avançar nas propostas importantes. Segundo ele, um grande avanço conseguido por Temer foi a reforma trabalhista. E a reforma da previdência será outra grande conquista. Ah, defende também as privatizações.
 
Mas a defesa não significa que Temer deva subir no palanque de Alckmin. Mas não explica muito bem já que haveria uma continuidade de políticas em eventual governo do PSDB.
 
Instado a falar sobre pretensão ao governo do estado, o gestor de São Paulo afirma ser seu foco a cidade. Diz que, em 11 meses, acertou muito, mas tem a “humildade” de reconhecer que também errou, para com bom senso e equilíbrio corrigir o que for necessário. Diz que a questão estadual deverá ser discutida em 2018. Mas não encarta nem descarta a possibilidade de vir a concorrer ao governo do Estado. Não declara apoio a Serra, nem descarta, considera, mas não avaliza.
 
Convidado a listar seus maiores erros, o gestor declara que a farinata não é um erro, como princípio é algo bom e a cúria metropolitana apoia. Mas erraram na comunicação. E este erro definiu o recuo.
Insiste que a gestão de Haddad deixou déficit de R$ 7,5 bilhões, mas diz que não culpa a gestão anterior, faz somente um registro.
 
Acredita ele que a partir do ano que vem tudo muda, pois o orçamento é de sua gestão, assumindo então a responsabilidade. Sobre os semáforos quebrados que abundam na cidade, o Tribunal de Contas é o grande responsável, por ter segurado o edital de licitação para conserto. Segurou nove meses, uma gestação dentro da gestão.
 
Entende agora que a gestão pública é diferente da privada, mas alguns princípios podem ser aplicados de um ao outro. Burocracia é um grande mal, diz ele, e como gestor está encaminhando o máximo de medidas para minimizar o problema, diminuir o tamanho da máquina pública.
 
Monica Bergamo puxa o assunto da briga com Alberto Goldman, quando o gestor o chanmou de fracassado de pijamas, quer saber se ele se arrepende. Diz o gestor que já estão equalizados, que Goldman pediu desculpas e ele falou com Goldman. Afirma que o dia em questão não foi muito bom, e que não deveria ter gravado o vídeo. Todo mundo tem seu dia de “poxa, eu não deveria ter feito aquilo”.
 
Leia a matéria na íntegra.
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

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  1. tentando….

    O que mais estes parasitas esquerdopatas tem a oferecer à Sociedade Brasileira, no intento de enganá-la? Não são esquerda, não são direita, não são empresários, não são a Classe Trabalhadora, não são nada. Uma fraude nascida de terras paulistas com o único discurso da Honestidade. Como se honestidade fosse favor e não obrigação. E mesmo assim um discurso mentiroso e medíocre como os próprios. Como o centroavante que precisa do zagueiro para se escorar. Cresceram escorados no combate à figura de Paulo Maluf. “Honestos, AntiCapitalistas, Socializantes, Progressistas…se proclamavam” . Não eram nada, apenas mediocres.  Até o discurso monossílabico se extinguiu. Só restou o mal cheiro. 40 anos farsantes. 40 anos perdidos em ilusões e mentiras, golpes e traições. Nepotismo descarado com oa família e o neto de figura menor como Mario Covas. Deixou o neto déspota para comandar sua parte na Capitania Hereditária. Até as sardinhas sabem que nada se faz no Porto de Santos sem o comando do ‘Cappo di tutti capi’. Temer e Covas se revezam no comando da quadrilha portuária. Mas queremos entender o porque de Imprensa tão livre e democrática esconder suas preferências? 

  2. Patéticos!

    Agora, sim!

    Com o dinamismo de Alckimin, os tucanos incendiarão as massas e conquistarão o penta. A palavra de ordem já foi até  escolhida:

    “Todo o mundo tenta, só tucano é penta!”

     

  3. O que o fez recuar foi o MPE
    O que o fez recuar foi o MPE de SP, que age de acordo com vontade dos tucanos de alta plumagem. O fracasso do pensamento crítico no Brasil é exibido, quando dois sujeitos rasos como Doria e Bolsonaro são considerados como postulantes a Presidência da República.

  4. O que o fez recuar foi o MPE
    O que o fez recuar foi o MPE de SP, que age de acordo com vontade dos tucanos de alta plumagem. O fracasso do pensamento crítico no Brasil é exibido, quando dois sujeitos rasos como Doria e Bolsonaro são considerados como postulantes a Presidência da República.

  5. Dória e o discurso do Santo

    Olha não sei se elogiar o Santo, o Serra ou FHC  melhora a imagem de alguem. Tenho impressão que tem efeito contrário.

    Mas em relação a conveção  ou “bate boca” do PSDB o Alckmin disse que o PT criou a “ilha da fantasia” na sua gestão.

    Este senhor, tem um discurso hipócrita. A fantasia está na sua fala, um discurso desprovido da realidade  Que não passa numa mais raza pesquisa de indicadores. Um vão enorme separam o governo do PT e do PSDB todos os indicadores: Educação, divida externa e interna, juros, saúde, habitação, enfim. Tem que ser muito inGênuo para dar fé um discurso de uma pessoa que tem raiva e até inveja da popularidade de Lula e não tem um só, um só argumento técnico.

  6. ingenuidade…

    “Não declara apoio a Serra, nem descarta, considera, mas não avaliza.”

    Isso é algo que até certo ponto dá pra fazer com o Alckmin.

    Com o Serra, não recomendo. Vale uma inimizade perpétua, com direito a denúncias subreptícias e vazamentos de dossiê dos mais variados tipos.

    A não ser que tenha muita certeza de que o “prazo de validade” do Serra neste vale de lágrimas acaba nos próximos seis meses (e ainda assim, sabe-se lá quem herda o legado da figura), é tiro no pé. Com bala dum-dum.

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