TSE derruba mais Fake News sobre Haddad

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação PT

Da Agência Brasil

Em duas decisões, o ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que seja retirada da internet postagens com conteúdos falsos sobre o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

Em uma das representações, a coligação O Povo Feliz de Novo, de Haddad, solicitou a retirada de 222 conteúdos do ar, espalhados por redes sociais como Twitter e Facebook, alegando que tais publicações seriam inverídicas, difamatórias e injuriantes.

Horbach concedeu a retirada de apenas uma postagem, que para o ministro é manifestamente falsa e potencialmente lesiva à honra de Haddad. Na publicação, o candidato do PT é associado a uma suposta estratégia de disseminação de notícias inverídicas sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL). 

Em relação às demais postagens, Horbach considerou que estariam aptas a continuar no ar por serem uma expressão da opinião do eleitor, reproduções de matérias jornalísticas ou críticas à urna eletrônica.

“Tais conteúdos, por óbvio, não se enquadram entre aqueles cuja remoção é autorizada pela legislação eleitoral, o que faria com que a eventual concessão da liminar pleiteada consubstanciasse inconstitucional ato de censura”, escreveu o ministro.

Em outra decisão anterior, ele determinou a retirada do ar de conteúdo disseminado nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro. Nas postagens, feitas no Facebook e no Twitter, o vereador diz que logo depois de uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Haddad disse ter convidado Lula a subir a rampa do Palácio do Planalto junto com ele para a cerimônia de posse, caso vencesse a eleição. A publicação, no entanto, veicula um vídeo antigo, como se fosse recente, de Haddad fazendo a declaração.

“Ainda que o vídeo seja verdadeiro e contenha declarações reais de Fernando Haddad, sua utilização é descontextualizada, de modo a transmitir ao eleitor informação equivocada, induzindo-o a percepções potencialmente lesivas aos representantes”, escreveu o ministro Carlos Horbach, do TSE.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Haddad precisa encontrar um

    Haddad precisa encontrar um meio de ganhar o voto dos indecisos principalmente daqueles dos partidos de oposição ao PT. Haddad precisa falar a palavra mágica para que o eleitor indeciso digite 13 na hora da votação. Talvez um discurso falando direto a esses eleitores seja a solução. Ele precisa prometer algo ganhar a confiança desses eleitores.

  2. Varejo e atacado

    Entendo que os advogados da campanha precisam representar contra essas fake news; não dá pra deixar passar batido.

    Mas politicamente isso não faz sentido. É preciso combater a campanha difamatória no atacado. Toda a campanha eleitoral de Bolsonaro é baseada na mentira. E isso precisa ser dito, alto, claro, e bom som:

    TODA CAMPANHA DE BOLSONARO É BASEADA NA MENTIRA.

    Aliás, não se trata mais da esperança vencer o medo, ou de o amor vencer o ódio. É preciso dizer,

    A VERDADE VAI VENCER A MENTIRA.

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