Uma previsão de como seria o governo do PSB

Por Malu Lima

Comentário ao post “A terceira via da chapa presidencial Marina-Campos

Terceira via? Nada, apenas mais um simulacro para continuidade da cooperação antagônica, procurando absorver a insatisfação manifestada nas ruas.

Ingenuidade achar que a insatisfação é meramente contra o governo do PT, ainda que, nesse momento, seja ele o representante dessa cooperação que desatende os interesses da maioria da sociedade.

Poderíamos fazer um exercício do que seria o governo do PSB:

– É até possível que parcela do PT venha a apoiá-lo como pretende o articulista ( a mesma aliás que hoje mantem o debate rebaixado próprio da coligação conservadora e de seu oposto, a oposição sem projetos declináveis), caso o PT não ocupe o espaço à esquerda hoje ocupado desarticuladamente pelas manifestações (sintomaticamente criminalizadas tanto pela direita midiática quanto pela mencionada parcela do PT).  É também possível uma debandada do PT, por seus elementos oportunistas, tal qual ocorreu com o PSDB (amém!)

– O PMDB permeceria o fiel da balança da “nova” coligação conservadora, tal qual hoje, travando reformas estruturais necessárias a um novo patamar político-economico, mantendo a dependencia dos investimentos produtivos ao bel prazer da administração da dívida pública, que sangra os recursos necessários, em benefício dos rentistas.

– Como pretende o articulista, a “nova” conciliação englobará até mesmo setores mais à direita (PSDB/DEM), a exemplo do que já ocorre em vários estados, ampliando-a ainda mais, em efeito oposto ao que afirma quanto ao saneamento da vida pública e de uma ética política.

– Em um primeiro momento, poderá escamotear a insatisfação latente e desorganizada, evitando  o aprofundamento do necessário debate político. Estarão salvas Olimpíadas e Copa do Mundo, viva!!!

Em suma, nada de novo sob o sol, a não ser o incremento do convervadorismo já presente, sob “nova” máscara.

Resta saber se conseguirão fazer com que se troque 6 por meia dúzia, se o PT ficará nessa situação e se os setores mais à esquerda do espectro político entrarão no jogo ou sairão do campo denunciando a marmelada.

Redação

11 Comentários

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  1. Não acredito que o PMDB

    Não acredito que o PMDB mantenha a mesma força, partidos como PSD, PROS, Solidariedade foram criados para aproveitar o filão fisiológico.

    Dentro do PT já existe um pequeno conflito entre o pessoal mais a esquerda e os seguidores do Vacarezza, Paulo Telebernardo.

    Rui Falcão deve ser reeleito presidente do PT, por outro lado será uma disputa apertada como há muito tempo não se via no partido. 

    Falcão tem o apoio de Lula, Paulo Teixeira também tem apoios importantes (Haddad, Tarso Genro).

    Minas pode decidir a eleição, o grupo do Pimentel que detém a maioria do PT/MG não apoia Rui Falcão (por causa das denúncias no livro do Amaury), ambos estão com Teixeira (Dilma também deve está, igual seu amigo Pimentel).

    1. O PSD, o PROS e o

      O PSD, o PROS e o Solidariedade nada mais são que mera mudança de nome, facções,  dos mesmo interesses fisiológicos de partidos anteriores(DEM, PTN e PDT). Nem as moscas mudaram, só os caciques.

      No PT vai ser difícil vencer a CNB, porque em última instância a tendência de Paulo Teixeira(DS) acaba apoiando Falcão, até porque as proposições não são lá muito diferentes.

       

       

       

    1. Vc leu que as 3 vias são

      Vc leu que as 3 vias são zero, mas eu não disse isso. O que eu disse foi que o PMDB zera todas as vias…rs…

      Até que seria interessante o PMDB eleger um presidente para arcar também com o ônus de ser governo, não apenas com o bônus., como tem sido.

      Mas depois da fragorosa derrota de ninguém menos que Ulisses Guimarães, acho difícil encararem a empreitada novamente. Além disso, pra que?

       

       

       

       

      1. Ao debate, mesmo com as ambiguidades, esclarecidas ou não?

        Quem disse que os três são ZERO fui eu, não a Malu, muito mais educada e diplomática.

        Sustentando a candidatura, a meu ver imbatível do REQUIÃO, penso que  estamos em um momento de inflexão nas práticas políticas, momento de incertezas perigosas, como todas as mudanças que vão contra o conservador.

        Um candidato com preparo e estrutura para governar um país continental como o Brasil, sem maximizar os riscos, não nasce da noite para o dia, demanda do candidato um amadurecimento lento e paulatino das grandes questões que empolgam o Brasil, seus aliados e seus inimigos. 

        Com a presença do Requião os debates ganham em densidade e importância, pois temos que aproveitar a oportunidade das eleições para Presidência da República para esboçar-mos o que queremos para o povo e a Nação.

        Eu não quero mais um governo sem NORTE – ESTRELA E RUMO, chega de voluntarismos pueris e bravatas ridículas, chega de perdermos tempo e oportunidades e cairmos no conto da viola de economistas e políticos safados.

        O Brasil merece e pode mais.

      2. Nada trágico e nada brilhante.

        Mas uma coisa interessante aconteceu.

        Toda essa movimentação que estamos vendo em redes sociais para criticar o PSB de Eduardo (aliado até ontem) e Marina (até anteontem) é sinal de que acendeu uma luz amarela no governismo acrítico.

        Mesmo com Dilma tendo mais da metade do tempo de TV surgem medos de que Campos possa fazer a diferença. Ora, por que esse receio todo? Por que a agressividade nas redes sociais? O governo não é bem avaliado por mais da metade da população e não viramos o país das maravilhas? Alguma coisa não está sendo contada.

        Não sei se é 6 por meia-dúzia. Tanto PT como PSDB (como o PSB) são mais profissionais e menos fisiológicos que o PMDB.

        Não é de se esperar mudanças no campo econômico mesmo, o PT só diz que governa, mas faz tudo o que PMDB/PSC/PR/PRB/PP/PSD/PROS quiserem. Até porque eles juntos são 3 vezes o PT.

        Partes do PT só não querem perder cargos mesmo, infelizmente é o que parece. E prestam-se a esse papel de servir de motorista de ônibus cujo destino é, na verdade, decidido pelos passageiros.

        Mesmo que não se livre do PMDB, e que apenas partes do PT e do PSDB apoiem o PSB, um pouquinho se reduz a influência do conservadorismo moral. Já seria alguma coisa.

        Fora isso, que se espere para 2015-2018 exatamente o mesmo que tem sido 2011-2014.

         

  2. Olhando contra a luz a frase ,,,

    “- O PMDB permeceria o fiel da balança da “nova” coligação conservadora, tal qual hoje, travando reformas estruturais necessárias a um novo patamar político-economico, mantendo a dependencia dos investimentos produtivos ao bel prazer da administração da dívida pública, que sangra os recursos necessários, em benefício dos rentistas.”

     

    … não será que talvez os tais rentistas sejam justamente os grandes apoiadores do PMDB? É fato que nãose governa o Brasil sem obter um apoio, ainda que velado do PMDB, que aparentemente tem filiais em quase todas cidades brasileiras. 

    E é bastante cômodo ao PMDB não apresentar candidatos à Presidência, pois suponho que deve ser bem barato ficar na posição dele, de avalista de presidente. 

  3.  Estarão salvas Olimpíadas e

     Estarão salvas Olimpíadas e Copa do Mundo, viva!!!

    Peraí, a Copa é ano que vem ANTES das eleições. O resultado das eleições não tem como afetar a Copa sem viagem temporal. Mas o contrário é possível, problemas ou protestos durante a Copa, causarem impacto na eleição alguns meses depois.

    E no caso das Olimpíadas, diria que saber quem governará o RJ é mais relevante.

  4. Resumindo: mudar tudo para

    Resumindo: mudar tudo para manter as coisas do jeito que estão.

    Campos não tem muita coisa a oferecer além do que o PT já faz porque, caso tentasse, apoio financeiro e político minguariam. A coisa ficará restrita ao marketing eleitoral: fala-se que pode fazer mais, só que sem assumir compromissos. No final, Campos só terá chance se a economia ir mal. 

    No fundo, é trocar alhos com bugalhos pois, ao mesmo tempo que grandes avanços não teriam espaço, grandes retrocessos idem, embora concorde com você que a sua coligação seria mais conservadora que a atual (se é que é possível, pois diferença alguma vejo entre DEM e PR, PP e PSDB).

    Perdeu-se, na esteira dos protestos, uma grande oportunidade de discutir o sistema de financiamento de campanhas, o que poderia tornar o jogo um pouco mais palatável.

    Mas, conforme os meses passaram, vimos (pelo menos eu vi) que mudá-lo não é do interesse de nenhum dos grandes partidos, só de meia dúzia de parlamentares dispersados entre eles.

    Mesmo o PT, que em tese adota a proposta, não ficaria muito triste continuando com financiamento privado de campanhas, uma vez que hoje detém as campanhas mais caras (vide Dilma/2010 e Haddad/12).

     

  5. Aliança PMDB/PSDB

    Creio que caso o PSB e Marina Silva vençam as eleições de 2014, com uma pequena bancada no congresso, será criada uma situação de vácuo de poder, onde muito provavelmente uma aliança em torno do PMDB, com participação do PSDB tentará controlar o governo federal,   a câmara de deputados e o senado federal.

    Creio que hoje,  o que impede uma aliança PMDB/PSDB são os cargos públicos controlados pelo PT e a força política  e eleitoral de Lula.

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