WhatsApp não pode ser censurado, mas aperfeiçoado contra fake news, diz vice da Procuradoria Eleitoral

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Humberto Jacques, vice-procurador-geral eleitoral, aparece em entrevista divulga nesta quarta (17) pelo Estadão avaliando que, apesar da indústria das fake news que cresceu demasiadamente na eleição presidencial de 2018, não é possível censurar o aplicativo de comunicação WhatsApp, por exemplo, pois seria “algo forte demais”. O que pode ser feito, para o futuro, é exigir a adoação de ferramentas de checagem de notícias, a exemplo do que ocorreu no México.
 
“O WhatsApp é uma comunicação interpessoal, reservada, confidencial, criptografada. Querer invadir, policiar e controlar comunicações interpessoais é algo atentatório ao regime democrático, ainda que você queira fazer isso com a melhor das intenções. Precisamos refrear qualquer instinto de censura. Policiar as comunicações no WhatsApp é algo forte demais.
 
Sobre melhorar “ferramentas da checagem de fatos no WhatsApp”, o vice citou o “sistema mexicano”, onde “você envia a mensagem recebida via WhatsApp a uma agência de checagem, que apura aquilo e devolve o desmentido para todo mundo que enviou aquela mensagem. Isso é uma boa prática para que se produza contrainformação sobre ruídos em WhatsApp.”
 
Na visão do vice-procurador, “as mensagens de teor político tendem a circular entre pessoas que já estão propensas a aderir a elas. Diversamente disso, são aquelas notícias que circulam para gerar no destinatário algum estado de espírito, aproveitando a desinformação. É licito que as pessoas desconfiem do seu cônjuge, da publicidade que veem na televisão, o que não é correto é você alimentar a desconfiança com base em uma coisa não acontecida. Esse tipo de comportamento é sancionável.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Incluir o remetente original em cada mensagem
    Tecnicamente facílimo de fazer e podia rapidamente identificar autores de fake news, que não mais se esconderiam no anonimato

    1. Os criadores do Napster foram punidos… e os do Whatsapp??

      É incrível que em alguns casos o usuário é o criminoso… em outros, o dono da empresa é o criminoso… depende de quem é afetado pelo crime.

      No caso do Facebook, Youtube e Whatsapp os donos das empresas “lavam as mãos” e não se responsabilizam pelo que os usuários publicam… como se os algorítmos não tivessem direcionando os usuários. Ninguém processa… ninguém reclama deles na mídia…

      Os criadores de sites de compartilhamento como Torrent ou MegaUpload são perseguidos no mundo todo por “fomentarem a pirataria”… os donos do Facebook apenas “acordaram Hitler”, não é nada demais…

      Milhares de vidas podem serão perdidas… uma devastação ambiental pode ocorrer… sem Youtube, Facebook e Whatsapp é quase impossível que alguém como Bolsonaro chegue ao poder. As redes permitiram a ele se promover sem passar por nenhum filtro… espalhar mentiras… criar bolhas… 

      O dia que colocarem na cadeia um cara como Zuckenberg eu aposto que vai aparecer uma solução para o “fakenews” rapidinho! Como você mesmo disse, daria para atrelar as notícias aos propagadores… poderia também ser feito uma marcação de checagem parecida com a de recebimento de informação… solução não falta…

  2. Por que Investigar e Punir os crimes nem é uma possibilidade

    Mark Zuckenberg foi investigado e interrogado nos USA… mas no Brasil e putaria… aqui pode fazer o que quiser!!!

    Se um Diretor dessas empresas chegar a ser preso eu tenho certeza que vão descobrir rapidinho uma maneira de combater o “fakenews”.

  3. Uma proposta para automatizar o combate às fake news
    As redes sociais e de comunicações podem minimiza, SEM CENSURA, o mundialmente nefasto fenômeno de fake news, que está sendo utilizado poderosamente contra a propria sociedade humana em geral, em favor de poucos, implementando uma solução de desmascaramento das mesmas, disseminando-as COMO TAL: mentiras e manipulações que são.

    Com esta solução, quanto mais disseminarem, mais a mentira será conhecida.

    Notemos que a simples deleção (eliminação) ou inibição das fake news atual é duplamente ineficaz, pois aí esconde (desaparece com) a fake news após seus nefastos efeitos prévios já terem sido incorridos e não dá publicidade aos envolvidos e aos demais sobre a falsidade disseminada, seu teor, tema, alvos ou origem.

    Como fazer isso?

    Uma vez que uma fake news é detectada, denunciada e confirmada, a empresa (ao ivés de eliminá-la) o “marca” eletronicamente como fake news, agregando à ela um “flag”, um “virus do bem, da verdade”.

    A mensagem, através de sofware e inteligência artificial, poderá ser sempre rastreada e identificada como fake, seja por armazenamento ou por movimentação.

    O próprio software ou app da empresa, ao detetar o flag (criptografado e misturado à mensagem da melhor forma possível), o “denuncia” como falso, através de um ícone, alarme, texto, “carimbo” ou combinação deles, como fake..

    Adicionalmente, pode-se também agregar automaticmente um link ou botão para esclarecimentos.

    Pode-se colocar também um rastreio da origem mais antiga encontrada, denunciando o criador ou propagador.

    As mensagens anteriores à deteção, não marcadas, ou ficarão “estacionadas” ou serão marcadas e desmascaradas na sua primeira movimentação. Mensagens/postagens anteriores armazenadas (ex.servidores) poderão sempre ser marcadas por rastreio / algorítimos / inteligência artificial e consequentemente desmascaradas.

    Mesmo antes desta solução automatizada de combate, todos os sofwtares e apps de redes sociais/comunicações podem oferecer um simples botão ou link para alguma base de dados local ou externa de pesquisa ou armazenamento de denúncias sobre qualquer postagem ou mensagem.

    Poderá também alimentar sites de monitoração e divulgação de estatísticas de origens, alvos, temas, viés, etc.

    Enfim, se houver vontade mercadológica e política destas empresas e entidades (que não são tantas), seja em implementar suas própras soluções individuais ou integradas em pool com as demais, a redução deste fenômeno será imensa (sim, sabemos que impossível ser total), sanitizando amplamente a rede mundial.
    Sem censura!

    Postei 2 petições similares no Avaaz.org e Change.org para disseminar e pressionar as empresas de redes e comunicações sociais (software, sites e apps, como Facebook, Google, Tweeter, Whatsapp, etc.) e instituições envolvidas como o TSE para que implementem tal proposta.

    Conto com sua ajuda e contribuições. os links (se gostarem, entrem nos dois) são:

    https://secure.avaaz.org/po/petition/Humanidade_na_rede_mundial_Solucao_

    https://www.change.org/p/facebook-solu%C3%A7%C3%A3o-automatizada-para-aj

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