A sensação dos 7×1 continua forte

                          Como no território Brasileiro cabem 23 Alemanhas, o nosso potencial solar dá de 46 x 1 na Alemanha.

O Brasil tem o maior território continental dos Trópicos. Usar energia solar pareceria uma obviedade ululante, mas os decisores do nosso sistema energético querem nos convencer, de que enxergar o Sol da nossa realidade tropical é uma ‘unanimidade burra’. Nesse artigo publicado pelo Instituto Ilumina, são analisadas algumas causas para a cegueira solar da eletrocracia ─ é bom lembrar que para certos inter$$e$, ela tem os olho$ muito aberto$ e realçada a imensa versatilidade do sistema brasileiro de reservatórios eletricamente interligados, para absorver a energia das fontes renováveis intermitentes, como energia armazenada em forma de potencial gravitacional de massas hídricas, dispensando o uso de caríssimas baterias.

Sobre os motivos para a cegueira, eu acrescentaria mais alguns. Enfatizo dois: o modelo mercantilista neoliberal em vigor no Setor Elétrico, que privilegia cartórios de garantia “física” de energia, e a incapacidade historicamente revelada do capitalismo cartorial oligopolizado, vigente em terras tupiniquins, para financiar pequenos produtores, como os donos das pequenas cargas elétricas, em baixa tensão, onde a geração descentralizada por painéis solares é de fato competitiva, principalmente com as tarifas escorchantes praticadas pelo modelo mercantilista neoliberal. A eletrocracia e seus “padrinhos” na fisiologia política querem as grandes obras, com recursos centralizados. Numa grande obra, sai eleição de governador, senador, etc; numa obra de telhado residencial, sai no máximo umas cervas, pro bico dos instaladores que trabalharam, e olhe lá!

Segue o artigo:

A sensação dos 7×1 continua forte – Artigo

por Roberto Pereira D’Araujo

O título desse artigo também poderia ser “O Sol que ninguém enxerga”.

Acima, uma comparação aproximada do nível de insolação da Alemanha e Brasil.

Mas, será que nos vingamos dos 7 x 1 ou aqui também nós perdemos?

Nada como uma experiência pessoal para perceber o grande atraso no qual o Brasil está mergulhado.

Fiz um orçamento para a instalação de placas fotovoltaicas na minha residência através de três empresas. Com pequenas diferenças, a estimativa é que com a cobertura de 27 m2, o meu telhado seria capaz de gerar 4.700 kWh/ano, uma média de 390 kWh/mês.

Depois de todas as trapalhadas feitas pelos sucessivos governos, atualmente, sem as bandeiras tarifárias, o MWh da Light-Rio está custando R$ 836 (US$ 245, “apenas US$ 100 mais caro do que a média do continente norte americano e o triplo da tarifa da Hydro Quebec!!!).

Portanto, sob tarifas absurdamente altas, com as placas solares, eu poderia economizar quase R$ 4.000/ano.

Esse potencial exige que eu invista R$ 40.000, o que significaria um rendimento de 10% ao ano. Com uma inflação que beira os 10%, é como a poupança, mas, esse quadro é piorado quando se percebe os “atrasos” desanimadores:

  • Todo o processo está nas mãos das distribuidoras, que, certamente, não têm interesse que sua conta se reduza.
  • Todo tipo de dificuldade pode surgir como exigência da distribuidora. Uma das empresas chegou a informar que a Light iria exigir um cabo terra independente, não sendo suficiente ter um cabo neutro aterrado! Isso inviabilizaria a instalação, pois não haveria como instalar um novo cabo nos dutos existentes. (Forçoso lembrar que o aterramento do neutro, antes uma obrigação da distribuidora, foi relaxada após a privatização. Que tal a tomada de 3 pinos quando quase nenhum domicílio tem o cabo terra?)
  • Em alguns casos, o processo de aprovação pode levar 4 meses para uma instalação que dura 2 dias.
  • Há um consumo mínimo que 100 kWh que o cliente tem que pagar à distribuidora, mesmo que não consuma! Os R$ 4.000 de economia já se reduzem a R$ 3.000.
  • Até bem pouco tempo, se a instalação gerasse acima do seu consumo, claro, essa energia seria reservada nos reservatórios brasileiros. Mas, se o consumidor usasse esse saldo de volta, teria que pagar ICM-S por uma energia produzida na sua propriedade!
  • Aos trancos e barrancos, agora temos a Política Estadual de Incentivo ao Uso da Energia Solar. A Lei 7.122/2016 isenta o pagamento do imposto relativo a esses saldos. Dada a situação fiscal do Rio, é preciso desconfiar que esse benefício resulte em alguma outra taxa.
  • Se a sua área tem constantes “apaguinhos” ou picos de luz, como é comum no Brasil, não imagine que sua fotovoltaica irá salvá-lo. Como a energia gerada no seu telhado tem que ser sincronizada com a da distribuidora, caso o fornecimento da empresa se interrompa, você também fica sem energia. Só no caso da instalação de um sistema muito mais caro com baterias você deixa de ser vítima.

Esses são os desincentivos na “microeconomia” do consumidor. Mas, quando se analisa a questão nacional, é que se percebe o imenso atraso das políticas energéticas brasileiras.

  • Todos os equipamentos são importados. Em um dos casos consultados, até a estrutura de alumínio era alemã. Impossível não lembrar dos 7×1.
  • Se as autoridades brasileiras acordarem e resolverem ao menos reduzir os impostos de importação sobre esses equipamentos, o custo se reduziria. Até agora, com toda essa crise fiscal, todas essas incertezas só causam o adiamento do investimento. Mais atraso.
  • O governo ainda insiste em leilões de usinas solares, cujo custo tem que ser acrescido de transmissão e distribuição, ao contrário da fotovoltaica distribuida.
  • Uma simples regra de 3, mostra que, se 27 m2 produzem 4,7 MWh/ano, toda a energia consumida pelo Brasil em um ano pode ser gerada por 3.000 km2 de placas fotovoltaicas! Claro que ninguém está propondo essa política, mas serve para deixar cada vez mais evidente o nosso atraso, pois essa área é 15% da área do estado de Sergipe!
  • O nosso nível de insolação é mais do dobro da Alemanha, justamente o país que nos vende os equipamentos e onde a energia solar já responde por quase 10% da energia produzida? Outro 7 x 1?

Mas esse avanço do solar no mundo desenvolvido também traz problemas. A curva que mostra a evolução média da carga num dia típico parece uma silhueta de um camelo com duas corcovas (no gráfico abaixo a curva marcada 2012).

Uma dessas preocupações é essa mudança para a Duck Curve, ilustrada na figura abaixo. A tradicional curva do Camelo está lentamente sendo transformada na curva do Pato, quando a demanda se reduz bastante durante o dia. O maior problema surge no ocaso do sol, quando a carga sobe numa rampa íngreme. Para sistemas de base térmica, essas variações súbitas de carga são um problema, pois usinas a gás não “gostam” muito de alterar sua geração em curto espaço de tempo.

No futuro, esses países estão angustiados até com geração em excesso, pois não dá para ficar desligando e ligando térmicas. Já se chega a pensar numa limitação da energia solar de tal modo a evitar o vale profundo na carga nas costas do pato.

Mas essa energia extra seria jogada fora? Claro que já se está pensando em baterias. Vejam quantos problemas!

Ver: http://www.vox.com/2016/2/10/10960848/solar-energy-duck-curve

Mas, e o nosso caso? Que consequências surgiriam para o nosso sistema interligado com reservatórios capazes de guardar um volume de água suficiente para 5 meses de consumo?

Vamos supor que, em algum momento do futuro, a nossa curva de carga passe a ser a curva azul, ao invés da vermelha no gráfico abaixo. No futuro, caso nossa autoridades adotem uma política efetiva para aproveitar o sol, ela pode mudar de tal forma que a área amarela seja a energia “economizada” pelo sistema pois será gerada junto à carga.

  • O primeiro ponto a observar é que a nossa ponta (máxima do dia) está ocorrendo no entorno das 15hs. Justamente no momento onde o sol está fornecendo alta energia!
  • Portanto, o sistema interligado irá sentir uma redução da carga no período da insolação.
  • Se o sistema é hidrotérmico com reservatórios, essa energia pode resultar em:
  1. Menor geração térmica.
  2. Maior armazenamento, pois seria guardada nos reservatórios
  3. Uma combinação dos dois anteriores.

Por isso, a maioria dos problemas dos países que estão investindo em solar não existem no Brasil.

Desde que:

  • Como o sistema brasileiro é operado e expandido sob um modelo que determina a gestão dos reservatórios que propicie o menor custo de operação atualizado, é urgente começarmos a pensar nesse efeito. Será que precisaremos de tantas térmicas? Que tipo de térmicas seriam úteis?
  • A ocorrência de rampas de consumo, em princípio, não é um problema para sistemas de base hidráulica, pois usinas hidroelétricas podem aumentar sua geração em curto espaço de tempo. Essa capacidade de resposta rápida pode ficar comprometida por falhas na transmissão. Nesse sentido preocupa bastante os últimos leilões vazios dessa área.
  • A redução da carga num horário específico não chega a ser um problema para quem tem reservatórios, pois a água economizada na hora X pode ser usada para gerar na hora Y.
  • Alguém comece a considerar essa realidade de outros países no nosso sistema, coisa que não vem ocorrendo.

Analisando todas essas questões, com todas essas vantagens o Brasil continua deitado em berço esplêndido sendo derrotado sucessivamente por diversos 7 x 1.

8 Comentários

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  1. É? Masem mediocridade

    É? Masem mediocridade ganhamos de 4.785 x 1 da Alemanha. Este não é um país de corruptos. É um país de medíocres (com exceções, claro)

  2. Almeida, está faltando uma coisa neste artigo.

    Para que se pudesse utilizar simplesmente a energia fotovoltaica de dia sem armazenamento e a hídrica a noite, seria necessário simplesmente supermaquinar as usinas hidrelétricas, algo que não é um custo absurdo a medida que os reservatórios estão construídos.

    Explico melhor, durarante o dia a energia fotovoltaica permitiria um abastecimento enquanto as hidrelétricas poderiam manter uma vazão “ecológica” mínima (coloco o ecológico entre aspas porque nos dias atuais se utiliza outra denominação), a noite com o mesmo reservatório as usinas hidrelétricas poderiam produzir o dobro ou o triplo sem precisar de nenhuma nova barragem.

    Também há mais ao sul, a possibilidade do uso de usinas reversíveis próximo a serra do mar aproveitando a energia em excesso de usinas fotovoltaicas e aerogeradores, que quando tivessem gerando em excesso simplesmente bombeariam para cima da Serra do Mar, como o desnível é grande (700m a 800m) os reservatórios devem ser muito pequenos, com baixo impacto ambiental.

    Há diversas soluções economicamente viáveis, porém o que impede é a IGNORÂNCIA DOS TÉCNICOS DO SETOR, pois para os políticos ganhar propina de hidrelétricas ou de aproveitamento misto é a mesma coisa.

    1. Numa etapa posterior…

      … as medidas que você aponta devem ser analisadas e implantadas. Por enquanto há bastante folga no potencial das usinas do Setor, para absorver as fontes de fluxos intermitentes sem maiores problemas; é preciso uma oferta muito maior de energia em fluxo intermitente e o aumento do consumo, para implicar em investimentos de repotencialização e preocupações para atendimento de picos. O gargalo ainda não está na motorização das usinas, mas é urgente nas linhas de transmissão, para as máquinas das usinas responderem rapidamente as variações das fontes intermitentes; como descreve o articulista: “Essa capacidade de resposta rápida pode ficar comprometida por falhas na transmissão. Nesse sentido preocupa bastante os últimos leilões vazios dessa área”.

      Vamos ao exemplo alemão, que no ano passado, produziram mais de 38 Twh de energia de suas fontes solares, fruto de um esforço planejado e coordenado ao longo de mais de uma década. Os mesmos equipamentos instalados lá, se fossem aplicados nas condições tropicais brasileiras, aqui produziriam mais do dobro, uma quantidade energia elétrica semelhante ao que extraímos anualmente da queima de gás natural, nesses dois últimos anos secos. Significa que se tivéssemos, no começo de 2014, uma capacidade solar alemã instalada aqui, teríamos uma queima muito reduzida de combustíveis e menores tarifas observadas no período.

      Se vier a ser instalada essa tal capacidade no sistema brasileiro, nos próximos anos, ela paulatinamente, num primeiro momento, deslocará o gás e outros combustíveis da matriz elétrica e fará um papel complementar da fonte hidráulica, sem custo de combustível. Num segundo momento, se vier a se expandir muito mais, haverá oportunidade para rever as fontes hidráulicas; seja para aproveitar ganhos sinergéticos do sistema, seja para responder necessidades nos picos. Tenho um pressentimento de que as novas fontes de energia vão impor, novas concepções de modelos produtivos na sociedade industrial, que teria de se adaptar para regimes de safras e estações de oferta de energia, que acomode pico de oferta e demanda num mesmo período; modelos semelhantes ao fordismo e seus derivados ficariam definitivamente para trás, mas isto é tema para longa conversa…

      O artigo faz uma indagação crucial para o Setor Elétrico: “Será que precisaremos de tantas térmicas? Que tipo de térmicas seriam úteis”? As novas fontes renováveis são uma resposta negativa, um sonoro não, para primeira pergunta, porém deixa uma resposta mais amigável para as fontes térmicas também renováveis, a biomassa, que em muitos casos são resultantes de períodos de safras variáveis.

      O planejamento deve ter a resposta para as decisões emergentes do sistema, como o gargalo mencionado, mais políticas claras de prioridades a serem atacadas, no devido tempo, coerentes com uma estratégia idealizada de longo prazo, de forma muito clara; fazer como fez o nosso vizinho Uruguai: definiu como meta a criação de uma matriz elétrica em base das renováveis. Definido um projeto estratégico, não se sucumbe a táticas oportunistas de transigir, para angariar apoios de bancadas compromi$$ada$ com projetos incoerentes, ou mesmo incompatíveis, com o objetivo estratégico delineado. Além de não sabermos a estratégia dos eletrocratas, que nos conduzem por uma balbúrdia de lobbies tenebosos, veja ainda o que diz este item do artigo: “O governo ainda insiste em leilões de usinas solares, cujo custo tem que ser acrescido de transmissão e distribuição, ao contrário da fotovoltaica distribuida”. Ou seja, o “planejamento” da eletrocracia não se conforma em se mostrar inerme diante do gargalo já existente da transmissão, ele acresce mais gargalos que não deveriam existir, para uma energia de recomendável geração descentralizada, que prescinde da necessidade de novas linhas de transmissão.

      Tudo é feito pela máxima centralização dos recursos. É aquela velha insistência, na grande obra, na maior ponte do mundo, na maior usina do mundo, onde pode rolar as maiores propinas do mundo, camufladas no custo da obra. Nem pensar em dinheiro para milhões de proprietários de imóveis e donos de pequenos negócios diminuírem suas contas de energia, que vão assumir a responsabilidade do empréstimo, com obrinhas de vinte ou quarenta paus (pode ser feita em módulos), que vão verificar a execução correta da obra que vai beneficiá-los diretamente, fiscalizar toda operação envovida em colocar um painel solar no seu telhado. Como é que pode haver bandalheira, pra cima de milhões de fiscais do próprio dinheiro que também são eleitores? O único “extra” que pode rolar é “umas geladas” com os peões que concluiram a obra; não há como os lobbistas das grandes obras entrarem nessa ─ será a praia de alguns malandros pé de chinelo, se tanto ─ então eles pressionam a eletrocracia para o boicote, de qualquer projeto consistente que leve recursos nessa direção descentralizada, para longe das redes onde armam os botes.

      A ignorância aparente dos eletrocratas é proposital, pois interesseira, eles estão lá pra executar e acomodar o jogo político que os colocou no cargo. Estão ao sabor das demandas dos variados lobbies que sustentam “a base parlamentar de apoio”. A barafunda de interesses que se movem em torno do Setor, diga-se que alguns são legítimos, cria esse mostrengo incoerente e sem rumo para onde ir, do “planejamento” da eletrocracia.

  3. La em Portugal

    Fui visitar parentes lá em Portugal. Cheguei na casa deles e para minha surpresa lá estavam os paineis solares.

    Segundo eles conseguem um custo beneficio muito bom e se sobra energia eles vendam à distribuidora,

    Eles não vivem no Algarve, não. Eles vivem na região ds Serra da Estrela onde ocorre um inverno rigoroso. De Novembro a Abril é muito frio e não tem sol e quando tem é fraco…

    Não entendo nada de energia solar mas tem alguma coisa errada no Brasil,quanto a  esse assunto, isso tem!

     

  4. País de cartórios!

    Ótimo post. O custo atual do consumo elétrico residencial é uma estupidez.  Décadas atrás cheguei a consumir morando só 700 KWh mensais, pois tinha boiler e colchão d’água, mas a fatura não pesava no bolso.  Hoje, com família de quatro pessoas, sem boiler e colchão d’água e tendo aquecimento solar o consumo está em torno de 600 KWh/mês e a conta pesa. 

     

  5. Mais….
    Desse assunto?

    Os porquinhos da Europa podem pagar para limpar sua matriz. Nós, por enquanto, ainda não temos esta necessidade.

    Temos opções mais baratas no momento.
    Mas sim, os painéis virão assim que pudermos absorver os custos em nossa balança de pagamentos….Porque a compra não será em Reais.

    A geração solar seria o complemento ideal para a geração eólica e será quando tivermos recursos SOBRANDO para tal.

    Mas se vc quiser fazer o seu, vai lá e faz. Para o nosso, Não tem dinheiro e pronto!

    1. Ser limpinho é bom e faz bem a saúde.

      Ouça a voz da experiência dois séculos, que os “porquinhos” europeus têm com a sujeira industrial. Eles acharam razões de sobra, para exportar as indústrias de lixo mais sujo para o o atraso do terceiro (i)mundo, onde existem mentalidades ainda mais atrasadas que acreditam que poluição é  “progresso” e gritam feito meretrizes colonizadas: “venham nos poluir bastante”!

      Há dez anos o Brasil tinha apenas uma indústria pioneira de pás eólicas, que exportava toda sua produção, pois não havia demanda interna. A partir da decisão do Proinfa , de desenvolver o parque eólico brasileiro almejando o máximo conteúdo nacional, várias indústrias vieram a se instalar no país e se certificarem, de acordo com as exigências de conteúdo estabelecidas pelo BNDES. Esse programa de nacionalização da indústria recebe elogios públicos de dirigentes da Abimaq, que vê perspectiva, com o dólar na atual cotação, do Brasil ser exportador nesse setor, um mercado que se expande no mundo a 17% ao ano.

      Há exatos trinta anos, você era um guri na época, visitei uma fábrica nacional de painéis solares brasileira, que não mais existe, após a onda neoliberal em prol do rentismo e da desindustrialização do país, mas outras empresas estão chegando e muitas outras virão se tivermos um projeto consistente de expansão do mercado interno de energia solar; corremos o grande risco de também virarmos exportadores de células e painéis solares.

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