Jornal GGN – O consumo de energia elétrica no Brasil ficou em 37.701 gigawatts-hora (GWh) em setembro, com queda de 3,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), todas as classes de consumo tiveram recuo.
A maior redução (6,3%) foi na indústria, que utilizou 14.025 (GWh). Nas residências, houve redução de 1,7%, com o gasto de 10.399 (Gwh), na sétima queda no ano. Segundo o levantamento, tal comportamento continua refletindo o fraco desempenho generalizado da indústria, sem sinais de melhorias sustentadas no curto prazo – e o cenário recessivo com altas taxas de juros, custos elevados e mercado interno enfraquecido ajuda a explicar este quadro. Por outro lado, a desvalorização cambial, ao mesmo tempo em que leva à redução dos volumes importados, vem ajudando a incrementar as exportações.
No comércio e nos serviços, o uso da energia atingiu 7.125 (Gwh), com recuo de 0,8%, maior queda desde fevereiro, quando o consumo ficou em 1,2%. O agravamento das condições de emprego e renda, e do crédito mais restrito, conjugados ao reajuste elevado das tarifas de energia elétrica têm contribuído para o recuo do consumo de energia nas classes residencial e comercial. Em termos regionais, o Nordeste não conseguiu sustentar no terceiro trimestre o ritmo de crescimento que vinha realizando – nem mesmo na classe comercial, que chegou a atingir expansão em torno de 6% no primeiro semestre.
Para a EPE, o agravamento das condições de emprego e renda e o crédito mais restrito, somados ao reajuste elevado das tarifas de energia elétrica, têm contribuído para a redução do consumo de energia tanto nas residências quanto na classe comercial, como se verificou ao longo dos trimestres deste ano.
No período de julho a setembro, o consumo de eletricidade registrou queda de 2,7%, se comparado ao igual período de 2014. O consumo ficou em 112.173 (GWh), Segundo a EPE, foi a terceira queda consecutiva. Nesse período, a indústria teve a maior redução (5,3%). A desaceleração, que tinha sido registrada em trimestres anteriores, permaneceu nas residências, com recuo de 2,7%. Na classe comercial, o recuo foi de 0,1%. De janeiro a setembro, o setor comercial registra alta de consumo de 1,1%, mas o residencial caiu 0,7% e o industrial, 4,5%.
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