Geração de energia enfrenta falta de linhas de transmissão

Jornal GGN – Investimentos na área de geração de energia elétrica começam a enfrentar dificuldades devido ao atraso em obras de transmissão. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a rede de transmissão não tem mais capacidade para escoar energia de novos projetos. Com isso, novos investimentos terão de ser adiados até a licitação de novas linhas.

Nota técnica da ONS afirma que o gargalo das redes de transmissão afeta principalmente a Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, sendo que 758 projetos nestes Estados não estarão no leilão de geração de energia que deve ocorrer em dezembro. Essas regiões têm grande potencial éolico e solar e  estes projetos somam mais de 7 mil megawatts (MW).

Diversos projetos de energia eólica já ficaram parados em razão da demora na entrega das linhas de transmissão. O governo alterou regras no leilão dos parques eólicos, mas não foi o suficiente para resolver o problema. O setor de transmissão de energia também tem enfrentado o desinteresse de investidores nos leilões de concessão.

Outro problema é a dificuldade financeira da espanhola Abengoa, que entrou em recuperação judicial e paralisou diversas obras de transmissão. “Os parques eólicos contavam com as linhas da Abengoa. A operação atual já sofreu impacto”, afirma a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.

As restrições das linhas de transmissão podem levar mais de três anos para serem resolvidas, prejudicando a expansão da energia eólica, que já responde a 30% do consumo da região Nordeste.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Linhas de transmissão é o

    Linhas de transmissão é o mais seguro dos investimentos em energia eletrica, há muito investidor mundial interessado,

    os dois maiores estrangeiros hoje no Pais são a STATE GRID chinesa e a ISA colombiana mas todo o ambiente nacional de investimentos que dependem de concessão do Estado sofre de magna INSEGURANÇA JURIDICA porque cada ator faz o que bem entende e tem seus proprios metodos que não se coordenam com outros atores, TCU, Ministerios Publicos Federal e Estaduais, Meio Ambiente (tres niveis), FUNAI, Quilombolas, ANEEL, Policia Federal, Ministerio de Minas e Energia, Ministerio Publico do Trabalho (sempre acham trabalho analogo a escravidão), quem se arrisca?

     

    1. Licenças

          Poucos sabem, que para uma linha de transmissão como o “Linhão” de Belo Monte ( SGBH majoritária ), só do IBAMA são necessárias 3 ( três ) licenças fornecidas separadamente de acordo com a extensão dos trabalhos, e caso a ultima não saia ( colocação e operação dos diodos nas torres e testes de carga ), toda a obra simplesmente PARA, até o IBAMA decidir, uma ação sem “prazo definido”.

           Só coloquei o básico, uma parte que é “federal”, mas outras instancias federais, estaduais até municipais, os MPs da vida, podem interferir no processo por qualquer motivo.

           Mas creio que tais interferencias serão regularizadas, tipo um “fast track”, com apenas uma entidade arbitrando sobre todo o processo, e antes do inicio das obras, ainda na fase de projeto executivo.

           Ou……….. tchau investimentos externos competitivos.

  2. Abengoa

         A State Grid Brazil ( SGBH ) esta em processo de adquirir a Abengoa desde abril, mas alem de enfrentar a bagunça na qual se encontram as “contas” da espanhola, ainda depende de analises juridicas, tanto sobre a legislação ambiental, como tambem relativas a ANEEL e CADE.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador