Jornal GGN – O governo federal conta com o resultado da venda da fatia da Camargo Corrêa na CPFL Energia para ajudar o resultado fiscal deste ano ou de 2017. A parcela de 23,6% da empresa de energia foi vendida para a State Grid Corp, estatal chinesa, que aceitou comprar a parte da Camargo Corrêa por R$ 5,85 bilhões em julho.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o reforço para o caixa do governo federal virá de impostos que deverão ser pagos pela empreiteira na transação. A empresa chinesa teve de estender a proposta para os demais acionistas da CPFL, como a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, que também deve exercer sua opção de venda da participação de 29,4% na empresa de energia.
Do Estadão
Venda da CPFL gera R$ 1 bilhão para o governo
Volume de recursos que deve entrar no caixa federal tem origem nos impostos que serão cobrados da Camargo Corrêa, que vendeu a empresa para a chinesa State Grid
A chinesa foi obrigada a estender a proposta aos demais acionistas do bloco de controle. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deve também exercer sua opção de venda da participação de 29,4% na CPFL Energia, por algo em torno de R$ 7,5 bilhões, disse o presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso. No entanto, a fundação não é tributada na operação.
Além da Previ, a Bonaire Participações (que reúne Petros, Fundação Cesp, Sistel e Sabesprev) também detém 15,1% da CPFL. No prazo de um mês, os acionistas deverão decidir se exercerão o direito de preferência ou de venda conjunta – o chamado “tag along”, no jargão do mercado.
Oferta pública. Caso um acionista aceite, o mecanismo de tag along será acionado e a proposta deverá ser novamente estendida, desta vez aos acionistas minoritários por meio de oferta pública de aquisição de ações (OPA), o que na prática poderá levar ao fechamento de capital da CPFL.
A venda ainda depende de sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como a State Grid tem os negócios concentrados em transmissão e a CPFL atua em distribuição e geração, a operação não deve enfrentar resistências no conselho antitruste, de acordo com as mesmas fontes.
A Camargo Corrêa é uma das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobrás, empreiteiras, partidos e políticos. No acordo de leniência, a Camargo aceitou ressarcir as empresas públicas Eletrobrás, Petrobrás e Eletronuclear em R$ 700 milhões.
Novo negócio . A Previ está inclinada a vender a fatia de 29,4% que detém na CPFL Energia, disse aoBroadcast o presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso. A fundação tem até meados de outubro para aceitar a oferta da chinesa State Grid.
“As discussões internas estão em curso e há uma inclinação para vender”, afirma o presidente da Previ, salientando que esse poderá não ser o único desinvestimento a ser realizado pela fundação. “Mas iremos analisar com calma esses movimentos.” A Previ tem mais de R$ 70 bilhões aplicados em renda variável.
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Alguns detalhes interessantes
Alguns detalhes interessantes na notícia:
1) Não foi citada a propina paga para os “facilitadores” do negócio, algo que o Brasil é regra. Talvez seja porquê os favorecidos sejam do PSDB? Os parlamentares do PMDB e do DEM também são “velhos conhecidos” meus que não deixam nada ir para frente sem “o deles” devidamente depositado.
2) Um bilhão é nada para o caixa federal, há formas mais rápidas e fáceis de se levantar este dinheiro em nível federal sem ter que vender ativos. Só como exemplo vocês pagam mais de 200 bilhões em juros todos os anos e curiosamente nenhum dos seus jornais toca neste assunto. Que mal faria pagar 199 bilhões ao invés de 200?
A única coisa curiosa é o fato da interessada ser chinesa, considerando que os seus escravocratas (e conspiradores do suposto governo) historicamente sempre lamberam os pés do Tio Sam*.
*Como investidor que preza relações sadias entre países, não concordo com a postura subalterna e canina de muitos governantes de países do terceiro mundo. É degradante.
Estatização do setor elétrico
Agora nós começamos a “estatizar” novamente o setor elétrico, porém é para entregar para estatais chinesas. Realmente somos um país de idiotas: não basta ser colônia, tem que ficar de quatro!