Indústria quer vender sobra de energia em leilões públicos

Jornal GGN – Grandes empresas industriais do Brasil querem vender sobras de energia em leilões públicos para o mercado atendido pelas distribuidoras de eletricidade e conversam com o Ministério de Minas e Energia sobre o tema. A Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape) em conjunto com a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) conversam informalmente com representantes do Ministério sobre o interesse de empresas associadas em oferecer a sobra de energia em leilões, com entrega a partir de 2015.

Os associados da Abiape são Alcoa, ArcelorMittal, CSN, Eneva, Gerdau, InterCement, Odebrecht Energia, Samarco, ThyssenKrupp, Vale e Votorantim Energia. Entre os associados da Abrace estão GM, Dow, Fibria, CSN, Braskem, ArcelorMittal, Alcoa, Anglo American e Bayer.

Os autoprodutores associados à Abiape participam de diversos empreendimentos de geração que totalizam 22.759 MW de potência instalada, dos quais 8.744 MW são específicos para o consumo próprio. Desse total, 7.184 MW já estão em operação no país em 37 hidrelétricas, 17 termelétricas e 8 PCHs.

Já as indústrias associadas à Abrace são responsáveis pelo consumo de aproximadamente 20 por cento da energia elétrica produzida no país, o que corresponde a 45 por cento do consumo industrial de energia, segundo a associação.

A venda de energia pela indústria seria mais uma oferta para ajudar a cobrir a descontratação das distribuidoras de energia, que é superior a 3,3 gigawatts médios atualmente. Diante disso, as distribuidoras estão tendo que arcar com fortes gastos para contratar energia mais cara relacionada à geração térmica no curto prazo.

O governo federal irá promover em 30 de abril um leilão de energia existente com o objetivo de cobrir essa descontratação, O leilão de energia A-0 permite que, para o produto “por quantidade de energia”, das hidrelétricas, a comprovação de lastro de venda se dê por meio de terceiros, mediante contratos de compra de energia e potência. O prazo de suprimento desses contratos que servirão como lastro deverá ser compatível com o prazo do leilão e o empreendimento de geração deverá ser identificado.

Com informações da Reuters

Redação

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