Médio Tapajós deve ter plano de desenvolvimento regional caso usinas sejam viabilizadas

Do Grupo de Estudos Tapajós
 
A região do médio Tapajós terá um plano de desenvolvimento regional que será implantado caso as usinas previstas para a região sejam consideradas socioambientalmente viáveis. A afirmação é do diretor de Geração da Eletrobras (empresa que coordena o Grupo de Estudos Tapajós), Valter Cardeal, em reunião com prefeitos do Consórcio Tapajós.
 
O plano deve ser semelhante ao apresentado para a região do Xingu, por conta da construção da hidrelétrica de Belo Monte, porém será aperfeiçoado e adequado às características da região do Tapajós. As hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, cuja capacidade instalada delas soma quase 8,5 mil megawatts (MW), devem ser construídas sob o modelo de usina-plataforma, com baixa ocupação no entorno dos empreendimentos e uso da infraestrutura existente das cidades próximas, o que demandará investimentos expressivos para atender ao aumento da população desses municípios durante as obras, caso as usinas sejam viabilizadas.
 
“O desenvolvimento vai para as seis cidades. Será um crescimento para toda a vida”, disse Cardeal. Os prefeitos Eliene Nunes, de Itaituba, e Pablo Genuíno, de Trairão, estiveram em Brasília, em compromissos oficiais, e aproveitaram a ocasião para uma reunião rápida com o diretor da Eletrobras. “É uma parceria muito séria”, disse Eliene. “Estamos muito gratos com a disponibilidade do Grupo”, completou Pablo.
 
Na ocasião, os prefeitos agradeceram o apoio a projetos culturais da região e à postura receptiva aos líderes municipais, diante do possível impacto dos projetos na economia e na organização social das cidades.
 
O Consórcio Tapajós reúne as prefeituras de seis cidades que somam uma população aproximada de 350 mil habitantes: Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão. As usinas de São Luiz do Tapajós e Jatobá ainda estão em fase de estudos ambientais, que terão os resultados apresentados ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) assim que forem concluídos.
 
O Grupo de Estudos Tapajós é uma associação de nove empresas que é responsável pelos estudos ambientais e de viabilidade de São Luiz do Tapajós e Jatobá. Coordenado pela Eletrobras, o grupo é composto ainda pela Camargo Corrêa, Cemig, Copel, EDF, Endesa Brasil, GDF Suez, Eletrobras Eletronorte e Neoenergia.
 
Redação

1 Comentário

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  1. Desculpem a pergunta : não

    Desculpem a pergunta : não existe contradição no fato de que o  grupo que faz os estudos de viabilidade ambiental é composto pelas mesmas empresas/companhias interessadas em construir as usinas ?

    Realmente não sei mas , legalmente , o estudo de impacto sócio-ambiental não deveria ser independente , estritamente técnico em sua importante e fundamental competência ?

    (“O Grupo de Estudos Tapajós é uma associação de nove empresas que é responsável pelos estudos ambientais e de viabilidade de São Luiz do Tapajós e Jatobá. Coordenado pela Eletrobras, o grupo é composto ainda pela Camargo Corrêa, Cemig, Copel, EDF, Endesa Brasil, GDF Suez, Eletrobras Eletronorte e Neoenergia.”)

     

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