Jornal GGN – A partir do ano que vem, a cidade de Petrolina, no semiárido de Pernambuco, poderá ter um sistema de energia solar inédito no país, que servirá como alternativa às usinas hidrelétricas. A Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em parceria com um instituto alemão, planejam construir um projeto-piloto na cidade.
O objetivo é testar a tecnologia heliotérmica, que poderá armazenar energia, ao contrário dos equipamentos solares utilizados no país. A energia heliotérmica utiliza o sol como fonte indireta de eletricidade, com um conjunto de captadores espelhados, que se movimentam de acordo com a posição do sol, refletindo a luz para uma torre que armazena o calor e o transforma em energia.
“A fotovoltaica tem limite de aleatoriedade. Se não tiver sol ela para, então sempre tem que ter a hidrelétrica dando suporte como complementação. No caso da eólica, é muito similar. Se você não tem vento, precisa acionar turbinas da hidrelétrica para compensar a baixa produção. Já com o sistema de armazenamento térmico, as turbinas seriam acionadas em caso extremo”, explica Paulo Alexandre Rocha, professor da UFC e coordenador do Laboratório de Energia Solar e Gás Natural da instituição.
A cidade de Petrolina foi escolhida para o projeto-piloto em razão da acentuada intensidade solar. Para concretizar o projeto, o grupo tenta angariar cerca de R$ 45 milhões com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dentro do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica.
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