A China “destruiu” o Brasil com dois golpes fatais, por Paulo Gala

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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A China “destruiu” o Brasil com dois golpes fatais

por Paulo Gala

em seu site

A China deu dois golpes fatais no Brasil nos últimos 20 anos. Por um lado desalojou nossa industria no mercado interno e no mercado mundial com custos baratos, dumping, cambio ultra competitivo e escalas de produção sem precedentes. Por outro lado ao consumir nossa soja e nosso mineiro de ferro forçou nossa especializacao produtiva nesse sentido, ampliando os mecanismos de doença holandesa. Desmontamos nossas industrias e nos tornamos meros fornecedores da matérias primas brutas e importadores de bens industriais da China. O dumping cambial chinês foi encontrado aqui com sobrevalorização de nossa moeda graças ao boom de preços das commodities provocado pela própria China. Lembrando que em 1980 nossa produção industrial era maior do que a chinesa e coreana somadas e que individualmente exportávamos mais do que cada um desses países. A China “destruiu” o Brasil!

Assista a aula sobre o tema, clicando (aqui). 

 

 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

18 Comentários

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  1. Não foi a China quem deu golpes, foi o Brasil quem se suicidou

    Inspirando-me na Madrastra do Texto Ruim e suas análises linguísticas de manchetes, eu diria que o erro da análise é atribuir ao sujeito China a ação do verbo “golpear” sobre o objeto direto, o Brasil.

    Na verdade foi a ideologia dominante do Brasil que promoveu o auto-golpe contra a nossa industrialização e a “amarração” do Brasil à sua “vocação” agro-mineradora.

    1. Matou a pau!

      Perfeita a observação.

      E o “Fazendão” ( com o pessoal da Bala e do Boi) venceu a parada!

      Só que , a industria emprega em fator de dez a mais que o agro. Além do famoso “valor agregado”, que o Delfin vivia alardeando desde os tempos do Sinca Chambord

  2. Texto ridículo
    A China não fez mais do que a obrigação dela que foi investir em educação, tecnologia, industrialização e exportações. Foi o Brasil que perdeu bonde da história. Falar que o país foi prejudicado pela própria valorização da moeda é ridículo. O país acumulou enormes reservas durante essa época, mas não soube aproveitar o vento a favor. Não fez as reformas, não investiu em tecnologia,nem em educação e nem na indústria. Perdeu o bonde.

  3. Âncora cambial

    Desde o Plano Real, a política cambial sempre foi usada no Brasil como arma contra a inflação. Seja nos governos de Fernando Henrique ou de Lula, uma política de juros reais escorchantes e um câmbio supervalorizado destruíram a indústria com muito mais competência que o dumping da China.

    Se o Brasil não teve capacidade para evitar os efeitos perversos da bonança das commodities, não vale culpar os chineses por isso.

    Texto muito fraco…

    1. O gov Lula/Dilma fez o que pode para promover industrialização

      Teve a política de compras nacionais do setor de petróleo e a política dos campeões nacionais, tão sacaneada à esquerda e à direita mas que todo mundo “esquece” que foi justamente a que Japão, Coreia e China usaram pra dar seu salto de desenvolvimento.

      Sugestão de leitura: Maus Samaritanos, do economista coreano Ha-Joon Chang.

  4. Divisão Internacional do Trabalho
    Na divisão internacio al do trabalho, os paises do terceiro mundo sao fornecedores de matérias primas e importadorez de produtos industrializados.
    Quando o Brasil era colonia, aqui era proibido manufaturas.

  5. A China não deu golpes nem o Brasil é um país morto.

    Sempre dou importância aos títulos nos artigos que escrevo, pois estes tentam dar ao leitor um vislumbre do que eles irão ler, e a construção dos mesmos sempre procuram levar em conta os fatores históricos que condicionam a realidade.

    O autor do texto dá um título que parece que a China deliberadamente nos traçou um destino macabro que nos levou a destruição de algo que nunca tivesse sido construído e só existe na mente de quem não conhece história. Ou seja, o título e o início do texto parece mais uma história de um consumado ssassinato, que foi malevolamente traçado por um serial killer frio e calculista. Porém o texto simplesmente trata da história de um país como o mesmo tivesse a vida limitada a um curto período da história.

    Para entendermos o meu total desconforto desta macabra, e completamente ignorante descrição de um crime, vamos tentar reconstruir a trajetória destes dois países.

    A China, que eles se autodenominam o Império do Centro, é uma país com milhares de anos de existência, ou seja a história da China começa mais ou menos a 4.000 anos com a dinastia Xia, e com esta dinastia mais algumas outras que duram de algumas centenas de anos a quase um milhar. Uma longa história de luta de clãs, conflito entre impérios, conquista e perdas de territórios, através destas grandes indas e vindas, para construir algo que se chama China.

    A história multimilenar da China, comparada com uma história de um país como o Brasil, que começa a se reconhecer como tal, há talvez um par de séculos, faz com que a ótica de quem conquista ou quem é conquistado num período de duas décadas uma verdadeira piada.

    Talvez o que o que falta nesta descrição do golpe da China e a destruição do Brasil por ela seja a falta de cultura histórica de quem escreve um texto que pretende explicar a vida de um povo por poucas décadas.

    Só por comparação, podemos dizer que enquanto o nosso país estava no período pré-histórico ou neolítico, os chineses já estavam produzindo ciência! Ou seja, enquanto os primeiros brasileiros estavam tentando lascar a pedra para produzir machados, lanças e flechas, os chineses estavam aperfeiçoando a metalurgia, a imprensa, a pólvora e mais algumas centenas de inovações tecnológicas.

    Assim como a China o Brasil que era composto por uma miríade de povos foi invadido por outro povo, os portugueses, poderíamos tpara de uma forma minimalista comparar a invasão dos portugueses no Brasil, como a invasão dos mongóis na China, porém a comparação é simplesmente extremamente limitada ao aspecto de um povo invdindo outra região e a dominando, pois as semelhanças param por aí.

    Enquanto a invasão Mongol ocorre no início do século XIII e a portuguesa no início do século XVI, os mongóis ao invadirem a China encontram uma civilização adiantada a tal ponto que eles copiam a sua forma de governar, enquanto os portugueses encontram uma civilização que tinha uma forma de governo tribal e nem dominavam a agricultira e pecuária mais do que roçados e pequenas plantações de mandioca, ainda estavam no neolítico.

    Para continuar a indevida comparação nas duas invasões, o império chinês tem várias dezenas de milhões de pessoas com toda uma infraestrutura e burocracia desenvolvida, tem também uma sofisticada administração burocrática e homens de ciência trabalhando. A sofisticação era tal que alguns séculos de domínio dos Bolsonaros, desculpe errei, dos mongóis ocuparem o trono e levarem o país a falência, há uma revolução camponesa que os expulsa-os do trono voltando as práticas anteriores. Explulsando os olavetes, desculpem errei de novo, as burocracias baseadas em conluio e compadrio dos mongóis, voltam a estabelaecer os concursos públicos para os postos burocráticos. Atenção isto não é brincadeira, no século XIV, enquanto nossos índios poliam pedras e os chefes eram escolhidos por serem melhores caçadores, a escolha dos burocratas chineses já nesta época era feita por concursos públicos.

    A ocupação e a expansão de obras e de feitos dos portugueses da terra brasileira, não é em nada comparável com o que ocorre na China, enquanto os nossos antepassados dominadores faziam pequenas vilas e e construíam algumas igrejas, na mesma época os chineses concluíam o grande canal, um canal de 1.794 quilômetros de comprimento, que mesmo comparando de forma absoluta sem levar em conta a evolução tecnológica dos dias atuais, era maior e mais significativo do que a transposição do São Francisco, que nem ainda terminamos.

    Nesta mesma época, século XVI, contando os invasores portugueses, os índios nacionais, os escravos africanos deviam ter no nosso Brasil no máximo uma dezena de milhões de habitantes, todos isolados um dos outros, enquanto a China possuía 200 milhões de habitantes.

    Socialmente falando neste período, enquanto a sociedade chinesa já era uma sociedade feudal com uma industrialização insipiente e escolas e universidades funcionando, estávamos numa sociedade escravocrata, que o analfabetismo permeava desde os escravos até as classes dirigentes.

    Poderia seguir descrevendo as diferenças, mas seria a comparação do incomparável, uma civilização completa versus uma civilização em formação, um país com uma infraestrutura milenar com outro com a completa ausência de infraestrutura, um país que a dezenas de centenas de anos que produzia tecnologia e ciência com um país de analfabetos movido a esforço muscular.

    Na fase que o brilhante articulista pretende comparar o desenvolvimento tecnológico de um país com o outro, chegando a citar que a nação brasileira possuía uma indústria maior do que a chinesa, ele esquece que uma coisa é possuir uma indústria autóctone gerada por centenas de anos de existência para uma indústria importada em que os nativos da Nação Brasileira se comportavam como meros apertadores de parafusos de máquinas ultrapassadas que foram jogadas nas nossas terras.

    Vamos então chegar a grande conclusão, se a China tem uma indústria mais avançada do que a nossa, se ainda estamos quase na faze de caçador-coletor é porque tem que ser assim, e se tivermos algo que chega perto do que a China tem nos dias atuais, devemos levantar as mãos para os céus, dizer ao senhor que a partir de um esforço de menos de duas centenas de anos, conseguimos progredir alguns milhares de anos. OU SEJA NÃO SOMOS UM PAÍS MORTO, SOMOS UM PAÍS JÓVEM, que daqui algumas centenas de anos podemos estar muito a frente da CHINA, é só termos paciência.

    1. Discordo

      A menos que o Sr. tenha sido irônico, o que escreveu tem um nome:

      “Determinismo”.

      Estamos “condenados” ao atraso por questão de “idade”?!

      O fato é que aqui não se investiu em inteligência como os asiáticos fizeram.

      O fato é que aqui nos últimos 30 anos, no poder, passaram tropas de apátridas e incompetentes.

      Considero o Sr. um dos grandes comentaristas deste site, tenho um enorme respeito por ti sem conhecê-lo pessoalmente.

      Mas agora não consigo concordar.

      1. Não é determinismo, são processos de acumulação de ……

        Não é determinismo, são processos de acumulação de bens tangíveis e intangíveis.

        Sociedades milenares que não passaram por períodos de barbárie, acumulam vários bens que são geracionais, por exemplo a educação.

        Num país como o Brasil, em que o grau de analfabetismo, que impedem a passagem de geração a geração de coisas como o apreço a cultura, leitura e outros bens intangíveis leva a um atraso que só pode ser vencido com enormes esforços públicos. Por outro lado, nunca pensamos na infraestrutura física que demora séculos para ser implantada.

         

  6. Brasil, país de incompetentes
    Brasil, país de incompetentes e eternos deitados em berço esplêndido. É a história do sujeito que tem uma vaquinha e vive a vida tomando leite e balançando na rede, reclamando que o vizinho fica rico com a sorte de vender tudo o que a terra tabti lhe dá. Não entende porque ele tem máquinas, estuda anos a fio, educa os próprios filhos. Eterno “país do futuro”, eterno país de medíocres.

    1. Quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro

      Fernando Fidelis Vasconcelos, eu pediria a você para acessar os dois links abaixo e, após, dissesse se você ainda confirma o que disse no seu comentário:

      https://www.google.com/search?q=bolsonaro+dormindo&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiZxPrRg4vfAhXMIZAKHfL0BIEQ_AUIDigB&biw=1600&bih=768#imgrc=F4pacl8CItcxLM:

      https://www.google.com/search?q=crian%C3%A7as+quebrando+pedras&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiCgqPWhIvfAhXKlJAKHbuHAWoQ_AUIDigB&biw=1600&bih=768#imgrc=NlQi8j2Pf_ZX3M:

       

      Então o $sarney deve ter trabalhado muito, enquanto o gari que limpa a sua rua nunca limpou rua nenhuma, né?

  7. A china da China

    E agora é bem possível que nos proximos anos possamos ver países da Africa encostando no Brasil. A China está montando na Africa ” A China da China”: Concretou Angola inteira e está terminando de montar uma malha ferroviária naquele país, que vai cortar Angola nos quatro cantos. Vai aproveitar da mão de obra barata na Africa para baratear e internar mais ainda produtos ao redor do mundo. Enquanto isso, o Brasil dá voz a um cretino e hiopócrita  como o tal de Moro, e fica “investigando” é criminalizando nossas relações com países africanos. Há um ditado antigo que diz: Quem nasceu para tostão nunca chegará a vintém”. Certo ou errado,popularesco ou não,  imagino que é algo em que deveríamos  pensar.

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