quarta, 24 de abril de 2024

As reações ao selinho de Emerson Sheik

Sugerido por Gustavo Belic Cherubine

Olá Gunter, Nassif e pessoal todo, acredito que precisaremos de mais vídeos sobre a temática da diversidade.

Espiem só o que segue abaixo.

Abraço, Gustavo.

Do Terra Magazine

Selinho de Sheik deixa dirigentes corintianos no “fio da navalha”; Gaviões querem reunião nesta sexta-feira

Os dirigentes do Corinthians andam no fio da navalha desde que, na última segunda-feira, Emerson Sheik colocou em seu perfil no Instagram, uma foto dando um selinho no amigo e sócio Isaac Azar, chefe de cozinha e dono do restaurante Paris 6. O beijo entre colegas se transformou numa armadilha. As torcidas uniformizadas não gostaram de virarem alvo de gozação por parte dos adversários.

Omomento é de muito cuidado. Informalmente, Edu Gaspar – gerente de futebol – já conversou com Emerson. Reconheceu que o jogador tem o direito de, no âmbito privado, fazer o que quiser. Mas lembrou que com o Corinthians, tudo fica muito grande. O atleta admitiu que esperava provocar uma reação, mas não achava que seria tão grande e, no que se refere aos torcedores, agressiva.

A Camisa 12 protestou no mesmo dia, mandando integrantes com faixas ofensivas ao jogador. Sheik já tinha deixado claro que o selinho era uma brincadeira e uma provocação aos homofóbicos. Chegou a pedir desculpas para quem não gostou. Mas avisou que este era jeito, provocador, e não abria mão disso.

A galera das arquibancadas não gostou do mesmo jeito. O presidente da Gaviões da Fiel, a maior uniformizada do clube deve ter uma conversa com o atacante e os diretores ainda nesta sexta-feira. Wagner da Costa, conhecido como B.O, vai cobrar explicações e pedir cuidado com o tema. Mesmo assim, o assunto é delicado. Não dá para a Gaviões sair por aí dizendo ser contra a cena, por ter uma insinuação homossexual. Até porque é impossível assegurar que uma agremiação com mais de 10 mil sócios não tenha, em seus quadros, pessoas com diferentes orientações.

Por isso, a conversa de Edu com Sheik foi cuidadosa. Se o gerente repreendesse o jogador, estaria sendo politicamente incorreto. Se fizesse uma defesa da foto e do selinho, acirraria ainda mais os ânimos dos uniformizados. O jeito foi optar pelo silêncio oficial. Até porque há um outro tema a se falar: a situação do Corinthians em campo.

Afinal, o selinho de Emerson Sheik não é, segundo Gaspar, “um fato normal, que acontece no dia a dia do futebol”. O jogador começou como reserva na partida contra o Luverdense nesta quarta-feira. O técnico Tite o puniu pela cara carrancuda que mostrou ao ser substituído no confronto contra o Coritiba, no domingo. Este é um episódio comum no mundo das quatro linhas.

Mas perder por um a zero para o Luverdense também não era esperado. “E quando o Corinthians perde, ele sempre perde mal”, disse Edu. O gerente garante que é corriqueiro fazer cobranças sobre os rumos que a equipe toma durante uma temporada. “Sempre fazemos reuniões para ver onde podemos melhorar”, disse. A turbulência iniciada por Emerson Sheik aumentou com a derrota em Lucas do Rio Verde (MT).

Por isso, uma vitória sobre o Vasco, neste domingo em Brasília, pode servir como uma forma de amainar os fortes ventos que começam a soprar no Parque São Jorge. “Quando o Corinthians ganha, ele ganha bem”, disse Edu Gaspar. Para ajudar, o time poderá contar com a volta de Paulo Andrade. Ainda nesta quinta-feira, Renato Augusto será avaliado. O técnico Tite poderá contar com a formação titular.

Luis Nassif

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