Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
[email protected]

Museu do Futebol: Réquiem para um Esporte

 

Figuras fantasmagóricas se movimentam em telas dentro de ambientes escuros como imagens passadas de um esporte que já não mais existe. O Museu do Futebol parece um requiém da indústria do entretenimento a um esporte que ela mesma ajudou a transformar, destruindo tudo aquilo exposto e celebrado pela Exposição. Um exemplo da gnóstica ironia da “reversibilidade simbólica” onde a linguagem destrói tudo aquilo que ela tenta representar.

Nessa semana visitei o Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, aqui em São Paulo. Enquanto caminhava pelas instalações high techs (multimídias, interativas etc.) insistentemente vinha à mente a tese do pensador francês Jean Baudrillard de que, quando a mídia se erotiza, falando muito de sexo é porque este deixou de existir; quando fala-se muito de informação, é porque esta também deixou de existir, e assim por diante. Todas as coisas perdem a sua existência semiológica. O signo só pode representar a própria coisa a posteriori, depois que ela deixou de existir. Por isso, para Baudrillard, o signo só pode ser, desde o início, um simulacro daquilo que já não mais existe.
 

 

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador