A Paixão do Torcedor de Futebol fica bonita no comercial, no anúncio do evento, ops!, jogo de logo mais, na capa da revista que se pretende ter tiragem recorde. Mas é bom que fique por aí!
Pelo menos assim é o que pensa uma parcela da população que, mesmo involuntariamente, faz coro aos que de modo meticuloso tentam desassociar o Torcedor de Futebol do Cidadão Trabalhador. E isso não é a toa, como veremos mais adiante.
Viver Futebol não começa quando trila o apito, muito menos termina aos 45´ do segundo tempo. Seus acréscimento podem durar a semana toda até o início do próximo jogo. E há aquelas partidas que não acabaram até hoje.
Se o Futebol transcende os 90′ faz o mesmo com as quatro linhas. Ele leva a arquibancada para dentro de casa, para o local de trabalho, de estudo, pro dia-a-dia na rua, para as filas dos caixas do banco ao supermercado. O Futebol vive como nosso coração: está sempre jogando, está sempre batendo.
Tem-se no Futebol praticamente a representação de nossa vida. Sem exageros, projetamos nossos desafios, nossas vitórias, derrotas, angústias, extravasos. No Futebol reconhecêmo-nos coletivamente. No Futebol conhecemos nossas reações mais extremas em espaço muito pequeno de tempo. O Futebol é nossa atividade social mais prática e, seguramente, a mais sincera.
Sendo assim, como desassociar o Torcedor do Cidadão? Como não reconhecer no Torcedor o Trabalhador? Impossível!
Nessa perspectiva, o jogador de futebol, que é exemplo-prático, compulsório, deveria Dar exemplo, deve Ser o exemplo, dada sua exposição, dada a carga de energia e de confiança que nele é depositada pela torcida, dada a carga de dinheiro que em sua conta bancária é depositada por clubes e patrocinadores.
Esse Torcedor Trabalhador vende jornal pra editora porque sua foto está na capa, vende jornal pra editora porque o compra dioturnamente, vende jornal pra editora porque pilota a moto que o entrega nas casas de outros Trabalhadores quando o dia mal começou. E esse Trabalhador que faz o Futebol ser “O Futebol”, vai tratar de tratar o Futebol do jeito como ele vive, como o Futebol realmente é: Seu!
Por isso, entendamos como ato de cidadania o Cidadão Torcedor de Futebol cumprir seu papel e fiscalizar seu clube, MANIFESTAR-SE, cobrar dos profissionais da bola a dedicação e empenho que todo Trabalhador é obrigado a ter todos os dias. Isso é um exercício de Cidadania, isso é Educar com exemplo que devemos zelar pelo que é nosso, e cuidar do que a nós tem importância: que comece pelo Futebol, porque essa consciência se espalha para outros rincões da vida, e daí já vimos muitas transformações acontecerem noutros campos.
Um dia o sujeito-Torcedor cobra os jogadores de seu clube. Noutro dia o sujeito-Cidadão cobra o deputado e o prefeito. O Torcedor e o Cidadão são a mesma pessoa! Daí o temor dos setores reacionários da cobrança das Torcidas: isso é movimento social vivo e de massas! A desatenção do zagueiro e do secretário de educação, a displicência da marcação e da segurança pública, os esquemas dos dirigentes com venda de jogadores e da venda de merenda escolar nas escolas.
Que o Trabalhador seja Torcedor e Jogador no campo real da Vida Social, e o Torcedor seja Cidadão livre e Viva democraticamente DENTRO – literalmente – do seu time do coração.
TODO APOIO AOS QUE LUTAM POR UM MUNDO MELHOR, A COMEÇAR PELO FUTEBOL.
http://espiritocorinthiano.blogspot.com/2011/09/o-torcedor-e-o-trabalhador-no-campo-da.html
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