Analista de banco francês prevê estouro de bolha nos mercados emergentes

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Analistas do mercado internacional já começam a avaliar o que pode ocorrer a partir do momento em que eventuais bolhas financeiras começarem a estourar pelo mundo, por conta da redução do fluxo de capital barato em circulação no mercado – provável consequência de uma retirada gradual dos estímulos que o Federal Reserve Bank (o Banco Central norte-americano) vem oferecendo aos empresários e investidores de seu país.  

“Quando a maré baixa, você pode ver quem estava nadando nu”, costuma dizer o megainvestidor Warren Buffett, e esse tema foi abordado recentemente pelo analista do banco Société Générale, Kit Juckles. Ele ressaltou que está ficando evidente onde bolhas insustentáveis foram construídas.

Segundo texto publicado no site Business Insider, tais bolhas foram encontradas em mercados emergentes, que têm perdido força recentemente. De acordo com o analista, “cada uma das três bolhas financeiras mais significativas dos últimos 30 anos foi alimentada pela política do Federal Reserve de manter a taxa de juros abaixo da taxa de crescimento nominal da economia por muito tempo”.

O analista aponta duas tendências contraditórias nos números recentes: uma trabalha a favor da redução dos estímulos, e outra contra. O primeiro ponto demonstraria que a política atual [do FED] está criando mercados e economias distorcidas, assim como aconteceu em bolhas anteriores.

Segundo o analista, a reação vista em mercados como os de commodities e a grande volatilidade recente nos países emergentes mostram onde as bolhas foram infladas desta vez. A segunda questão – contrária à redução dos estímulos – é que o PIB (Produto Interno Bruto) nominal norte-americano tem desacelerado – foi de 3,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano anterior, após um pico de 4,5% registrado um ano antes.

“O Fed pode não precisar de evidências de uma retomada aos antigos níveis de crescimento, ou de uma reaceleração dos preços ao consumidor e dos salários para justificar uma contenção. Mas o crescimento nominal precisa ser um pouco maior”, pontua Juckles.

Para o periódico norte-americano, é possível que o analista esteja sendo dramático ao citar a criação de uma “bolha para acabar com bolhas”, mas a recente volatilidade vista pelos mercados emergentes recentemente – da Indonésia ao Brasil – parece apoiar a ideia de que é nos mercados emergentes que a grande bolha deste período foi estourada.

“Enquanto isso, as preocupações com a expansão da economia no Brasil resultaram em algumas das maiores manifestações dos últimos 20 anos, aparentemente devido a um aumento das tarifas de ônibus”, finaliza a Business Insider.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador