A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo, por Breno Altman

Enviado por Vânia

A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo, por Breno Altman

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Duas novas fantasias da rapaziada.

A primeira delas é achar que o novo presidente norte-americano está se voltando contra a “globalização neoliberal”.

Que piração é essa?

Trump foi eleito defendendo uma política econômica interna ultraliberal, como não se via desde Reagan, prometendo criar empregos às custas de reduzir impostos de empresas e dos mais ricos, desregulamentar a legislação trabalhista, reduzir a intervenção do Estado na economia interna e eliminar investimentos na rede de bem-estar social, afetando especialmente os grupos sociais mais vulneráveis, como é o caso dos imigrantes.

Montou um gabinete na medida para essa política e já começou a entregar o que prometeu.

Do ponto de vista internacional, seus “ataques à globalização”, salvo eventualmente em casos pontuais, como pode provisoriamente ocorrer com Rússia e Siria, Trump não representa menos imperialismo, mas exatamente o oposto: os pactos atuais com as burguesias europeias, asiáticas e dos países emergentes serão revistos para impor mais benefícios e vantagens à burguesia norte-americana, não ao contrário.

Trump é contra a Nafta porque considera esse acordo excessivamente condescendente com os mexicanos e canadenses, desejando alterar o equilíbrio de uma balança já desequilibrada.

A mesma coisa com o TPP.

Trump será o presidente mais anti-Cuba e pró-Israel das últimas décadas.

A derrota de Hillary foi positiva, de um ponto de vista geopolítico, porque Trump terá mais dificuldade de manter a unidade da burguesia mundial e o acirramento das contradições nas classes dominantes pode ajudar a reorganização e a retomada de iniciativa do campi anti-imperialista.

Daí a considerar Trump um adversário da “globalização neoliberal”, vai uma enorme é intransponível distância.

A segunda fantasia da “esquerda trumpista” se revela de forma melíflua, na crítica velada ou aberta às gigantescas manifestações de mulheres contra o novo presidente.

O argumento: seria a reação do “neoliberalismo progressista” contra uma política que deseja superar o Consenso de Washington e burlar o resultado eleitoral.

Papo furado: as marchas foram chefiadas pela esquerda norte-americana, Angela Davis à frente, e não há qualquer protagonismo dos democratas de Hillary e Obama, que simplesmente foram deslocados do centro da disputa política que se trava nas ruas, pois são incapazes, por interesses da classe a qual se vinculam, a mesma de Trump, de fazer uma crítica frontal às opções do récem-empossado mandatário.

Se a fração mais progressista dos democratas, Sanders e seus seguidores, se juntar com o movimento liderado por mulheres e negros, mas que arrasta o conjunto das forças progressistas, talvez a esquerda norte-americana volte a ter uma chance, cinquenta anos depois da mobilização contra a guerra do Vietnã e dos levantes negros dos anos 60, de construir uma alternativa unitária e viável de poder.

A “esquerda trumpista” pode continuar ladrando, mas é melhor se dar conta de qual caravana está passando.

 

Redação

43 Comentários

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  1. E eu achei que tinha me isolado…

    …e encontro alguem que divide opiniao da atual conjuntura politica. Ate que enfim, e sem ser contra paises terem ideias nacionais, mas depois de ver tanta gente apoiar o Putin e o Trump pelas esquerdas surge uma luz!

  2. Simplificando

    É como se você fosse um pracinha da segunda guerra e precisasse escolher entre lutar contra um alemão ou italiano. Eles podem até agir com algumas diferenças, mas definitivamente, nenhum dos dois está DO SEU LADO.

  3. Trump nos Estados Unidos e

    Trump nos Estados Unidos e Doria em São Paulo: ambos dirão a que vieram com o passar dos dias, e terão das populações o merecido. É uma questão de tempo.

    1. Agua e azeite

      Os dois são como água e azeite.

      O único elo em comum é o marketing.

      Um usa pois não tem mais nada a oferecer.(Dória).

      Outro usa para a desconstrução de seu oponente com as mesmas armas deste (Trump).

      Dória é um politico (populista e antigo)  no mais estrito senso e empresário fake. Diz-se  não-político pois a atividade política no Brasil foi criminalizada após a  AP470.

      Já Trump , tem como slogam devolver o poder para o americano médio (o redneck ) , não aquele da California ou de Manhattan, mas aquele que vive em Springfield . No processo vai beneficiar seus apoiadores. Não há promessas para as minorias. Essa massa de manobra permanece refém de outro espectro de abutres. Trump fala para a América profunda.

      Diferentemente de Hillary as conexões de Trump com o complexo militar-industrial são pontuais, e esta mais interessado em que o consumo (principalmente do que é made in USA) aumente exponecialmente. A utopia trumpista esta mais para Ira Levin em Este Mundo Perfeito (1970) do que para um orwelliano 1984. É um dos motivos que seu discurso soa distópico para muitos.

      Substima-se Trump , pois para Narcizo tudo que não é espelho é feio!

       

    2. Trump pode até ter o

      Trump pode até ter o merecido, mas Dória com certezareceberá da população muito mais que merece.

      PRovavelmente virará governador.

      Em SP, o certo é errado, o errado é certo. 

  4. Trump
    Acho muito positiva e surpreendente a guerra contra a mídia que ele está travando.Claro que por motivos egocêntricos. Mas a esquerda no poder nunca nem esboçou o menor sinal de enfrentamento.Aliás,ele faz isso porque
    é bem mais um busines man que se aventura no campo da politica.
    Acho que não termina o mandato!

  5. Esse foi o resumo mais lúcido

    Esse foi o resumo mais lúcido que li até agora sobre o que deverá ser o governo Trump. Suscinto, objetivo e claro. Obrigado.

     

     

  6. esquerda estadunidense? Não a conheço

    Os Estados Unidos não tem esquerda ativa. Pode ter uma esquerda hibernando, mas ativa , não tem. Não que não exista, mas ela não é eficaz em um país onde há a direita e a extrema direita. Os estados unidos é nazista e sempre será. Ele é racista, homofóbico, assassino, xenófobo e nacionalista. Tudo de acordo com o ideal do terceiro reino alemão de Hitler. Se com Obama já era ruim, com Trump ficará pior. Excelente a matéria de Breno Altman, que desanca a vanguarda neoliberal que tenta por os Democratas mais a esquerda.

  7. Anti-neoliberal

    Trump tem defendido o aumento do empregos nos EUA e medidas protecionistas para alcançar esse feito. Não vejo essas propostas no campo neoliberal. É de fato um ataque à livre circulação de capitais e mercadorias, pois ele pensa que o poder político deve intervir no domínio econômico para alcançar certos objetivos, inclusive impedindo alcance de maiores rentabilidades do capital, para criar emprego no país. É evidentemente uma visão anti neoliberal, que causa a comoção anti-Trump que a esquerda imagina ser sua própria pauta.

    o combate à mídia corporativa é correto, pois não existe sistema de informação no mundo Ocidental. Existe sistema de propaganda ideológica neoliberal. Naquilo que houver propostas que prejudiquem os trabalhadores, caberá às entidades representativas fazer sua luta contra eles.

    Acho que é inocente imaginar que é a esquerda a responsável pelos protestos anti-Trump. Talvez mais inocente do que ver em Trump alguns traços de esquerda. Pra mim, os centros de propagação de ideologia neoliberal estão usando a esquerda inocente para alcançar seus objetivos. Caso Trump recue nas medidas problema para o capital financeiro, a esquerda ficará sozinha, fragilizada e pequena, como sempre foi nos EUA.

  8. A “Esquerda GeorgeSorista” já perdeu o juízo

    A “Esquerda GeorgeSorista” perdeu completamente o juízo. Durante o processo eleitoral muitos desceram a lenha em Hillary pois ela representava o establishment, Wall Street, a indústria bélica, os acordos de livre comércio, o neoliberalismo e o Consenso de Washington. 

    Depois da eleição a esquerda GeorgeSorista esqueceu de tudo isso e passou a mirar em Donald Trump se esquecendo que ele está fazendo exatamente o que disse que ia fazer na campanha: renegociar o NAFTA ou sair do mesmo (reivindicação de praticamente todos os sindicatos dos EUA desde os anos 90); retirar os EUA do Tratado Transpacífico – plataforma política de todos os sindicatos de trabalhadores dos EUA e de Bernie Sanders e priorizar obras de infraestrutura para gerar empregos internos com maior velocidade. 

    A esquerda GeorgeSorista se agarra única e exclusivamente em temas identitários para criticar o Trump e esquece, de forma abominável e seletiva, que a luta alter mundista e anti globalização foi uma bandeira vigorosa da esquerda durante toda a década de 90 e em boa parte do século XXI (foi o acúmulo dessa luta que permitiu a Lula, Néstor Kirchner e Hugo Chávez enterrar a Alca em 2005, bem na fuça de George W. Bush). 

    Que Trump é um representante do capitalismo e chefia um país imperialista não é nenhuma novidade. A novidade é ver a esquerda GeorgeSorista reclamar ao ver o primeiro presidente dos EUA, em mais de 35 anos, ir contra os tratados de livre comércio e contra a globalização neoliberal! 

    Também não resta a menor dúvida de que os temas identitários são importantíssimos (mas são apenas um dos aspectos a serem analisados). 

    Hillary Clinton, musa da destruição da Líbia e da Síria, bem como a candidata oficial da esquerda GeorgeSorista e do modelo atual de neoliberalismo feito via acordos de livre comércio, é capaz de defender magnificamente todos os temas identitários que existem. E isso não a deixa menos imperialista ou menos exploradora de outros povos. 

    Cabe à esquerda denunciar o sr. Trump sempre que isso seja necessário. Como caberia fazer em relação à Hillary ou a qualquer outro presidente dos EUA. 

    O que irrita é ver a esquerda GeorgeSorista, que não deu um pio contra a administração Obama, querer se agarrar em temas identitários para criticar Trump (o que é legítimo) e ao mesmo tempo não compreender que ele está sim remando contra os acordos de livre comércio – o que é uma posição muito boa.

  9. Trump é o produto da reação

    Trump é o produto da reação conservadora do casamento dos liberais do pensamento americano com os lobos de Wall Street. Os lobos serão preservados mas os liberais vão apanhar dos dois lados, pela esquerda e pela direita.

  10. Mano, na boa.
    Eu apoiei

    Mano, na boa.

    Eu apoiei Trump, não porque ele é o “melhor do pior” e sim porque ele é o “pior do pior”, e, portanto, nos ajudará a destruir a imagem de grandeza dos EUA. 

    Afinal, nenhum outro presidente norte-americano colocou uma puta no Salão Oval.

     

  11. Engraçado…

    Nunca vi alguém de esquerda apoiar George Soros. Por outro lado, a prova cabal de que a esquerda trumpista existe é que ela fica putin ao ser criticada. hehehehee

  12. A eleição do Trump foi positiva sim.

    Ele é uma pessoas que não fica de rodeios, não fica penteando macaco. Vai na lata.

    Isto é bom porque o povo brasileiro pode acordar pela burrada que faz elegendo gente deste tipo.

    Existe um ditado Chinês ou Japonês que fala: para desinvergar uma vara você deve enverga-la ao contrário mais que a inverga a ser corrigida.

  13. É verdade. Mas que é bom ver

    É verdade. Mas que é bom ver a candidata do pig ser derrotada, isso é. E é também fato que ao contrário do que diz a direita tupiniquim, o que é bom para os EUA é ruim para nosotros latinos, e vice versa.

    Internamente o Trump é um desastre, externamente é menos ruim que Hilary e Obama. Nenhum presidente democrata já fez alguma coisa boa sequer para nós latinamericanos. Só depois de deixar o cargo, como o Carter e sua fundação politicamente correta. 

    É aquele negócio, para o Trump latinoamericano bom é latinamericano fora dos EUA. Me solidarizo com os que moram lá, mas para nós aqui fora foi melhor assim

  14. Muita analise e pouco luta

    realmente trump não tem nada de esquerda, mas os democratas tambem não.

    trump é o sonho do coxa brasileiro, uma mistura de doria com bolsonaro.

    enquanto isso a esquerda sonha em algum dia estar no poder.

    Muita analise e pouco luta

     

  15. O discurso de posse de 45°,
    O discurso de posse de 45°, Donald Trump, delineia com precisão o novo paradigma que o mundo passa a abraçar.

    Não que presidentes possam formular mudanças. Personas são escolhidas pela capacidade de sintetizar o que quer e pretende as populações. Não é científico todas as Constituições democráticas dizerem que “todo o poder emana do povo”?

    Pois assim surgem os líderes, nos rastros do arcabouço ideológico coletivo que forja princípios e ideias.

    Trump surge da sua capacidade de dizer e explicar que o povo quer mudanças, e mais ainda, da forma que quer.

    Por isso estes líderes não surgem de forma isolada pelo mundo.

    Se agora surge Trump, da mesma forma urgiu Theresa May, com a vitória dos seus discursos modificadores.

    Mais interessante ainda é a constatação das semelhanças entre os dois grandes momentos de mudanças que o mundo passou nas últimas décadas.

    Se no mesmo início da década de 80 surgem no poder central, na Inglaterra uma dama com discurso forte, Margareth Thatcher, e nos EUA um homem ligado ao entretenimento, Donald Reagan, para executarem as mudanças dos paradigmas existentes, da mesma forma, agora, surgem um mesmo Donald também ligado ao entretimento, é uma outra mulher também na Inglaterra, Theresa May, para a implementação das mudanças.

    Se na década de 80 os discursos estavam sincronizados na importância da globalização e das medidas neoliberais, agora o lema é a desglobalização subtendida no Brexit inglês, e em todas as ideias expressadas no discurso de posse de Trump que promete frear o mercadismo neoliberal e incentivar a produção, além de levar de volta para os EUA as empresas que de lá saíram.

    O que se constata destas “coincidências” é que os centrais mandantes continuam os mesmos desde a revolução industrial.

    Ainda que se considerem as modificações surgidas dos movimentos da década de sessenta, a mesma constatação do protagonismo americano e inglês. Talvez por isso muitos rastejam à tudo o que se origine desses países, ao ponto de ilustração personagem do regime militar ter afirmado “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, nos mantendo eternamente na periferia.

    As necessidades de mudanças surgem de uma insatisfação coletiva, e a capacidade de aglutinar, explicar e prometer as mudanças dentro do desejado pela população é que fazem surgir os líderes.

    O que se pode aduzir das grandes mudanças do mundo nos últimos 40 anos com as vitórias de Reagan e Thatcher e o que se alinhava com as recentes vitórias de May e de Trump, é que a direita detém o discurso mais efetivo dos anseios das populações.

    É bom que se atente a vitória de Trump se dá, inclusive, conta todos os interesses do sistema.

    Por aqui, o sistema derrubou quem melhor sintetizou, nas eleições, o que pretendia o povo, será que com o irmão do norte acontecerá o mesmo?

  16. A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo

    umq Esquerda-Trump é algo tão esquizofrênico quanto uma Esquerda-Obama. e tão insensato quanto deveria ter sido no Brasil uma Esquerda-Lula.

    Trump pode ser a última saída para um capitalismo incapaz de superar a Crise de 2008. é o resultado da luta de classes crepitando no interior dos 1%: fração contra fração de classe.

    a Tirania Financeira Global e sua guerra sem fim empurra o mundo para um confronto termonuclear e uma selvagem redução populacional. a outra facção pretende algum tipo de novo Breton Woods, com adoção de mecanismos de reciclagem de capitais.

    mas para a “ajuizada” Esquerda brasileira a referência ao risco de uma guerra nuclear é recebida geralmente com gargalhadas debochadas ou sorrisinhos benevolentes.

    é também bastante fora de qualquer parâmetro de lucidez citar “burguesias nacionais”, ou mesmo regionais (européia, asiática). a financeirização e interpenetração se completou. portanto, não se trata de um confronto geográfico. é uma guerra interna aos 1% pela redefinição da geopolítica e da geoeconomia.

    possivelmente o ponto crucial seja o enfraquecimento militar dos EUA (Trump se refere a isto em seu discurso de posse). um Pentágono encarregado de zelar pelos interesses dos acionistas majoritários de USA incorporation, mas perdendo cada vez mais seu poder de fazê-lo em virtude das próprias características de um processo de produção distribuído e de uma cadeia de suprimentos globalizada e mortalmente dependente da logística.

    seja como for, o grande catalisador destas mudanças foi Putin, a fazer ressurgir a Rússia como grande potência militar.

    mais do que o efeito Trump, é o fator Putin que precisa ser melhor compreendido.

    .

    1. Eu prefiro a esquerda argh!

      Esquerda asterix! Esquerda arkx!

      E o Lula, hien? Não fosse o Lula não teríamos problema algum no mundo. Esse Lula é um toque de midas ao contrário. Tudo que ele toca causa problemas. É ou não é, asterix obelix arxs, arkxyz?

  17. Dez estrelas para esse artigo
    O único objetivo de Trump é a maximização do lucro para enriquecer mais os miliardários americanos. O que desse sistema capitalista ainda restou de fireito trabslhista vai ser compketanente implodido.À parte o capital,  é importante ressaltar seu discurso cínico, mentiroso, nazifascista, xenófobo, racista. Insultar dessa forma (link) a colônia mexicana que constitui a base da classe trabalhadora nos EUA como sendo todos criminosos, drogados, estupradores Humilhar deficientes, enfim zodas as minorias. Quem de esquerda pode endossar um escroto desses ?   https://m.youtube.com/watch?v=37zvOZ17eSE&itct=CAwQpDAYBSITCK7x54P-tdECFcFlvgod_sgKSTIHcmVsYXRlZEjAusLuju_avz0%3D
     

  18.  Neoliberalismo progressista

     Neoliberalismo progressista é um conceito. A definição dada por Nancy Fraser é:

    “Nos EUA, o neoliberalismo progressista é uma aliança entre, de um lado, correntes majoritárias dos novos movimentos sociais (feminismo, antirracismo, multiculturalismo e direitos LGBT) e, do outro lado, um setor de negócios baseado em serviços com alto poder “simbólico” (Wall Street, o Vale do Silício e Hollywood). Nesta aliança, as forças progressistas se unem às forças do capitalismo cognitivo, especialmente à “financeirização”. Embora involuntariamente, o primeiro oferece ao segundo o carisma que lhe falta. Ideais como diversidade e empoderamento, que poderiam em princípio servir a diferentes fins, hoje dão brilho a políticas que destruíram a indústria e tudo aquilo que antes fazia parte da vida da classe média.”

    O que podemos questionar é se esse conceito é útil para compreender os fenômenos políticos e sociais aos quais ele pretende atribuir inteligibilidade. Mais: embora Nancy Fraser refira-se aos EUA, a validade do conceito não está restrita, em princípio, a esse universo político e social.

    Abstraindo as particularidades dos EUA destacadas por Fraser, qual é a ideia fundamental que o conceito nos traz? A da aliança, consciente ou não, de movimentos sociais, que antes eram próximos da esquerda crítica do capitalismo, com o capitalismo globalizado, em suas dimensões econômica, social e política.

    Penso que essa ideia não é nova, embora o nome o seja. Seu embrião parece estar no que de facto foi o desenvolvimento da chamada terceira via europeia. É certo que a terceira via pretendia ser opção ao neoliberalismo vitorioso frente o fracasso dos socialismos reais (Anthony Giddens, etc.). Efetivamente, no entanto, ela foi, por um lado, a implementação de políticas sociais focalizadas, que enfatizaram as identificações étnicas e culturais, e, por outro, aceitação e submissão total ao “novo” capitalismo e à globalização, inclusive na sua dimensão geopolítica.

    Trump vai defender o capitalismo e os interesses globais dos EUA? Evidentemente que sim. Mas o fará, penso, de forma diferente da dos globalistas (de Clinton ao genocida Obama). Por quê? Porque há um reconhecimento implícito do fracasso do neoliberalismo progressista como forma de dominação. Há a percepção de ele nos levaria inevitavelmente à revolta social e possivelmente à guerra mundial. Em outros termos: para continuar a dominar é preciso dominar menos.

  19.  
     
    Trump. Será que o cabra

     

     

    Trump. Será que o cabra tonca trumpete? O Bill, amigo do prof. Cardoso tocava um saxzinho sem vergonha, mas, sendo gringo e branco, os vira-latas locais, gostavam muito.

    Não sei a razão que por certo há, emoldurando a crítica à cartela, até bastante variada de esquerdistas que, pelo visto, vai do magenta puro ao salmão quase amareloso. Confesso, que desconhecia o tamanho da importância disso ai.

    Mas… já que aqui estamos, gostaria lembrar aos colegas que, entre os dois partidos americanos que se revezam na Casa Branca, nesse conveniente vaz-de-conta de alternância democrática de poder. A história política desses caras, apontam o Partido Democrata, quando na direção do país, sempre foram os mais ferozes em suas investidas e práticas genocidas ao redor do mundo. Isso, não confere aos Republicanos quando na sua vez de dirigir, tenham sido pacifistas.No entanto, mataram bem menos que os democratas, lá deles.

    Orlando

     

  20. Algumas considerações

    1) A indigente cobertura de internacional em nossa mídia não registrou, nada refletiu, sobre o fato de Trump chegar com um armistício assinado com a Rússia. Não vamos falar dos méritos de Putin, mas do fato que os EUA perderam mais uma guerra. Lá se foi o grande império do Norte. Estava na hora. Avisem ao Serra. 

    2) Não, não. O seu papo é que está furadíssimo. A marcha das mulheres não foi chefiada pela esquerda americana. Acolhida pelo NYT, a ex-repórter do WSJ Asra Nomani demonstra com planilha que 50 entidades que organizaram a marcha têm ligação com George Soros. Leia aqui. E Angela Davis não estava à frente da organização. Ela nem é consenso no movimento feminista, exatamente por ser comunista. Seu discurso foi lindo. Disse exatamente o que Soros não desejava: o capitalismo é o grande mal.

    3) Ironia para a turma georgesorista: uma grande heroína da história americana é trans. Chelsea Manning foi presa em 2010, início do governo do nobel da paz. Por ele libertada agora, depois das mais bárbaras torturas. 

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  21. Não existe uma esquerda trumpista.

    Do mesmo modo que não existe uma esquerda clintonista ou neoliberalismo progressista. Não há uma esquerda satisfeita com a vitória de Trump, mas há, sim, uma esquerda satisfeita com a derrota de Killary e o reinado de hipocrisia do neoliberalismo “””progressista””” (põe aspas nesse troço). Uma esquerda como o próprio Altman, que declara: “A derrota de Hillary foi positiva”. A conclusão lógica, portanto, é que para ele a vitória de Trump foi positiva, mas não vou chamá-lo de “esquerda” trumpista.

    O governo Obama foi o primeiro, na longa história belicosa do EUA, a governar todos os 2862 dias e 2862 noites, na duração inteira de dois mandatos, com o país em permanente estado de guerra e em escalada crescente. Só no último ano foram 26.171 bombas diárias, mais de 71 em média por dia, enviadas para cerimônias em família, casamentos, funerais, peladas de futebol, escolas, hospitais, matando mulheres, crianças e pessoas inocentes. No seu mandato foi reacesa a guerra fria, com provocação direta na fronteira da Rússia, e com isto fez ressurgir o pavor de um conflito em escala nuclear. A guerra é o pior flagelo da humanidade e a pior face do imperialismo. Se o governo Trump cumprir a promessa de estancar a escalada de guerras, voltar-se para seus imensos problemas na economia doméstica, retirar tropas e financiamento de grupos terroristas no Oriente Médio, ele fará um imenso benefício para a humanidade.

    Sim, a vitória de Trump foi positiva, não somente por questionar o gasto de seis trilhões de dólares em inúteis e pérfidas guerras, mas também a globalização em prol de corporações oligopolistas. O EUA é um enorme mercado de consumo, existe imensos investimentos para atender seu mercado interno, não se pode levar para fora seus milhões de estabelecimentos comerciais que atendem consumidores locais, suas jazidas de petróleo e gás, suas minas e reservas de carvão e de outros minerais, sua imensidão de terras férteis, suas estradas, as infraestruturas de comunicação, de abastecimento de água e suprimento de eletricidade. A infraestrutura do país está em estágio avançado de deterioração, enquanto se torra grana em pavorosas guerras, no interesse do complexo industrial militar  ─ a grande indústria que não foi deslocalizada ─ e em prol das corporações globalizadas. Trump foi um racha nas oligarquias americanas, sua vitória reacendeu a luta de classes no EUA; é sintomático que a grande mulher negra Angela Davis, socialista marxista, da Esquerda maiúscula, ressurja como protagonista na cena americana.

  22. Sem ilusões

    Concordo com Breno Altman, não nos iludamos com um tipo como Trump. Se ele abrira um canal de comunicação com a Russia e talvez movimente seus peões para outras direções no mundo Oriente Médio, o resto podera ser bem indigesto. E acho que quem pagara o pato – como sempre – é classe média da América profunda, a mesma que o elegeu.

    1. E quem está pagando o PAto do

      E quem está pagando o PAto do Obama é a classe mais pobre Brasileira.

      Eu me importo mais com os pobres do meu pais que com a clssemédia americana.

      Eu chego a me importar mais com a classe média cretina nacional que sua versão americana.

      1. Estou pessimista em relação a esse governo

        Pois eu acho que nada ou pouco vai mudar para o Brasil com Trump, isso se não piorar. Enfim, Trump pode surpreender, mas acho pouco provavel que seja para o bem. Ele é a cara de uma certa “elite” brasileira e não esta nem ai, de fato, para quem é pobre. Pobre para ele é o sujeito que não é muito esperto (tal qual mister Trump pensa ser) para pescar milhões de dolares sozinho no mar do capitalismo selvagem.

        1. Não tenho duvidas que a coisa

          Não tenho duvidas que a coisa vai “piorar”, afinal, o plano econômico dos golpistas dependia fortemente de Hillary para ter uma mínima possibilidade para se por de pé. A crise vai se agravar, mas sem dúvida, nesse momento, pode ser o que de melhor aconteçça para o Brasil, para ver se o povo acorda (EEEE povinho difícil de acordar !!! Desde que o PT saiu do poder, o sono do povo ficou “pesado”, enquanto que antes era levíssimo !!!) e põe esses cretino para fora !!! 

          Por enquanto o povo está votando neles. 

  23. A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo

    para não se perder o “juízo”: nada é exatamente o que parece, tudo é teatro de sombras, jogo de espelhos. entre tantas miragens, como chegar a ver alguma informação?

    TRUMP PROÍBE FINANCIAMENTO A ENTIDADES QUE DEFENDEM ABORTO.

    Planned Parenthood, Margaret Sanger e a eliminação dos inaptos:

    “Margaret Sanger foi defensora da eugenia negativa, que visa melhorar as características humanas hereditárias através da intervenção social, reduzindo a reprodução daqueles considerados impróprios.”

    .

    1. Alô esquerda trumpista! Compreenderam ?

      Trump é “o cara” que vai combater o neoliberalismo e pacificar o mundo (cof cof cof)

      Tá serto!

      ***

      (…)  o presidente dos EUA assinou dois outros decretos de grande impacto doméstico nesta segunda; o primeiro proíbe financiamento do governo federal para ONGs estrangeiras que promovam ou paguem o aborto, e o segundo congela a contratação de novos servidores nos órgãos do governo federal, com exceção das Forças Armadas.

      https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/276591/Trump-pro%C3%ADbe-financiamento-a-entidades-que-defendem-aborto.htm

      ***

      abraços, arkx.

      1. A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo

        ->(…)  o presidente dos EUA assinou dois outros decretos de grande impacto doméstico nesta segunda; o primeiro proíbe financiamento do governo federal para ONGs estrangeiras que promovam ou paguem o aborto, e o segundo congela a contratação de novos servidores nos órgãos do governo federal, com exceção das Forças Armadas.

        olá, Vânia

        foi exatamente esta notícia que me intrigou.

        congelar contratações no setor público faz todo sentido para um liberal que pretende gerar empregos no setor privado. preservar os gastos militares tb, por óbvios motivos.

        mas pq diabos, logo de saída, como uma de suas primeiras medidas, cortar o financiamento para ONG ligadas ao aborto? apenas para satisfazer a parcela reacionária de seus eleitores? seria um bom motivo, mas não me pareceu suficiente.

        primeira descoberta: Planned Parenthood, a principal ONG atingida pela medida, é uma verdadeira corporação. movimenta cerca de US$ 1,3 bi/ano (2014). entre seus doadores muitos democratas famosos. atua em 12 países.

        segunda descoberta: sua fundadora, Margaret Sanders, é defensora da eugenia. “O controle de natalidade nada mais é do que a facilitar o processo de eliminar os inaptos [e] de impedir o nascimento de defeituosos”.

        terceira descoberta: seus negócios paralelos com o comércio de órgãos e tecido fetal. tudo perfeitamente legalizado!

        dando por satisfeita minha repugnância, entrei no meu submarino e submergi no deserto. para voltar a me dedicar ao que me restou fazer: plantar inhame, batata-doce e mandioca. além, é claro, de escrever comentários aqui no Blog do Nassif…

        abraços

        .

        1.  Muito interessante. A

           Muito interessante. A questão fundamental parece ser:

           

          Qual é a relação entre as ações de Trump e as instituições do globalismo neoconservador?

           

          Compartilho a opinião, expressa por muitos, de que a nova ordem global, de Clinton a Obama, compreendeu a construção ou transformação de instituições (do deep state, internacionais, da grande mídia e da parte “progressista” que se incorporou ao neoliberalismo progressista). Um ponto importante foi fazer com que as instituições ligadas aos estados nacionais (inclusive dos EUA e da UE) não fossem sujeitas às alternâncias dos governos, constituindo, portanto, um Estado dentro dos Estados. A nova ordem é, portanto, antidemocrata, além de intervencionista e belicista.

           

          Minha hipótese é que Trump representa a parte da elite norte-americana que se convenceu da inviabilidade desse tipo de globalismo como forma que dominação. Se este for o caso, Trump precisará atingir ou reformular esse complexo de relações. A ver… se é isso mesmo… e se terá força para fazê-lo.

          1. A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo

            algumas considerações:

            não penso que “neoliberalismo progressista” X “neoliberalismo conservador” seja a mais adequada denominação para as duas facções. talvez mundo unipolar x multipolar explique melhor. seja como for, são apenas rótulos.

            este é um assunto vital: compreender hoje o racha dos 1%. tão vital quanto foi no final da II Guerra, ter compreendido Breton Woods. ou o fim do padrão US$/Ouro, em 1971. ou já em 2007, todos os sinais prenunciando o crash de 2008.

            não se trata que Trump, e as forças que ele representa, irão “combater a globalização”. é muito mais um outro tipo de globalização. já que o Império do Caos provou-se ser incapaz de gerir um mundo unipolar.

            então, não é que Trump vai “acabar com a CIA”. todo este deep state, com seu imenso e ingovernável poder paralelo, saiu de controle. o sonho da governança global via acordos supra nacionais se mostrou inviável. a CIA apenas produziu mais e mais “radical terrorismo islâmico”. péssimo para os negócios.péssimo como projeto de prazo mais longo.

            por isto também Trump enfraquece as ONG, o braço civil da globalização (o Pentágono como o braço armado e a CIA como a grande arma de desestabilização). as ONG se tornaram enormes corporações, tb com imenso e ingovernável poder paralelo.

            o mundo unipolar está ruindo pelo próprio caos que instalou e através do qual pretendeu se consolidar.

            o discurso de Trump tem referências claras, ao afirmar: “Nós não buscamos impor nossa maneira de viver sobre ninguém, mas, em vez disso, deixar que ela brilhe como um exemplo a ser seguido.”

            ou seja: dominação pela coerção x exercer hegemonia.

            decisivo tb o Império do Caos ter se deparado com um obstáculo intransponível: Putin e o complexo industrial-militar russo.

            enquanto o Vale do Silício viajava nas nuvens, na busca de um definitivo upload da neo aristocracia para a web, Putin modernizou em segredo suas forças armadas, tornando a Rússia território fora de alcance para os mísseis dos EUA.

            os EUA perderam a guerra da globalização. assim como tinha perdido a guerra do Vietnam. gastaram trilhões em vão.  tudo concorrendo para o fim dos respectivos padrões monetários, Dólar/Ouro e Dólar. agora, terão que buscar uma solução negociada politicamente.

            abraços

            .

          2.  Uma única discordância. Eu

             Uma única discordância. Eu acho o conceito de neoliberalismo progressista interessante. Não porque seja útil contrapô-lo a um neoliberalismo conservador, mas porque ajuda a compreender as dificuldades dos liberais norte-americanos (no sentido americano do termo) e da antiga social-democracia europeia. Quem sabe até as dificuldades da nossa esquerda.

            Na verdade, eu já tinha, em breve comentário e sem pretensão nenhuma de originalidade, desenvolvido raciocínio parecido com o da Nancy Fraser (Recortes e Clivagens em https://jornalggn.com.br/noticia/a-antiglobalizacao-entre-a-esquerda-e-a-ultradireita-por-emir-sader#comment-1014820).

            Na minha avaliação, é interessante que o conceito de neoliberalismo progressista venha de alguém da New School, que foi, afinal, um dos princípais centros reflexão sobre os caminhos da esquerda nos EUA e de defesa das políticas identitárias. Acho que representa um acordar dos liberais americanos.

          3. A “esquerda trumpista” está perdendo o juízo

            -> mas porque ajuda a compreender as dificuldades dos liberais norte-americanos (no sentido americano do termo) e da antiga social-democracia europeia. Quem sabe até as dificuldades da nossa esquerda.

            pode ser… o conceito sim. mas a expressão “neoliberalismo progressista”, talvez confunda ainda mais num cenário já de muita confusão. não sei…

            -> é interessante que o conceito de neoliberalismo progressista venha de alguém da New School, que foi, afinal, um dos princípais centros reflexão sobre os caminhos da esquerda nos EUA e de defesa das políticas identitárias.

            legal! é o tipo de informação que me falta.

            -> A marca do globalismo é a focalização. É, no fundo, a repetição, agora no plano político, de uma estratégia que se mostrou amplamtne vitoriosa no campo das políticas sociais.

            muito bom! eu ainda não tinha feito esta correlação. mas agora a absorvi imediatamente.

            -> Bem, ela [a Esquerda] aderiu ideologicamente à focalização política e social, e rendeu-se à globalização do plano econômico.

            foi seu erro fatal. entre ficar isolado e abrir mão de princípios e fundamentos, é sempre melhor priorizar a própria identidade. até mesmo porque, trata-se de um processo estratégico e não de curto-prazo.

            -> A esquerda lamenta, agora, que os excluídos nela não votem. Mas isso não é verdade! Muito antes de votarem pelo Brexit, no Trump, etc. o povo tentou – e tentou, e tentou – alternativas à esquerda. Elegeu trabalhistas na Inglaterra, socialistas na França, todo o tipo de esquerda na Grécia, o PT no Brasil e por aí vai. E viu essa “esquerda” aderir ao globalismo.

            o fascismo foi a conseqüência de dois fracassos: o primeiro, dos revolucionários, que foram massacrados pelos sociais democratas e seus aliados liberais; o segundo, dos liberais e social-democratas incapazes de gerenciar efetivamente o capital.

            (não que o Trump seja exatamente fascista. mas acho que cabe a citação)

            -> Mas não vejo alternativa diante do globalismo a não ser o fortalecimento do estado no campo político, econômico e social. E a direita não globalista saiu na frente.

            ahh! esta é a grande questão! que tipo de Estado? e mais, existe um nacionalismo de Esquerda?

            algumas anotações:

            os conceitos de “Nação”, “Povo”, “Democracia”, “Estado”, e até mesmo “País”, para terem alguma relevância atual e, portanto,  utilidade política precisam de um outro sentido. talvez sejam mesmo termos irremediavelmente comprometidos…

            é possível?

            – Nação e Povo: como uma nação e um povo indígena;

            – País: como um território habitado por pessoas (um Povo) ligadas entre si por laços. afetivos, culturais, políticos. sobretudo por laços que permitam a mútua sobrevivência.

            então também devemos nos referir a: Zonas Autônomas Temporárias, Zonas a Defender e principalmente todo tipo de Comunas e Confederações de Comunas.

            abraços

            .

          4. Boas questões, que precisam

            Boas questões, que precisam ser investigadas. Vamos ver como as coisas se desenvolvem..

            Abraço

  24. Amontoado de bobagens

    As ilações dessa matéria simplesmente não fazem sentido.

    Não fazem sentido não porque se alinhem ideologicamente com isso ou aquilo, mas simplesmente porque desconhecem os fatos.

    O que significou a saída dos Estados Unidos do TPP: https://br.sputniknews.com/mundo/201701267519441-trump-soros-clinton-presidenciais-tpp-acordo/

    Quem financiou e organizou a “Marcha das mulheres”: http://nytlive.nytimes.com/womenintheworld/2017/01/20/billionaire-george-soros-has-ties-to-more-than-50-partners-of-the-womens-march-on-washington/

  25. Governo sueco ‘responde’ a Trump com uma foto de mulheres do gab

    Governo sueco ‘responde’ a Trump com uma foto de mulheres do gabinete

    Vice-primeira-ministra assina uma proposta ambiental rodeada por sete colaboradoras do Executivo

    A ‘número dois’ da Suécia, com colaboradoras do Governo.

    A vice-primeira-ministra da Suécia, Isabella Lövin, respondeu ao presidente dos Estados Unidos. E o fez com uma fotografia em que aparece rodeada por sete mulheres do gabinete do país nórdico. Essa imagem imita uma das primeiras divulgadas pela Casa Branca sobre Donald Trump, em que aparecia assinando uma ordem acompanhado apenas por homens.

    Lövin postou em suas redes sociais a imagem em que é vista, com a caneta na mão e uma pasta aberta, rodeada por colaboradoras do Executivo – uma delas, grávida. “Somos um Governo feminista, como mostra essa foto. É o observador que deve a interpretar essa imagem”, disse a número dois do Governo da Suécia.

    Fotografia de 23 de janeiro no Salão Oval.  EFE

     

    Na fotografia da Casa Branca, que provocou uma onda de críticas, Trump estava assinando três ordens, uma delas para proibir o financiamento a ONGs que prestam assessoria no exterior a favor do aborto. Grupos feministas criticaram que uma decisão sobre as mulheres estivesse sendo tomada unicamente por homens. A imagem foi tomada em 23 de janeiro, depois de um fim de semana de protestos em massa organizados por mulheres em todas as partes dos EUA e do mundo.

    Ver imagen en TwitterVer imagen en Twitter Isabella Lövin @IsabellaLovin

    Just signed referral of Swedish  law, binding all future governments to net zero emissions by 2045. For a safer and better future.

    08:03 – 3 feb 2017    29.08929.089 Retweets   70.74270.742 me gusta  

    O projeto que está sendo assinado na imagem por Lövin, ministra do Desenvolvimento Internacional e do Clima, tem o objetivo de acabar com as emissões de gases de efeito estufa para 2045 na Suécia. Uma medida que também contrasta com as posições de Trump, que inclusive colocou em dúvida os efeitos nocivos da mudança climática. “Há uma demanda internacional para encontrar um líder em questões climáticas. Quero mostrar que a Suécia está pronta para assumir essa liderança”, disse a vice-primeira-ministra.

    A Suécia é um país pioneiro nos direitos das mulheres, reconhecido pelo alto nível de participação feminina na vida ativa. No parlamento, a presença feminina é de 45%, e no gabinete do primeiro-ministro Stefan Löfven há paridade entre homens e mulheres, segundo dados do próprio Governo.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/03/internacional/1486138306_245675.html

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