Angela Davis lembra Marielle Franco ao falar da perseguição de Trump à deputada muçulmana do Congresso dos EUA
“Nós sofremos o assassinato de uma representante eleita no hemisfério americano, Marielle Franco no Brasil, há pouco mais de um ano. E isso me dói… Ela recebeu ameaças e foi alvo da mesma forma que Ilhan Omar está sendo alvo hoje.”
Ela também falou da Venezuela e do movimento à direita no mundo:
“O aparente golpe [na Venezuela] que está em andamento agora, apoiado, é claro, pelo governo dos EUA, é uma tentativa de aumentar o efeito do movimento para a direita em todo o mundo – Bolsonaro no Brasil, é claro Duterte nas Filipinas, Netanyahu reeleito em Israel.”
Barbara Ransby também participa da entrevista:
“Recentemente uma livraria próxima a Washington promoveu um evento de um livro antirracista que foi interrompido por nacionalistas brancos, que literalmente invadiram e intimidaram as pessoas. Então, o atrevimento e o desaforo nos lembram muito da Alemanha pré-nazista… E o tiroteio em San Diego. A sinagoga em San Diego, a sinagoga de Pittsburgh, o que aconteceu na Nova Zelândia. Todas essas coisas apontam para as maneiras pelas quais a violência racista está sendo alimentada pelas palavras de Trump e outros.”
Barbara Ransby é historiadora, autora e ativista assessora do Movimento para Vidas Negras e uma das organizadoras do movimento das Mulheres Negras em Defesa de Ilhan Omar. O último livro de Ransby é Making All Black Lives Matter: Reimaginando a Liberdade no Século XXI.
E Angela Davis é autora, ativista, professora emérita da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. Escreveu muitos livros, incluindo a “Liberdade é uma Luta Constante: Ferguson, Palestina e as Fundações de um Movimento”.
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