Centro de espionagem bilionário é inaugurado nos EUA, mesmo com paralisação

Novo centro de espionagem da NSA tem capacidade para receber trilhões de terabytes de informação simultânea

Jornal GGN – Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os serviços públicos estão completamente parados nos EUA (Estados Unidos) após o impasse fiscal entre governo democrata e Congresso republicano. A paralisação não impediu a inauguração de um centro de espionagem da NSA (Agência Nacional de Segurança) em Utah, que deve monitorar e-mails privados da população, pesquisas do Google e até telefonemas, segundo o blog alternativo InfoWars. O investimento está avaliado em US$ 2 bilhões.

De acordo com o site, o desligamento das atividades ligadas ao governo afetará somente uma pequena quantidade de serviços. Atividades ligadas à arrecadação tributária, prisão de Guantánamo, Síria e espionagem doméstica não serão cessadas.

A agência de segurança norte-americana não confirmou, mas o novo e moderno “centro espião”, conforme a nota, já pode inclusive ser aberto. Funcionários procurados pelo blog disseram que a “usina de informações” inicia suas atividades já neste mês, podendo armazenar enormes quantidades de informação para a inteligência americana e que poderia ser aberta hoje, mesmo com os problemas enfrentados pelo governo nos últimos dias e uma certa dificuldade em coletar dados sobre os americanos internamente.

Um porta-voz da NSA afirmou em julho que o centro seria aberto no fim do ano fiscal – ou seja, nos últimos dias de setembro. E a agência pretende iniciar os trabalhos, mesmo com o impasse dos legisladores sobre as questões do teto da dívida americana, reformulação da saúde e impasses fiscais.

Pelo Centro de Utah, atravessarão cerca de 1 trilhão de terabytes de dados – para se ter uma ideia do que isso significa em capacidade, todos os livros escritos no mundo, em qualquer língua, necessitariam de apenas 400 terabytes para serem digitalizados. A unidade poderá monitorar e coletar desde conteúdos completos de e-mails, chamadas de telefones celulares e buscas na internet até mesmo itinerários de viagens e trilhas de estacionamento. A ideia, como sempre, é identificar um criminoso ou suspeito de terrorismo antes mesmo de cometer o ato.

A prática não é considerada invasão de privacidade. Desde que recebeu amplos poderes em 2008, a NSA ganhou a espionagem de presente, como uma atribuição legal nos EUA. Qualquer pessoa pode sofrer uma “intervenção” virtual da agência, mesmo que seus dados não interessem ao governo norte-americano. E transparência não é exatamente uma “missão de trabalho” do setor – Edward Snowden e a recente história com a presidente Dilma Rousseff que o digam.

Mesmo com os dólares de impostos ali depositados, os americanos não poderão visitar as instalações de Utah. Até algumas autoridades locais foram impedidas de participar da cerimônia que comemorava a conclusão do projeto, no início deste ano. E quem conheceu, ainda segundo o InfoWars, é bastante reticente ao contar o que viu por lá.

Redação

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