Estados Unidos terão eleições polarizadas

Jornal GGN – Em 1º de fevereiro, os Estados Unidos começam a seu processo de eleições presidenciais, com as prévias dos partidos. Os favoritos de cada lado, Hillary Clinton e Donald Trump, também têm altos índices de rejeição com o lado oposto, o que aponta para uma eleição bastante polarizada.

Da Folha de S. Paulo

Polarizados, Estados Unidos largam para corrida presidencial

Por Marcelo Ninio

A julgar pelos tiros de largada da campanha, os Estados Unidos caminham para uma das eleições presidenciais mais polarizadas de sua história. Os favoritos dos dois partidos por ora, Hillary Clinton eDonald Trump, são também os que têm mais rejeição —sintoma da divisão do eleitorado norte-americano.

Em seu último discurso sobre o Estado da União, o presidente Barack Obama prometeu consolidar o lado positivo de seu legado, como a recuperação econômica, mas admitiu uma derrota, um ano antes de deixar o cargo.

“O rancor e a desconfiança entre os partidos ficaram piores”, lamentou.

Pesquisas mostram o aumento contínuo da polarização política nos EUA nos últimos 20 anos, e os pré-candidatos não escondem isso.

No primeiro debate democrata, Hillary incluiu os republicanos entre seus inimigos. Para os republicanos, a disputa é sobre quem bate mais em Hillary e Obama. Sem medir palavras, como fez o governador de Nova Jersey, Chris Christie, que prometeu “chutar o traseiro” de Obama para fora da Casa Branca.

PRÉVIAS

Neste cenário de extremos, o país começa a escolher seu próximo presidente em oito dias, em 1º de fevereiro, quando os partidos farão as primeiras prévias, em Iowa.

Embora seja só a largada, a prévia de Iowa é considerada crucial para medir a temperatura da campanha e as chances reais dos candidatos após meses de bate-boca.

Com a ameaça terrorista voltando a assombrar os norte-americanos, após a ascensão da facção Estado Islâmico e os atentados em Paris e San Bernardino(Califórnia), alguns analistas afirmam que a política externa poderá ser o tema dominante da campanha, batendo a economia.

“Definitivamente acho que a política externa terá um grande peso”, disse àFolha Christopher Rudolph, professor de relações internacionais da American University. Para ele, além da ameaça terrorista, outras questões manterão o cenário externo em destaque, como o acordo nuclear com o Irã e as intrincadas relações com China e Rússia.

“Os republicanos têm sido muito críticos à política externa de Obama, e a maioria vê no tema oportunidade.”

Em texto na revista “Foreign Policy”, o analista Bruce Stokes nota que as eleições presidenciais nos EUA raramente focam a política externa, como lembra o slogan “É a economia, estúpido”, da campanha de Bill Clinton.

Mas ele acha que neste ano os humores e temores do eleitorado viraram. Pesquisas do Centro Pew mostram que na véspera da última eleição, em 2012, 55% dos norte-americanos citavam a economia como o tema mais importante. Numa pesquisa recente, 32% indicaram os assuntos externos como maior desafio, contra 23% para economia.

Simon Jackman, cientista político da Universidade Stanford, afirma que o fato de Hillary ter sido secretária de Estado dará mais visibilidade às questões de política externa, mas prevê que temas como emprego, impostos, seguro saúde e deficit continuem sendo dominantes.

Para Hillary, afirma, uma campanha com foco externo poderia ser um trunfo, por sua experiência, e um ponto vulnerável para as críticas a seu desempenho em fiascos como o “ataque ao consulado dos EUA em Benghazi (Líbia)]”:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2012/09/1152141-libia-informa-morte-de-embaixador-americano-e-mais-3-em-ataque.shtml.

A polarização também pode ajudar Hillary, já que os democratas têm vantagem de 5% entre os eleitores registrados para votar nas prévias, diz Bruce Buchanan, especialista em política presidencial da Universidade de Austin, Texas. “Mas um presidente democrata ainda pode ter que encarar um Congresso republicano, e com mais dificuldade que Obama”, lembra. 

Redação

13 Comentários

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  1. Não só polarizadas. As
    Não só polarizadas. As eleições gringas estão baixariizadas também. E eu tirando um sarro dos gringos:

    @RealTrump2016 said I can shoot a guy and I will not lose any voter. @HillaryClinton can also do this. She will give a shot in Trump’s ass?

    1. Se não for ele será o Bush

      Se não for ele será o Bush III. Qual a diferença? 

      Nessa eleição o “que Deus nos ajude” vale para todos os candidatos.

       

  2. Trump sobe, Hilary desce

      O artigo está muito equivocado. O foco da eleição americana continua, como em todos os países,  na economia, O slogan de Trump é IPhone 100% americano, ou seja contra a importação de produtos industriaiss estrangeiros,  e restrição à imigração para proteger o mercado de trabalho americano. Enqaunto isto Hillary tem como slogan finalmente uma mulher presidente. Seu papel na plítica externa não é credencial, pois e culpada pelo desastre libio e massacre de Benghasi, Seu calcanhar de Aquiles é a FALTA de projeto economico, Sanders surge como fenomeno contra sua hipocrisia economica.

  3. Hillary

         Hillary tem como mote de campanha colocar as mulheres em postos de comando por toda sociedade americana, para lhes dar, finalmente, igualdade de oportunidades economicas. Foca sua campanha na proposta de que as mulheres serão novas Eleonor Rossevelt. Algumas mulheres americanas, contudo,  desconfiam de seu apoio as estripulias sexuais do marido. Novamente, o principal é a economia. 

  4. Então………………….

    Seja qual for o eleito, terá que obdecer ao AIPAC, seus financiador, pois os dois partidos nada mais são que faces de uma mesma moeda!!

    Os llobys no Congresso, é que ditam as ordens. E o da industria bélica é o mais atuante, e não me espantaria se em breve, com esta demora de retomada do desenvolvimento e a falência da europa, não comecem um novo holocausto!!!!!!!!!!!

    O Nobel da Paz  de saida ??????????????? Que decepção !!!!!!!!!!!!!!

  5. Se Trump ganhar, vai ser uma “tranquilidade” para o mundo

    A eleição americana está com sabor de 3ª guerra mundial

     

    Trump diz que pode “atirar em alguém” sem perder votos. A direita está confiante

    iowa

    A “onda” direitista no mundo está produzindo cenas bizarras, impensáveis.

    O candidato favorito dos republicanos a Presidência, Donald Trump, depois de diversas declarações racistas e belicosas, ontem, segundo a Reuters, disse ontem  que sua situação eleitoral para vencer a indicação do partido para o pleito presidencial é tão boa que poderia dar tiros em alguém sem perder votos.

    “Eu poderia ficar no meio da Quinta Avenida e atirar em alguém e eu não iria perder nenhum eleitor”.

    Considerando  o que Trump já disse sobre cercas, muros e expulsão de imigrantes,  a escolha de uma rua de Nova York é bem “adequada”  ao seu perfil.

    Até gente muito conservadora e ligada ao capital, como o milionário Mark Bloomberg, ex-prefeito novaiorquino, admite lançar uma candidatura que enfraqueça o tragicômico Trump.

    Um elemento de seu tipo, no controle da maior máquina de guerra do mundo, é algo que dá arrepios.

    O pior é ver uma sociedade doente ao ponto de ter em alguém assim o favorito eleitoral é apontado, hoje, por O Globo como “exemplo” do “êxito da economia de mercado”. Êxito de quem acha que as questões se resolvem com dinheiro e balas? Quando, na história humana, fanáticos deste tipo foram favoritos em eleições senão nos momentos de impasses econômicos?

     

     

     

    1. Eu conheco esse

      Eu conheco esse comportamento…  ja vi antes…

      Trump provavelmente ficou sabendo que alguma coisa dele esta sendo investigada.  E a unica salvacao vai ser virar presidente e desmontar o aparatus -o ja mentalmente indigente aparatus.

  6. A humanidade nunca teve uma chance que nem essa….
    Com este “nóia” no controle do botão vermelho, a oportunidade de se renovar completamente, finalmente surgiu!
    Já vou construir meu bunker particular porque a hecatombe mundial finalmente vai acontecer.
    Quem está acostumado a TV LED, que procure no porão pelos radinhos de OC……
    Fui… !!!!

  7. Entre Hillary Clinton e Donald Trump, nem sei o que é o pior.

    Se a principal meta do Trump é o protecionismo e da Hillary continuar com a mesma política de intervenção externa, nem sei o que é o pior. Tá difícil.

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