EUA deseja derrubar restrições para exportação de petróleo

Jornal GGN – Em meados dos anos 1970, algumas medidas foram adotadas nos Estados Unidos para proteger os consumidores das alterações constantes dos preços dos combustíveis, em plena crise do petróleo, à época. Entre elas, as limitações severas às vendas externas. 

No entanto, com a revolução do xisto e as refinarias americanas que podem tratar um óleo mais pesado, já existe um movimento para derrubar estas restrições à exportação de petróleo bruto.
 
De acordo com matéria publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (26), John Podesta, um dos principais conselheiros do presidente Barack Obama, disse que a Casa Branca olha “ativamente” para o assunto, um sinal de que o governo pode caminhar nessa direção. 
 
Para pessoas ligadas ao mercado norte-americano de petróleo e gás, mais exportações devem ser consideradas cedo ou tarde, dado o aumento da produção no país.
 
Segundo a Agência de Informação de Energia (EIA), a produção de petróleo bruto no país foi de 7,7 milhões de barris por dia em 2013 e pode atingir mais de 9,5 milhões, até o fim da década. É um crescimento expressivo em relação a 2008, quando o número estava na casa de 5 milhões. 
 
As técnicas para extrair gás e petróleo do xisto, como a fratura hidráulica e a perfuração horizontal, avançaram muito nos Estados Unidos, que agora produz fortemente os produtos aos quais nem mesmo consegue dar vazão, por conta das sanções governamentais antigas e nunca revistas. Tudo isso mesmo levando em consideração a queda considerável do consumo doméstico.

 
Sendo assim, aumentam os pedidos formais de especialistas, estudiosos e gente influente do governo para que Obama finalmente elimine as restrições à exportação de petróleo bruto, para eliminar de vez o descompasso entre oferta e demanda no país, ao passo que, tal medida, poderia inclusive movimentar a economia um tanto estagnada. Ainda para os defensores da ideia, o aumento da oferta pode reduzir também os preços locais, o que também pode ser um estímulo a curto prazo.
 
As exportações de petróleo podem gerar mais de US$ 15 bilhões por ano em 2017, segundo estimativas do setor. Além disso, haveria mais investimento na produção interna, o que também levaria à contratação de trabalhadores e a um impulso à indústria de serviços das regiões produtoras.
 
A proposta tem apoiadores de peso no Congresso, com alguns integrantes do comitê de energia do Senado. Caso Obama não o faça, eles já se mostraram dispostos a propor a medida pelo fim das restrições.
 
Redação

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Leio esta matéria e me

    Leio esta matéria e me pergunto porque os babacas reclamam de governo intervencionista, defendem menos estado e outras baboseiras mais.

  2. O gás e o petróleo do xisto

    O gás e o petróleo do xisto com certeza irão alterar não somente o aspecto sócioeconômico dos EUA, mas também alterar a geopolítica mundial.

  3. Em outras palavras,

    Em outras palavras, descobriram ou estao pertissimo de descobrir outra fonte de energia mais apropriada, portanto ja podem dispensar a exclusividade e o usar politicamente no resto do mundo.

    Nao, outra explicacao eh impossivel.

  4. O que isso pode significar

    O que isso pode significar para a exploração do pré sal? Qual o comparativo de custos de produção do xisto e do pré sal? Se os preços do petróleo cairem muito isso pode transformar o pré sal numa  furada?

    1. Nada a ver. O cusumo mundial

      Nada a ver. O cusumo mundial de petroleo cru é de 87 milhões de barris/dia, um aumento de produção de 2 a 3 milhões de barris é muito pouco para influir nos preços, nenhum Pais isoladamente tem poder de produção para influir de forma relevante no mercado.

  5. Geopolítica do Petróleo

    Ao que tudo indica, a tal nova fronteira de exploração de petróleo nos EUA é mais uma absurdo cometido contra o planeta. Não tenho informações mais detalhadas nem sou especialista, mas segundo os ecologistas, a técnica ja esta comprometendo o solo e manaciais, e recentemente li uma reportagem sobre uma família que ganhou em primeira estância um processo, pois provou que a água e os alimentos estão sendo envenenados pelo processo de extração.

    Mas como lá tudo são números, e o resto não importa, é claro que vão continuar a exploração. E o maior objetivo deles é substituir a Russia no fornecimento de gás natural e petróleo para a Europa, e por isso toda a questão a respeito da Ucrania, que é por onde passam os oleodutos e gasodutos russos.

    Depois de tomar o controle da Ucrania, umas revoltazinhas locais “organizadas” e o fornecimento é interrompido, obrigando os europeus a pagarem mais caro para importar deles.

    Por isso também a Russia começou a negociar com a China para aumentar o comércio de petróleo, pois sabem que na Europa a coisa vai complicar. Coitados dos europeus que são quem vai pagar a conta no final.

    Uma coisa interessante que o Brasil e a Venezuela poderiam fazer é entrar no circuito, e oferecer a mesma coisa a Europa. Seria uma puxada de tapete legal de ver, e abriria uma nova fronteira de exportação.

    Se os europeus reclamam hoje das práticas comerciais dos russos, deixa eles cairem nas mãos dos americanos…

     

    1. “…Se os europeus reclamam

      “…Se os europeus reclamam hoje das práticas comerciais dos russos, deixa eles cairem nas mãos dos americanos…”

      Em que mundo vc vive? Quem vc acha que é o maior parceiro comercial da Europa? A Austrália?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador