EUA: Trump leva vantagem, mas Pensilvânia deve cravar o próximo presidente

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sem resultado definido até a manhã desta quarta, a Pensilvânia decidirá o próximo presidente. Com pequena maioria a Trump, resultado pode ser revertido

Fonte: The Associated Press

Jornal GGN – As eleições dos Estados Unidos amanheceram o dia após o fechamento das urnas sem um resultado definido. Apesar disso, o resultado apertado e as últimas contagens de votos trazem o benefício, surpreendente, para que o atual presidente, Donald Trump, vença as eleições. O estado que pode mudar e que irá cravar o novo comando do país é a Pensilvânia, que até às 10h desta quarta, somava 55,7% dos votos para Trump contra 43,1% para Joe Biden, com 64% dos votos apurados, segundo dados atualizados da Associated Press.

O democrata, contudo, espera obter uma virada nestes votos restantes, o que definitivamente decidirá quem levará o triunfo este ano. Isso porque o estado, localizado na região centro-atlântico do país, representa um dos maiores colégios eleitorais do país: o candidato que obtiver a maioria soma 20 dos 270 votos totais necessários, ficando atrás somente do Texas e Flórida, redutos de Trump, e Califórnia e Nova York, aonde Biden obteve a maioria.

Fonte: The Associated Press

Conforme explicado, o próximo presidente precisa angariar 270 votos dos colégios eleitorais de cada estado para ser eleito. Até agora, Joe Biden está na frente, com 238, versus 213 de Donald Trump. Contudo, os estados que ainda esperam totalizar as contagens já garantem uma boa diferença para Trump.

É o caso de Geórgia e Carolina do Norte, ambas com 94% dos votos computados, e que juntos somam 31 votos totais. Donald Trump ganhou com um pequena diferença de menos de 2 pontos percentuais nas duas regiões. Assim, apesar de não oficialmente, Trump já conta com 244.

Do outro lado, Biden também garantiu Wisconsin, que com mais de 95% das urnas apuradas, traz quase 1 ponto percentual acima de Trump. Com estes votos, o estado somará 248 pontos para o democrata.

Michigan e, principalmente, a Pensilvânia, são os votos que ainda podem mudar, aonde, até agora, Trump leva a maioria. O primeiro já têm 90% contabilizado, entretanto, a diferença é pequena: de 0,3 pontos percentuais acima para o atual presidente. Dessa forma, ainda há chances de Biden obter uma virada no estado, o que o levaria a 264 votos ao democrata, e caso o resultado se mantenha, a 260 para Trump.

Por isso, em qualquer das opções acima, o estado da Pensilvânia, que garante um amplo colégio de 20 votos para as eleições norte-americanas, é que ditará o próximo presidente. Não à toa, a região é uma pequena amostra fidedigna da própria sociedade estadunidense, de maioria branca nas localidades centrais, aonde prima a maioria conservadora republicana, com subúrbios nas periferias que abrigam diversidade étnica e um setor moderado de trabalhadores democratas.

O perfil do estado já mostrava que a disputa não seria fácil. Mas os 12,6 pontos percentuais de diferença para Trump não seguiram, pelo menos até os 64% contabilizados, as expectativas das pesquisas eleitorais, que davam uma média de 6 pontos a mais para o democrata nascido na Pensilvânia, contra o atual presidente.

Mas como o próprio resultado demonstra, a vitória antecipada anunciada de Trump pode mudar. Porque caso estes 36% de votos que ainda faltam ser registados dispararem para Biden, será o democrata que levará estas eleições 2020 nos Estados Unidos.

 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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    1. A cada dia mais é revelado que a Imprensa Mundial nunca passou de FAKE NEWS !!!! Onde está vitória expressiva de Biden? Nunca existiu !!!! Não passou de fantasia, desinformação, torcida e fraudes inventadas pela Imprensa e seus interesses. Lembrou o Brasil numa eleição que deram a vitória expressiva de Covas (??) sobre Marta Suplicy. Quando aberta as Urnas, ficou escrachado que a disputa era voto a voto. A vitória fácil só existira no ‘ Fake News ‘ tendencioso da Imprensa. A Internet veio para expor como a Informação era usada pelos Grupos de Mídia e Jornalismo, com interesses muito pouco republicanos. Descobrimos que o FAKE NEWS era o normal e habitual Agora a Verdade vem à tona.

      1. Companheiro você já ouviu falar em Jânio Quadros?Não? Foi um político semi analfabeto,mal escrevia o nome,que passou pelo Brasil.Ele no fundo da sua ignorância dizia que pra quem perde não é merecedor nem de café frio.Aqui em Salvador no Largo do Campo Grande tem o Pé do Caboclo.É lá que os chorões perdedores costumam se aglomerar,via de regra após os resultados das eleições.Deve ter um lugarzinho pra tu lá.

  1. A tática de Trampa de tumultuar e antecipar fraudes (se perder, é claro) é bastante apropriada para si.
    A possibilidade dos seus eleitores, muito mais extremistas, truculentos, mais afeitos à transgressões e ao vale-tudo lhe dá ampla vantagem nesta fraude e trambicagem.
    Acusa para esconder o que pratica (desde sempre como “empresário”)
    Conseguindo a vitória, deixa quieto.
    Sofrendo a derrota, tumultuará mais ainda.
    Ressalvadas as diferenças, foi o que aconteceu em 2014 no braZil, com o bicudo Neves Cunha.
    Tanto bicou (com tucanos e abutres) que conseguiu.
    E já estamos indo para meia década jogados nesta m#Rd@.
    A diferença é que com os EUA a m#Rd@ é mundial.
    E o efeito “leal” aqui seria mais fedido ainda do que já está.

  2. Tá sinistro pro Biden. Por um lado, as pesquisas subestimaram o voto pro Trump, por outro, os democratas recuperaram um pouco dos votos dos brancos…

    A ver.

  3. Biden ultrapassou Trump em Michigan. Somando Michigan, Wisconsin e Nevada, Biden alcançará a quantidade de delegados necessária para vencer. Se isso acontecer, a Pensilvânia não será o fiel da balança conforme previsto aqui.

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