Janet Yellen pode ser a primeira mulher à frente do Fed nos próximos dias

Mesmo com alguma resistência dos aliados de Summers, ela pode ser a única alternativa de Obama

Jornal GGN – Janet Yellen disse a amigos, recentemente, que não esperava ser a escolhida para ocupar o posto mais alto do Federal Reserve. Apesar de ser vice desde 2010 e de poder fazer história como a primeira mulher no cargo, ela sabia da preferência anunciada de Barack Obama em relação a Lawrence Summers, seu ex-secretário do tesouro.

Por eliminação, segundo o jornal The New York Times, Yellen deve ser mesmo o novo nome da autoridade monetária máxima dos Estados Unidos – e de todo o mundo., consequentemente. Existem alguma preocupações, como por exemplo, a participação dela nas atuais políticas adotadas pelo Fed e que beneficiaram muitas instituições – por conta disso, ela poderá se sentir pressionada ou inibida em tomar certas decisões e a realizar certas mudanças à frente do banco central.

Alguns partidários de Summers, que desistiu oficialmente da “candidatura” no domingo passado, dizem que falta experiência a Janet Yellen, e que ele possui uma inteligência de gestão de crises que ela não apresenta – o que também foi falado sobre Ben Bernarke, à época de sua posse. Também se comenta sobre os confrontos diretos de Yellen com alguns governadores locais do Federal Reserve. Entretanto, assessores do governo dizem que Obama não se opõe diretamente à chegada da primeira mulher no cargo – e até o mercado reagiu positivamente à saída de Summers pela corrida, com ações em alta nesta segunda-feira (16).

Os partidários de Yellen esperam com euforia os próximos passos do presidente em relação à escolha – como uma arquibancada de torcida. Eles reconhecem que, sem muitas opções, uma recuada de Obama em relação ao nome da atual vice-presidente poderia criar uma grande “saia justa”. E a sombra tem nome: Donald Kohn, ex-conselheiro de Alan Greenspan, que foi entrevistado por Obama para o cargo. Porém, a ala esquerda de seu partido também poderia reagir negativamente a tal decisão. Numa semana agitada para o presidente tomar qualquer atitude, pós tragédia na Marinha e entreveros com a Síria, devemos esperar para conferir o desfecho desta “novela econômica”.
 

Redação

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