Mercado de trabalho cresce nos EUA e alivia tensão do mercado

Jornal GGN – Finalmente saiu o aguardado relatório sobre empregos nos Estados Unidos, prometido para esta quinta-feira (3). A taxa de desemprego caiu 0,2 ponto percentual em junho, para o menor nível desde setembro de 2008, apesar do aumento da força de trabalho – recuando de um pico de 10% em outubro de 2009, puxada por ganhos em empregos e uma força de trabalho em contração.
 
Em junho, o crescimento saltou e a taxa de desemprego caiu para 6,1%, perto de uma mínima em seis anos. Foram criados 288 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado, segundo o Departamento do Trabalho local. Os dados para abril e para maio foram revisados para mostrar um total de 29 mil empregos a mais criados do que o relatado anteriormente.
 
Os ganhos de emprego em junho foram em todos os setores. Foram abertas 16 mil vagas no setor industrial, um crescimento pelo 11º mês consecutivo, enquanto que os empregos no setor de construção subiram pelo 6º mês seguido. O emprego no setor de serviços disparou em 236 mil, o maior crescimento desde outubro de 2012, enquanto que o governo abriu 26 mil vagas.
 
Essa foi a primeira vez desde o boom de tecnologia, no final da década de 1990, que a criação de emprego cresceu a um ritmo acima de 200 mil vagas por cinco meses consecutivos. A notícia é excelente também para os mercados, onde ainda há preocupações sobre a saúde da economia norte-americana e seu ímpeto, após uma primeira metade de 2014 fraquíssima.

 
A taxa de participação na força de trabalho, ou a parcela de norte-americanos em idade de trabalhar que estão empregados ou buscando um emprego, ficou estável em 62,8%. A parcela de norte-americanos com emprego subiu para 59%, nível mais alto desde agosto de 2009. Com novos pedidos por auxílio desemprego se mantendo a níveis menores e a parcela de empresas que não conseguem preencher vagas abertas aumentando, há pouca dúvida de que o mercado de trabalho está apertando.
 
O tom de confiança na melhoria do mercado provavelmente “contaminará” também a alta cúpula do Federal Reserve: por várias vezes, a atual chair, Janet Yellen, usou a elevação dos números no mercado de trabalho americano como referência para, finalmente, mexer na política econômica e elevar as taxas de juros atuais do país.
 
Os economistas não esperam que o Fed eleve as taxas de juros antes da metade do ano que vem, mas com o mercado de trabalho se estreitando, isso pode mudar.
 
 
Redação

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