Movimentos por contestar vitória de Biden são criticados no Itamaraty

Postura de Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, é criticada por diplomatas, oposta à da mesma comissão no Senado

Foto: EVARISTO SÁ/ AFP

Jornal GGN – Se o despreparo do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já era considerado para minar uma possível indicação a embaixador do Brasil nos Estados Unidos, com a atual postura de não aceitar o resultado das eleições norte-americanas caso conceda vitória a Joe Biden, a aprovação ficou ainda mais distante. Dentro do Itamaraty, há movimentações para negar vitória a Biden.

É o que analisam integrantes do Itamaraty, segundo informações divulgadas por coluna de Bela Megale, do Globo. As chances do filho 02 do presidente já teriam sido minadas, teriam informado diplomatas à colunista.

A avaliação ocorre após o deputado federal questionar a ligitimidade da apuração nos Estados Unidos, em linha idêntica à que vem adotando o próprio candidato à reeleição, Donald Trump, que está prestes a perder o cargo por um vitória do seu adversário, o democrata Joe Biden.

Sem provas de ilegalidades, Eduardo Bolsonaro reproduziu o discurso de Trump, compartilhando em suas redes sociais publicações de Bernardo Küster, blogueiro bolsonarista, que afirmava: “Se isto não é fraude, não sei o que é”, sobre a votação no estado de Michigan. “Estranho…”, havia acrescentado o deputado.

Ainda no ano passado, Jair Bolsonaro afirmou que iria indicar seu filho para ser embaixador dos EUA. Articulando no Senado para a aprovação de seu nome, Eduardo não obteve o suficiente e desistiu da indicação ainda em outubro de 2019, mas garantiu uma vaga como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Ainda, neste cargo de relações internacionais dentro do Congresso, a postura do deputado foi considerada inadequada. Ao contrário de Eduardo, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), negou a possibilidade de se “contestar” o resultado eleitoral dos EUA.

“Foi uma eleição equilibrada. Mas demonstrando uma vantagem ao candidato democrata (Joe Biden), não só no âmbito popular, como também nos colégios eleitorais”, afirmou o senador à coluna de Jamil Chade, do Uol.

O parlamentar acrescentou que “essa foi a vontade do povo americano. “Entendo que, como democrata e respeitador do estado democrático de direitos, não há o que se contestar. Essa foi a vontade do povo americano”, disse.

Dentro do Itamaraty, há movimentações a favor de seguir apoiando as alegações de Donald Trump, de não considerar válida as eleições caso ganhe Joe Biden.

 

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “””Dentro do Itamaraty, há movimentações a favor de seguir apoiando as alegações de Donald Trump, de não considerar válida as eleições caso ganhe Joe Biden.”””

    É só mandar as milícias do COISO…e invadir e propagar, os istaites viraram uma DITADURA COMUNISTA….KKKKKKKKKKKKK

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador