Obama diz que EUA “não vão ceder” no combate ao terrorismo

Jornal GGN – Em viagem à Malásia, pouco antes de voltar para Washington, o presidente norte-americano Barack Obama falou sobre a crise no Oriente Médio envolvendo o Estado Islâmico. Ele disse que ataques contra civis não serão aceitos e que os países aliados “não vão ceder” na luta contra os terroristas.

Obama ainda comentou a intensificação da participação russa no conflito, lembrando que o grupo terrorista é acusado de ter derrubado um avião russo. “Tem que perseguir as pessoas que mataram cidadãos russos”, disse.

Do Valor Econômico

EUA não vão ceder no combate ao Estado Islâmico, diz Obama

KUALA LUMPUR (MALÁSIA)  –  O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu neste domingo que seu país e seus aliados internacionais “não vão ceder” na luta contra o Estado Islâmico e insistiu que não vai aceitar ataques de extremistas contra civis, em Paris e em outros lugares, como “uma nova normalidade”.

Depois de uma viagem de nove dias à Turquia e Ásia, Obama também pressionou o presidente russo, Vladimir Putin, para se alinhar à coalizão e frisou que o grupo extremista é acusado de derrubar o avião russo que caiu no mês passado, em que 224 pessoas morreram.

“Tem de perseguir as pessoas que mataram cidadãos russos”, disse Obama sobre Putin.

O presidente fez as declarações na Malásia, pouco antes de partir para Washington. A viagem também o levou para as Filipinas e Turquia, onde se reuniu com Putin, à margem de uma cúpula internacional.

Embora a Rússia tenha intensificado seus ataques aéreos na Síria, Obama disse que Moscou tem alvejado rebeldes moderados que lutam contra o presidente sírio, Bashar al Assad, um aliado da Rússia. Obama pediu a Moscou para fazer um “ajuste estratégico” e retirar seu apoio a Assad, salientando que a violência na Síria não vai parar enquanto Assad continuar governando. “Mantê-lo no poder não vai funcionar”, disse Obama. 

Quase cinco anos de combates entre o governo de Assad e os rebeldes criaram um vácuo do qual o Estado Islâmico se aproveitou para florescer na Síria e no Iraque. Agora, o grupo armado passa a atuar fora de seu território, com ações como os ataques em Paris em que 130 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

O presidente francês, François Hollande, se reunirá terça-feira com Obama na Casa Branca para discutir como reforçar a coalizão internacional contra os extremistas. Hollande, em seguida, viaja para a Rússia para se reunir com Putin.

As conversas sobre uma coalizão militar para derrubar o Estado islâmico são paralelas às negociações que buscam uma solução diplomática para acabar com a guerra na Síria. Mais de 250 mil pessoas morreram nos combates e milhões foram deslocadas, o que causou uma crise de refugiados na Europa.

Os ministros das Relações Exteriores de cerca de 20 países chegaram na semana passada a um plano ambicioso, mas incompleto, que estabelece a data de 1º de janeiro para começarem as negociações entre o governo de Assad e os grupos de oposição. Em seis meses, as tratativas deverão estabelecer um governo de transição encarregado de montar um calendário para a elaboração de uma nova Constituição e a realização de eleições livres e justas supervisionadas pela ONU, em um prazo de 18 meses.

Os ataques em Paris aumentaram o medo do terrorismo no Ocidente e abriram um debate nos EUA sobre se os refugiados sírios devem ser aceitos. Não está claro se algum dos terroristas que praticaram os ataques em Paris usaram o sistema de refugiados para entrar na Europa, mas Obama insistiu que isso não é uma ameaça real para a segurança dos EUA.

“Os refugiados que acabam nos Estados Unidos são os indivíduos mais filtrados, avaliados, e cuidadosamente investigados que já chegaram à costa americana”, disse Obama.

Mesmo assim, a Câmara dos Deputados aprovou na semana passada um projeto de lei que, na prática, impede o acesso de refugiados sírios e iraquianos. Muitos democratas votaram contra o presidente. Os defensores do texto esperam repetir o sucesso no Senado, enquanto Obama trabalha para limitar a ação a mudanças mais leves nos vistos de entrada, que não afetariam os refugiados sírios.

Obama tem concentrado seu descontentamento nos republicanos, com duras críticas aos parlamentares e aos candidatos republicanos à presidência, acusando-os de agir contra os valores dos Estados Unidos. Neste domingo, porém, adotou um tom mais suave e disse entender as preocupações dos americanos, mas exortou-os a não ceder ao medo.

O Estado Islâmico “não pode nos derrotar no campo de batalha, daí tenta nos aterrorizar, para que tenhamos medo”, disse ele. “Eles são um bando de assassinos com boa mídia social.” (Associated Press)

Redação

14 Comentários

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  1. Agora é tarde. Por pressão

    Agora é tarde. Por pressão dos movimentos sociais que o elegeram retirou as tropas do Iraque sem minimas salvaguardas

    de um governo equilibrado, no dia seguinte em que saiu o ultimo soldado o Primeiro Ministro Nouri Malik começou a matança dos sunitas desarmados gerando imensa  revolta e a determinação destes de se rearmarem, dai nasceu o ISIS cuja espinha dorsal são militares baathistas do exercito de Saddam Hussein. É o fantasma de Hussein que reaparece na cara dos EUA.

    Vão ter que mandar infantaria, para que existe Exército afinal?

    1. Infantaria não

      Eles preferem mandar outros para combaterem em seu lugar. Criaram uma espécie de guerra terceirizada, onde os outros países (ONU) que não têm nada com isso, são obrigados a intervir para por fim ao conflito. Então o capitalismo entra para “reconstruir” o país que eles mesmos destruiram. Nota-se um fato curioso. Esses conflitos só acontecem em países que têm alguma riqueza, no caso do Iraque e agora na Síria são riquíssimos em petróleo.

  2. E como é que fica a história

    E como é que fica a história de que os EUA, voluntária ou involuntariamente, estão bancando o Terrorismo?

    Jogo de cena mais uma vez? Enquanto tentam manter sua volúpia imperialista, tentando a todo custo – lícito e ilícito, justo e injusto – manter a riqueza (ao custo de jogo bruto e predação), o poder e o “modo de vida americano?

  3. Para Obama não existe solução

    Para Obama não existe solução para a crise sem a saída de Assad e a posterior usurpação do poder pelos grupos terroristas que seu país financiou com a ajuda da Arabia Saudita Warrabista.

    Por que tambem não se exige o fim da ditadura saudita como condição para saída de Assad?

    Porque existes ditaduras e ditaduras, existem as ditaduras do bem, que são aquelas que os EUA apoiam e saqueiam e existem as ditaduras do mal, que não se deixam saqeuar pelos EUA, por isso o governo americano apoiam de todas as forma, inclusive com dinheiro e armas os que se opoem a essas ultimas.

    E se não existe oposição nas ditaduras do mal, os EUA criam artificialmente, inventam, faz o diabo para transformar num inferno a vida desses governos, não importando as consequencias para seu povo e tambem de quem está próximo, como a Europa.

    Os EUA é o único grande país do mundo que apoia e financia o terrorismo, portanto é quem mais pode e deve por fim ao mesmo.

    Chega de discurso Obama, aja, mas aja a partir de dentro do seu próprio país e suas engrenagens, se o que quer, e eu duvido que queira, é acabar com o terrorismo, pois ele lhe bem conveniente, né não?

    Agora, dizer que pressionou Putin a fazer parte da coalizão é piada da AP, que mais parece Agencia de Propaganda que de notícias. 

  4. Essa matéria do Valor

    Essa matéria do Valor Econômico é uma piada.

    Fica a impressão que os americanos estão no comando.

    Só ficam sabendo que os russos meteram um míssil no rabo de  um camelo pela tv e querem escolher quem vai comandar a Síria.

     

    1. Os russos perderam mais

      Os russos perderam mais cidadãos seus por ato do ISIS do que os franceses com os atentados de Paris.

      Ninguem está no comando, nem os russos. Essa batalha exige uma  coalizão de forças e é o que está acontecendo.

      Este assunto não admite salto alto, os russos foram derrotados no Afganistão no apogeu da URSS e só estão na Russia pela estupidez dos EUA que se omitiu onde deveria estar e não por falta de capacidade militar.

  5. O Obama, ou seja, os EUA

    O Obama, ou seja, os EUA querem fazer o resto do mundo de besta. Só agora vem com essa conversa de “não ceder” quando foram eles que, por conta do eterno(e põe eterno nisso) contencioso com a Rússia, armaram esses infelizes do ISIS.

    Como sempre, a potência americana só age sob a força de dois vetores: a indução midiática e seus mesquinhos(e letais) interesses geopolíticos. 

  6. Na real

    Obama é mestre em mentir. Pensou que o Presidente Al Assad iria cair rapidamente.  Armou o Daesh até os dentes.

    O governo USA apóia qualquer coisa para matar Al Assad.

     

  7. Aqui no Brasil, os Arabes
    Aqui no Brasil, os Arabes ganharam a guerra facil, facil. Os Kibistas e Esfihistas arrebentam no tempêro, e matam todo mundo de tanto comer kafta, arroz com lentilha e coalhada seca. Tá tudo dominado! Quem é que aguenta?

  8. Decadência

    Indo direto pro buraco, mas ainda assim tentam a tal da “décadence avec élégance”:

    Em 2014, 38% dos trabalhadores americanos recebiam menos de $20,000/ano;  51% recebiam menos de $30,000; 63% menos de $40,000 e 72% menos de $50,000. E querem dar uma de xerifes? 

  9. Claro que vai

    enquanto a CIA, ANS e outras agências vão financiando os “movimentos libertadores” (Bin Laden foi exemplo disso no Afeganistão… até o dia que resolveu mudar de lado, os hoje demônios do Estado Islâmico ajudaram e muito na carnificina na Líbia) e alimentando a indústria de armas e o ódio irracional ao Islamismo… ou alguém acredita que aqueles fuzis automáticos e lança-foguetes que os caras o ISIS usam caíram do céu como dádiva de Alá?

  10. É……………………………

    Fica dificil, muito dificil diante de tantas provas, continuar defendendo o império como alguns sistematicamente fazem !!!!!!!!!!!!!!!!

    Cadê os argumentos ????????????????

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