Jornal GGN – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, programa para a próxima terça-feira (10) um discurso em que vai defender a intervenção militar na Síria. O governo aguarda autorização do Congresso para que a operação seja iniciada e, pela resolução que está em andamento, a ação deve durar até 90 dias, sem a presença de tropas.
A questão tem dividido a opinião pública norte-americana. Enquanto a imprensa informa que a ação deve ocorrer às vésperas das lembranças dos atentados de 11 de Setembro (ocorrido em 2001), o presidente enfrenta divergências tanto no Parlamento como na comunidade internacional.
No último sábado (07), Obama reiterou o que considera ser necessária a intervenção militar na Síria. Ele defende a ação como resposta aos supostos ataques com armas químicas, ocorridos no último dia 21, matando mais de mil pessoas. Para os Estados Unidos, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, é o principal responsável pelos ataques.
Obama disse que os norte-americanos não pretendem se envolver em uma guerra tão longa quanto às registradas com o Iraque e o Afeganistão. Na Cúpula de San Petersburgo, na Rússia, na semana passada, o presidente norte-americano tentou ganhar mais apoio à operação militar. Mas, por enquanto, apenas Reino Unido e França se declararam favoráveis à intervenção.
A iniciativa do governo Obama será discutida nos próximos dias no Senado e na Câmara dos Estados Unidos. O presidente tem apoio no Senado, mas na Câmara a maioria é contra a operação militar. Rússia e China, que têm direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, também rejeitam a ação.
Assad nega responsabilidade
Enquanto isso, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, negou neste domingo (8) que tenha responsabilidade nos ataques químicos registrados no país no último dia 21, matando mais de mil pessoas. Em entrevista à emissora norte-americana CBS, Assad disse não haver provas contra o governo. A entrevista será exibida amanhã (9).
“[Assad] negou saber que houve um ataque químico, não obstante o que foi dito e não obstante a filmagem em vídeo. [Assad] disse que não há provas suficientes para fazer um julgamento conclusivo”, disse o correspondente da CBS Charlie Rose, que entrevistou o presidente sírio.
Os Estados Unidos lideram as acusações de que Al Assad ordenou um ataque químico contra os moradores dos arredores de Damasco. Na entrevista à CBS, Assad desafiou a administração norte-americana a apresentar provas contra o governo sírio. “[Assad] disse não saber se haverá um ataque militar. Disse que [as forças de segurança da Síria] estavam obviamente tão preparados quanto poderiam estar perante um ataque”, acrescentou Rose, citando Assad.
Com informações da Agência Brasil
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Notícias de última hora sobre a Síria
Prezado Nassif,
Dois belgas que foram libertados neste fim de semana, após terem passado quatro ou cinco meses em poder de rebeldes sírios, parecem ter novidades sobre o que está ocorrendo por lá. Um deles, em entrevista à RTL ( veja aqui a entrevista http://www.rtl.be/videos/video/456817.aspx) afirma ter certeza de que não foi o governo sírio que usou armas químicas. Interessante notar que ele é opositor ao governo sírio. Vi uma primeira notícia sobre o assunto no Libération, mas não havia ali qualquer comentário sobre o fato que deverá constranger o governo francês de François Hollande.
Deveremos ter mais revelações nos próximos dias, como diz Pierre Piccinin da Prata em sua entrevista. Espero que a notícia corra o planeta e que as provas que eles dizem ter sobre o assunto sejam mesmo importantes.