50 mil estudantes canadenses em greve contra austeridade

Enviado por Antonio Ateu

do Esquerda.net

Quebec: 50 mil estudantes iniciam greve de 15 dias contra a austeridade

50 mil estudantes do Quebec, Canadá iniciam nesta segunda-feira uma greve de 15 dias. Neste sábado, em Montreal milhares manifestaram-se contra a austeridade imposta pelo governo.
22 de Março, 2015 – 15:39
 
“Recusamos a austeridade” clamaram milhares de pessoas, sobretudo estudantes, neste sábado em Monreal, Quebec

Apesar do mau tempo, muitos milhares de pessoas, nomeadamente muitos e muitas estudantes, manifestaram-se neste sábado em Montreal contra a austeridade.

A partir de segunda-feira, 23 de março, pelo menos 50 mil estudantes do Quebec iniciam uma “greve social” de 15 dias contra a austeridade. O número de estudantes em greve poderá aumentar, porque 180 mil ainda estão a decidir a sua participação na greve.

“Hoje intensifica-se a mobilização. Contestamos um governo irresponsável, que ataca os mais desfavorecidos”, declarou neste sábado à comunicação social Camille Godbout, porta-voz da Association pour une solidarité syndicale étudiante (Assé – associação para uma solidariedade sindical estudantil).

Segundo Camille Godbout, no dia 2 de abril realiza-se uma manifestação nacional estudantil, em que deverão participar mais de 80 mil estudantes.

A manifestação deste sábado foi convocada pela plataforma Printemps 2015, que defende a educação pública e protesta contra a austeridade e também contra o extrativismo petrolífero. Note-se que no Canadá o petróleo de xisto expandiu-se muito nos últimos anos.

A manifestação deste sábado decorreu sob forte vigilância policial, porque a ação foi declarada ilegal pela polícia, dizendo que os organizadores não forneceram o trajeto. A polícia interpelou duas pessoas por terem petardos e uma por participar de cara tapada e deteve uma pessoa por confronto com um polícia. No entanto e perante tão grande participação popular, a polícia acabou por não intervir, fechando apenas algumas artérias da cidade.

A deputada Françoise David, porta-voz parlamentar do Quebec Solidaire, disse à rádio 98.5 FM que o primeiro-ministro do Quebec, Philippe Couillard, líder do partido liberal do Quebec, terá de recuar nas medidas de austeridade.

“Quanto mais as medidas atingirem largos segmentos da população, mais elas vão rebelar-se. Em dado momento, vão dizer: ‘não é mais possível, querer um Estado que não se preocupa com as pessoas’”, declarou à deputada à rádio.

 

Redação

4 Comentários

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  1. “Foro São Paulo chega no

    “Foro São Paulo chega no Quebec”.

    Os coxinhas, muitos com filhos que fazem, fizeram ou irão fazer intercâmbio no Canadá, terão um “tilt”.

    Como que neste país sério, anglo-saxão, norte-americano, rico, sonho de muitos brasileiros oriundos dos “setores mais dinâmicos da sociedade” (APUD FHC), protesta contra a divina austeridade???

  2. Massa de Manobra

    com certeza são massa de manobra de partidos de esquerda. já é fato que no mundo todo os estudantes são um dos principais (senão o principal) público alvo da esquerda progressista.

    o fato mais intrigante é que os que se juntam ao movimento na ingenuidade não entendem absolutamente nada de economia. tudo que é estatal é mais caro e mais ineficiente. se precisamos pagar por escolas, hospitais, porquê esse dinheiro tem de ir primeiro parar na mãos de políticos? é isso o que oes estatistas querem e utilizam vários argumentos ridículos para fundamentar essa tese de que tudo tem que ser público. claro, quanto mais coisas públicas, mais dinheiro nas mãos do governo… no fim, esses estudantes que não são nem um pouco pobres (e só é pobre no canadá quem realmente quer) são simplesmente massa de manobra ao mesmo tempo em que querem que as outras pessoas paguem as coisas pra eles usarem. um típico pensamento egoísta se travestindo de pensamento altruísta…

     

    Mas o Canadá, não a toa que é rico, já aboliu a muito tempo o grande estatismo na qual os governos sulamericanos ainda estão submetidos. por lá não existem tarifas de importação absurdas, proteccionismo, estatização de várias empresas e agências reguladoras para cada setor do mercado, sindicatos que só querem ferrar com os trabalhadores, etc. não é a toa que estão como estão (um dos países mais prósperos do mundo e com maior liberdade econômica)…

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