Suspeito de matar jornalistas disse que sofria discriminação racial

Jornal GGN – Vester Lee Flanagan, suspeito de ter matado dois jornalistas a tiros na manhã de ontem, alegou ser vítima de discriminação racial e assédio sexual. Em um documento enviado à emissora ABC após o ataque, Flanagan dizia que foi assediado no trabalho por ser negro e homossexual.

Flanagan – que, no trabalho, utilizava o nome Bryce Williams – trabalhou junto com a vítimas, Alison Parker e Adam Ward, na emissora da Vírgina WDBJ7, filial da CBS. Ele foi demitido da empresa há dois anos. “Quase desde o primeiro dia apresentou várias queixas contra seus companheiros. Após muitas investigações, tanto internas como externas, todas as acusações se mostraram infundadas”, disse Dan Dennison, diretor de notícias da WBDJ7 quando Flanagan foi contratado, em 2012.

Após os disparos, Flanagan fugiu por mais de cinco horas, quando disparou contra si mesmo ao se sentir encurralado pelos policiais. Horas depois, acabou morrendo no hospital.

Do Estadão

Suspeito de atirar em jornalistas nos EUA alegou motivos raciais

Em documento, Vester Lee Flanagan afirmou que sofria discriminação racial e assédio sexual; tiroteio em Charleston em junho teria motivado o crime

Suspeito de ter matado dois jornalistas a tiros na manhã de quarta-­feira, Vester Lee Flanagan alegou ter sido vítima de discriminação racial em uma entrevista transmitida ao vivo, algo negado por seus ex­-companheiros e ex­-empregadores.

Em um documento de 23 páginas enviado por fax à emissora ABC após o ataque, Flanagan, conhecido como Bryce Williams nos meios de comunicação, afirmou que sua ira “estava crescendo pouco a pouco” por causa de supostos casos de discriminação racial e assédio sexual.

Ele assegurou ter sido assediado no trabalho por ser negro e homossexual, e expressou sua admiração pelos autores de massacres nos EUA como o da escola de Columbine em 1999 e o da Virgínia Tech em 2007, cujo autor, o coreano Seung­hui Cho, diz ter conhecido.

Além disso, Flanagan indicou como motivação de seus atos o tiroteio que aconteceu no último dia 17 de junho em Charleston, na Carolina do Sul, no qual um jovem branco assassinou nove fiéis de uma igreja negra com o objetivo de iniciar uma “guerra racial”.

“O tiroteio na igreja foi o ponto final, mas minha ira cresceu ao longo do tempo. Fui um barril de pólvora humano durante muito tempo só esperando para fazer BOOM!”, afirmou o repórter no documento divulgado pela ABC.

No documento, que o próprio autor classifica como uma “nota de suicídio para os amigos e a família”, Flanagan insiste em repetidas ocasiões que sofreu ao longo de sua vida por ter sido atacado por homens e mulheres brancos em razão de sua condição de negro e homossexual.

Histórico. Dan Dennison, diretor de notícias da WBDJ7 quando Flanagan foi contratado em 2012 e também quando foi despedido um ano depois, disse à emissora americana CNN que a demissão foi motivada por seu comportamento, e que no dia em que lhe comunicou, tiveram que chamar a polícia para levá-­lo para fora do edifício.

“Quase desde o primeiro dia apresentou várias queixas contra seus companheiros. Após muitas investigações, tanto internas como externas, todas as acusações se mostraram infundadas. Eram supostos casos, em sua maioria de discriminação racial, mas não encontramos nenhuma prova que alguém tivesse discriminado este homem”, relatou Dennison.

Os meios de comunicação americanos falaram com vários ex­c-ompanheiros de Flanagan, que em sua maioria concordaram que ele era uma pessoa “difícil de trabalhar”.

Em sua conta no Twitter, Flanagan acusou a repórter a quem assassinou esta manhã, Alison Parker, de ter “realizado comentários racistas”, e o cinegrafista, Adam Ward, de “ter ido à área de recursos humanos” após trabalhar com ele em uma ocasião.

No entanto, o diretor­geral da emissora, Jeff Marks, explicou que Flanagan e Parker não chegaram a trabalhar para o canal de televisão ao mesmo tempo, uma vez que ela foi contratada após sua demissão.

Já Ward, que trabalhou na emissora ao mesmo tempo que Flanagan, foi o responsável de filmar a chegada da polícia ao edifício da televisão no dia da demissão do repórter.

O histórico de Flanagan por questões raciais é longo. No ano 2000, ele apresentou uma denúncia contra outra rede de televisão para qual tinha trabalhado, a WTWC-­TV de Tallahassee (Flórida), por suposta discriminação racial depois que a emissora decidiu não renovar seu contrato.

Alison Parker, jornalista de 24 anos, e Adam Ward, cinegrafista de 27, ambos brancos, morreram ontem durante transmissão ao vivo para o canal local da Virgínia WDBJ7, filial da CBS, após serem baleados por Flanagan. Ele havia sido despedido há dois anos pela emissora.

Após os disparos, Flanagan iniciou uma fuga de mais de cinco horas na qual finalmente disparou contra si mesmo ao se sentir encurralado pelas autoridades. Horas depois, acabou morrendo no hospital.

 

Redação

15 Comentários

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  1. Já imaginaram se a moda pega

    Já imaginaram se a moda pega por aqui ?

    Se os petralhas resolvessem fazer justiça com as próprias mãos contra o joralista do PIG.

    Seria uma grande carnificina.

    1. Coitados dos piguentos. Olha

      Coitados dos piguentos. Olha o vexame, a humilhação que passam constantemente,   como a Tucanhede ontem. Eles já estão mortos por dentro.

  2. Gilson, parece que a obsessão não é bem dos petralhas.

    Sugiro que teus colegas se afastem de ti, pois quem vê petralhas em todas as notícias está desenvolvendo um comportamento obsessivo, logo passível de atitudes como a do assassino.

    CUIDADO PESSOAL! Se alguém conhecer a identidade do nosso obsessivo que alerte aos colegas.

  3. Não é filial, é afiliada

    A WDBJ não é emissora própria da CBS TV Network, ou seja, não pertence ao grupo econômico Columbia Broadcasting System. Ela integra a rede por meio de um contrato de afiliação.

  4. Da mesma forma…

    … que a elite nos restaurantes chiques estão fazendo com membros do governo?

    Que tal o Alckimin ser vaiado ao entrar em um restaurante por causa da Alstom…

    Ah… Não vem ao caso…

  5. ele sofria racismo e assédio

    ele sofria racismo e assédio então foi lá e EXECUTOU os dois…

    bastante proporcional a reação dele.

    na verdade é um desequilibrado que na falta de argumentos arruma o que mais lhe seja favoravel…

  6. Aa primeira vista, o

    Aa primeira vista, o historico dele mostra aleijante complexo de inferioridade, e ta na cara que teria tendencia psicopata mesmo.

    Ah, se Cunha fosse preto…  Mesmo historico, mesma mostra, mesma tendencia.

    1. (tangente, Stanis)

      Nao tive paciencia pra ver inteiro, Stanis, mas isso eh video de brancos.  Nos EUA voce nao conseguiria pagar um preto pra o assistir.

      1. “The animated music

        The animated music video depicts the band’s wraith-like mascot “The Guy” — who appears on the group’s album covers — shooting robotic television anchors in a newsroom, then bursting into the station’s control room and similarly dispatching several demon-like workers with glowing eyes. The ad Warner Bros. pulled contained footage of the shootings in the control room.

        In the video, “The Guy basically plays the hand of God,” Disturbed drummer Mike Wengren told USA TODAY two weeks before the shooting. “He sees the media and the world running amok, and he comes down to save everyone. He goes down and takes out the mind-controlling media.”

        Posted in June, the video for The Vengeful One has more than 5.5 million views on YouTube.”

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