Áustria diz que Grécia age como “agência de viagens” de refugiados

Da Agência Brasil

O chanceler da Áustria, Werner Fayman, acusou hoje (28) a Grécia de se comportar “como uma agência de viagens”, por encaminhar os requerentes de asilo para outros destinos europeus, em vez de acolhê-los no país.

“Eu não compreendo a política dos gregos. É inaceitável que a Grécia atue como uma agência de viagens”, que encaminha os refugiados para outros destinos europeus, criticou Werner Faymann ao jornal diário Österreich. O chanceler acrescentou que a Grécia recebeu no ano passado 11 mil requerentes de asilo e a Áustria, 90 mil.

O desentendimento entre Viena e Atenas intensificou-se depois de a Áustria ter definido, há cerca de uma semana, cotas para imigrantes que pretendam entrar em seu território, imitando os seus vizinhos nos Balcãs, o que criou um gargalo na Grécia.

A Áustria, que tem 8,5 milhões de habitantes, enquanto a Grécia tem aproximadamente 11 milhões, afirma que é um dos países da União Europeia que acolheram mais migrantes por habitante no ano passado, depois da Suécia.

O país aceitou receber cerca de 37,5 mil refugiados suplementares este ano. Algo que, se fosse aplicado em toda a União Europeia, permitiria acolher 2 milhões de migrantes, segundo Werner Faymann.

Em 2015 alcançaram as costas gregas a partir da Turquia cerca de 851 mil migrantes e refugiados, com 103 mil salvos pela guarda costeira. A maioria era proveniente da Síria (57%), do Afeganistão (24%) e do Iraque (9%).

 

Atenas argumenta ter gasto mais de 350 milhões de euros apenas em operações de resgate, transporte, acolhimento e realojamento dos refugiados. Dos 446 milhões de euros de financiamento prometidos por Bruxelas – com um quarto desse valor a ser pago pelos contribuintes gregos –, foram disponibilizados apenas 33 milhões de euros para dar resposta à crise migratória.

Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Já houve um outro chanceler

    Já houve um outro chanceler de origem austriaca bastante intolerante com populações de origem semitica, só espero que esse aí não venha com uma “solução final” para o problema dos refugiados, problema esse em grande parte acarretado pela politica incendiaria da União Européia para com aquela região.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador