Jornal GGN – O presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, deu posse a novos ministros do gabinete do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. As mudanças ocorrem pouco tempo depois do fracasso da tentativa de diálogo com a oposição (Partido Socialista) e da constituição de um governo de “salvação nacional”, pedido por Cavaco Silva.
Em nota divulgada nesta terça-feira (23), Cavaco Silva anunciou que acolheu a nomeação de Paulo Portas (ex-ministro dos Negócios Estrangeiros) como vice-primeiro-ministro. Para o lugar de Portas, Passos Coelho indicou o advogado e político social-democrata Rui Machete. Também serão empossados os novos ministros da Economia (António Pires de Lima, economista ligado ao Centro Democrático Social – Partido Popular) e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (Jorge Moreira da Silva, coordenador da direção nacional do Partido Social Democrata).
A sétima reforma ministerial de Passos Coelho em dois anos de mandato não altera a base parlamentar aliada que sustenta o governo, mas amplia para 14 o número de ministérios (originalmente eram 11). Além dos novos nomes, o primeiro-ministro redistribuiu atribuições do agora chamado Ministério Agricultura e do Mar (comandado por Assunção Cristas) e do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (chefiado por Luís Mota Soares).
A remodelação não acaba com os problemas do governo. A oposição critica a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, há menos de um mês no cargo, e que foi desementida por ter feito declaração na Assembleia da República de que desconhecia empréstimos de empresas estatais remunerados por contratos do tipo swap (feito no governo anterior do socialista José Sócrates) – com juros pré-fixados, que não diminuíram com as baixas dos juros decretadas desde a crise financeira internacional (2008) e tornam o pagamento dos empréstimos mais caros.
Além das dificuldades com a oposição, o governo de Pedro Passos Coelho sofre grande desgaste junto à opinião pública por causa das políticas econômicas de austeridade (com cortes em gastos sociais), do forte desemprego (a terceira maior taxa da Europa) e da recessão (30 meses de diminuição do Produto Interno Bruto). As informações são da Agência Brasil.
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