Parlamento do Chipre aprova plano de ajuste da troika

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O parlamento cipriota aprovou o plano apresentado pela troika – Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu – pela margem necessária, e o país vai receber em troca 10 bilhões de euros. Contudo, uma série de medidas consideradas impopulares precisarão ser implementadas, como o corte salarial do funcionalismo público e aumento de encargos, além da reestruturação do setor bancário.

A questão dividiu as autoridades. Embora o presidente do país afirme que a medida permitirá que o país respire em meio aos problemas, outros afirmam que o PIB (Produto Interno Bruto) cipriota pode se reduzir em até 40% durante o período de aplicação das regras.

Da Agência EFE

Atenas – O Parlamento do Chipre aprovou nesta terça-feira o plano de ajuste estipulado com a troika internacional em troca do resgate no valor de 10 bilhões de euros para a ilha mediterrânea.
Votaram a favor do memorando 29 deputados, exatamente o número necessário para se conseguir maioria, enquanto 27 parlamentares se opuseram ao plano.
O programa de resgate da troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) tem uma série de contrapartidas, entre as quais figuram a reestruturação dos bancos, altas de impostos e cortes salariais no setor público.
O presidente do Chipre, Nico Anastasiadis, disse antes da aprovação que o plano permitirá ao país respirar e superar a crise.
Averof Neofitu, líder do partido DISY, que faz parte da coalizão de governo, reconheceu que o Chipre tem um caminho difícil pela frente, que incluirá uma “profunda recessão para conseguir a estabilidade”.
“Nós calculamos que a recessão será mais profunda do que a que vimos em Portugal e em outros países”, disse.
O líder do partido ecologista, Yioryos Perdikis, previu que o PIB do país irá sofrer uma queda de 40% nos anos em que o plano estará sendo aplicado e por isso sua legenda não o apoiou.
Já o presidente do partido centrista DIKO, Marios Karoyian, qualificou de “injusta, irracional, dura e violenta” a decisão do Eurogrupo de impor este programa de ajuste, mas admitiu “que infelizmente não temos outra opção que não aceitar as condições do memorando”. 
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Lourdes Nassif

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