Presidente croata defende barreira contra entrada de refugiados

Da Agência Brasil

A presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, defende a construção de barreiras na fronteira que impeçam a entrada ilegal de refugiados, informa o diário Jutarnji list na edição de hoje (14).
 
“Julgo que, no futuro, será necessário algum muro ou um obstáculo físico”, afirmou a chefe de Estado, que também se opôs às cotas de distribuição decididas na União Europeia, rejeitadas também por outros países do Centro e Leste da Europa, como a Hungria e Eslováquia.
 
“Estou de acordo que as cotas não são a solução”, disse Kolinda, em oposição ao governo de centro-esquerda croata, que aceitou a medida.
 
Grabar-Kitarovic defendeu a posição da Hungria, criticada pelo governo de Zagreb, a sua atitude repressiva em relação aos refugiados e a construção de barreiras e muros nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para controlar a chegada.

 
“A proteção das fronteiras é um direito de cada Estado”, comentou.
 
A presidenta destacou que, segundo os dados da Organização das Nações Unidas, existem 60 milhões de refugiados no mundo e assegurou que “nem a Croácia nem a UE podem absorver tudo isso”.
 
A Croácia promove em 8 de novembro eleições legislativas. As pesquisas mostram votação muito próxima entre os blocos liderados pelos sociais-democratas do SPD e os conservadores da União Democrática Croata (HDZ), ao qual pertence a chefe de Estado.
 
Cerca de 173 mil refugiados entraram na Croácia desde meados de setembro, quando a rota dos Balcãs utilizada pelas pessoas provenientes do Oriente Médio e da Ásia se desviou para o país devido ao “muro de proteção” construído pela Hungria na fronteira com a Sérvia.
 
Parte considerável dos refugiados está sendo encaminhada pelas autoridades croatas em direção à Hungria. Em seguida, eles cruzam a Áustria em direção à Alemanha, onde a maioria pretende pedir asilo.
Redação

4 Comentários

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  1. Na Segunda Guerra os croatas

    Na Segunda Guerra os croatas foram aliadissimos da Alemanha nazista, Ante Pavlic, o lider croata foi colaborador dos campos de exterminio, com pesadissima ficha de crimes de guerra, conseguiu sumir e fugir antes do fim da guerra,

    dizem que com a juda do Vaticano.

      1. O Coronel Otto Skozerny

        O Coronel Otto Skozerny refugiou-se e  viveu na espanha franquista, morava em Madrid, suas memorias publicadas pela editora da Biblioteca do Exercito tem uma carta dele autorizando a publicação, data de Madrid e em espanhol. Tinha uma firma de importações e parece que morreu na Espanha.

  2. Realidade

       Caro AA, 

       As vezes algumas descisões de Bruxelas/Berlin/Paris , creio que só são tomadas com objetivos midiáticos ou de uma ansia européia de apresentar uma “unidade” , que neste tópico referente a acolhida de refugiados, não encontrará resposta satisfatória, aliás nenhum tipo de reflexo positivo, em paises como : Hungria, Polonia, Sérvia, Eslovenia, Rep. Tcheca, Romenia, Bulgaria, Eslovaquia e Croacia.

       São paises de forte identidade nacional, xenofobos, que mesmo após mais de 50 anos de dominação externa, ou mesmo quando tiveram que unirem-se em uma unica republica “popular” ( Tchecoslovaquia, Yugoslavia ) devido a composições politico – ideológicas, as identidades nacionais de origem foram preservadas, em alguns casos exarcerbaram-se * com o decorrer do tempo e as repreensões dos “estados organizados”.

         No caso das ex-republicas que compunham a Yugoslavia, tais fatos, tal realidade, é flagrante, os “puros” cidadãos, os que não se miscigenaram a época da Yugoslavia,lograram permanecer com seu nucleo familiar etno – religioso “puro”, são a casta dirigente destas novas republicas pós – 1990, já na Hungria,pelo “nome” ( patronimico ), mesmo que de gerações nascidas em território hungaro, é possivel “selecionar” uma pessoa, qual a “identidade dela” , se magyar ( hungaro “verdadeiro” ), austriaco, alemão, eslavo etc…

          Não faço qualquer juizo de valor referente a estas posições, mas acreditar que tais paises venham a aceitar imigrantes/refugiados vindos de culturas tão dispares, até antagonicas, é acreditar em Papai Noel, Coelho da Pascoa, Saci – Perere.

           * Há muitos anos, antes do debacle soviético, a questão que mais preocupava o Kremlin de Moscou, não era a NATO, Reagan/Tatcher, Afeganistão etc…, era a “Questão das Nacionalidades”, o sempre nacionalismo presente, o qual os processos de “russificação” não conseguiram conter , o Mal. Tito ( Yugoslavia ) tambem tinha neste problema sua maior preocupação.

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