Jornal GGN – O banco central da Rússia não alterou as principais taxas de empréstimo em reunião regular nesta sexta-feira (14), depois de elevá-las inesperadamente há duas semanas.
Após a declaração do presidente Vladimir Putin, de que tinha o direito de invadir a Ucrânia, os ativos do país caíram e foi preciso uma medida emergencial de recuperação.
O BC russo disse que não vai afrouxar a política monetária nos próximos meses, uma vez que o enfraquecimento do rublo pressiona a inflação. A taxa de recompra de uma semana foi mantida em 7%, depois que o BC a elevou em 1,5 ponto percentual em 3 de março para evitar a fuga de capitais do país.
Para a autoridade monetária local, a prioridade é conter o efeito da dinâmica da taxa de câmbio do rublo sobre a inflação e manter a estabilidade financeira. Por esta razão, o banco não pretende reduzir a taxa nos próximos meses.
O momento financeiro e político da Rússia se mostra delicado, com o rublo acumulando queda de 11% contra o dólar este ano, pressionando os preços ao consumidor. O BC gastou ao menos US$ 16 bilhões em março para evitar a rápida desvalorização.
O impasse com o Ocidente sobre a Ucrânia e o referendo de domingo na região ucraniana da Crimeia sobre se fará parte da Rússia tem afetado os ativos russos. O BC foi forçado a deixar de lado a mudança há tempos prometida de trabalhar sobre uma meta de inflação.
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14 de março de 2014Não ouçam
14 de março de 2014
Não ouçam o que eles dizem. Vejam o que eles fazem
14/3/2014, The Saker, Vineyard of the Saker “Don’t listen to what they say – look at what they do”Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
The Saker
Não é fácil, mas tentem o seguinte experimento. Imagine, só por um momento, que você é ser humano fundamentalmente decente e honesto, o qual, por uma virada irônica da história, foi posto no poder durante insurreição armada conduzida por bandidos neofascistas que não representam a maioria do povo do seu país. E, agora, eles chegam e dizem que querem participar do novo governo. Claro que, sendo você um ser humano decente e honesto, está desconfortável na nova situação, mas, sendo as coisas como as coisas são, você tem de aceitar os fatos em campo e tomar uma decisão pragmática: ou incluir alguns deles no seu novo governo recém formado, ou ser derrubado por eles e entregar o governo a eles. O que você faria? Suponho que você teria de dar alguns ministérios aos neofascistas. Que ministérios você daria? Entendo que a abordagem lógica seria dar a eles ministérios nos quais eles pudessem fazer serviço meio decente, com o que se reduziria o dano que aqueles alucinados poderiam causar ao seu país, certo? Pensando assim, eis o que eu faria: 1) Daria a eles o Ministério dos Esportes e da Juventude (nazistas e fascistas são bons nos esportes e em questões de saúde); 2) Daria a eles o Ministério dos Transportes (trens que obedeçam aos horários não fazem mal a ninguém); 3) Daria a eles o Ministério da Infraestrutura (Hitler construiu ótimas estradas); 4) Daria a eles o Ministério da Política Agrária e Alimentos (não houve desabastecimento nem na Berlin de 1945); e 5) Daria a eles o Ministério dos Assuntos de Meio Ambiente (os pagãos com frequência endeusam a natureza). Seria de supor que Iatseniuk fizesse alguma coisa semelhante a isso, certo? Pois NÃO FEZ. Vejam onde ele pôs os seus neofascistas: Vice-Primeiro Ministro: Alexandr Sych (Partido Svoboda) Ministro da Defesa: Igor Teniukh (Partido Svoboda) Ministro do Interior: Arsen Avakov (oficialmente, é membro do Partido da Pátria, mas, na realidade, é agente a serviço do Setor Direita) Presidente do Conselho de Defesa e Segurança Nacional: Andrei Paribii (do Partido Nacional-Social da Ucrânia) Vice-presidente do Conselho de Defesa e Segurança Nacional: Dmitri Iarosh (Setor Direita). Não é impressionante?! Os neofascistas foram postos em todas as posições de poder, as que em geral chamam-se posições das “estruturas do poder”. Em vez de pô-los em postos onde só poderiam causar dano mínimo, Iatseniuk pôs os neofascistas em todas as posições nas quais ele podem causar dano máximo e são mais perigosos. [De fato, é claro, eles – os neofascistas – é que puseram Iatseniuk no lugar onde hoje está, não o contrário; mas para quem queira continuar a crer no mito “democrático”, aí está um pensamento que, para nós, é proibido]. Por tudo isso, o que pensarmos, nós, de Iatseniuk, Klitschko e outros? Que são fascistas acovardados ou que, de fato, são cúmplices assumidos e ativos de um golpe neofascista? Entendo que é absolutamente impossível negar os seguintes fatos: 1) o regime que está no poder em Kiev foi imposto lá por uma insurreição neofascista armada; e 2) o regime que está no poder em Kiev continua a ser integralmente controlado por neofascistas. Esse é o governo que EUA e União Europeia estão apoiando: governo de completos, sinceros, convictos, violentos, odiosos neofascistas. E, outra vez, a Rússia levanta-se, sozinha, contra todos esses. Alguma novidade?