Osasco em perigo, e daí?

A cidade onde eu moro é uma das mais atingidas pela pandemia no Estado de São Paulo. O bairro em que eu moro começou a aparecer nas estatísticas municipais no início da crise sanitária.

Um dos motivos para o sucesso do COVID-19 foi a incapacidade das autoridades em interromper festas populares e cultos evangélicos. Em meados de maio e durante todo o mês de junho, porém, o silêncio foi a regra na região onde moro.

Em 18/07/2020 voltou a ocorrer a festa popular que era realizada toda sexta-feira nas imediações do condomínio onde moro. Ela começou a noite e terminou mais ou menos às 3,20 da madrugada. Nenhuma autoridade municipal, estadual ou policial interrompeu a rendezvous.
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Hoje, 19/07/2020, foi a vez dos evangélicos voltarem a se reunir nas proximidades da minha residência.
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Os “manos” do funk e os maníacos religiosos parecem estar disputando quem vai infectar e matar mais cidadãos osasquences durante a pandemia. A tolerância das autoridades municipais, estaduais e policiais é um complicador.

78 mil mortos e a contagem de corpos ainda está longe de terminar. Quantas pessoas mais terão que morrer nos Hospitais da região de Osasco para que as autoridades façam o que se espera delas?

Os parentes dos jovens irresponsáveis e dos fanáticos religiosos também estão sujeitos ao contágio. Portanto, uma pressão adicional sobre o SUS em Osasco será inevitável na próxima semana. Essa tragédia não terá fim enquanto as pessoas não forem compelidas a ficarem casa.

Fábio de Oliveira Ribeiro

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