Gostaria de levantar algumas coisas discutíveis sobre o novo regulamento da FIA para a temporada 2011 da fórmula 1. Ao longo dos últimos anos, a FIA vem tentando – ainda que de modo artificial – aumentar as condições de ultra-passagem da fórmula e evitar o “carrossel” que acontece do início ao fim dos grandes prêmios.
Vamos as mudanças (Todas são traduções livres do site da Fómula 1):
– O artigo 39.1 que regia sobre ordens de equipe foi deletado. Porém, as equipes serão lembradas que qualquer ação passível de levar o esporte à má reputação será tratado sob o artigo 151c do código internacional de esporte (Internacional Sporting Code).
Esse artigo parece que nunca foi levado a sério. Até porque não rendeu nada para a Ferrari o escândalo no GP da Alemanha.
– Alterações na lista de penalidades que os fiscais de prova (Stewards) poderão aplicar.
– Revisões na direção e na condução do pilotos.
Isso ficou muito vago. Mas fala-se muito da questão de espremer adversários contra o muro (Alô Rubinho), jogar adversários para fora da pista.
– Um limite na largura da faixa da saída do pit-lane.
O Fast lane é aquela faixa na saída do pit-lane onde acaba a restrição dos 80 km/h dos boxes. Nas temporadas 2009 e 2010 vimos muitas disputas nessa faixa.
– Introdução de regra que permita o diretor de prova fechar o pit-lane durante um GP por razões de segurança.
– Reintrodução dos pneus intermediários para 2011.
Isso é só uma questão de nome. O pneu “intermediário” já existe e é usado.
– Penalidades a serem aplicadas aos pilotos que não usarem ambas especificações de pneus para pista seca na prova.
– As caixas de câmbio deverão suportar 5 corridas consecutivas, ao invés de 4 atualmente
Cara, qualquer regulamento que faça os projetistas coçarem a cabeça tem meu apoio. Não basta fazer algo bom, tem que aguentar.
– Regra mais clara sobre o momento em que o monoposto pode ultrapassar o carro de segurança (safety car).
– Refinamento no princípio do regulamento já aprovado sobre a asa traseira móvel.
Isso vai dar o que falar. Bem, esse ano de 2010, a Mclaren trouxe o conceito de asa-duto. Um duto colhia o ar na dianteira do carro e esse ar desviava parte do fluxo de ar que entrava pela abertura superior do carro para a asa traseira. Na asa traseira, há uma pequena abertura. Esse ar desviado meio que corta o vácuo da asa traseira e permite que o carro desenvolva mais velocidade final de reta.
A asa-duto (alguns chamam de F-duct) foi banido. Em compensação a organização trouxe a idéia da asa traseira ser ajustável durante a corrida. O como será ajustável, o quanto e o quando é a grande questão.
– Melhor definição do plano de referência, reforço no teste de flexão das partes do carro, especialmente na parte dianteira do plano de referência.
Aqui eu peço ajuda para tentar descobri o que querem dizer com “plano de referência”.
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