A autossabotagem financeira

Quando nos dispomos a aprender algo novo ou precisamos adquirir algum tipo de conhecimento, na verdade estamos criando oportunidades para gerar mudanças. Com o nosso patrimônio funciona da mesma forma. Se tomamos a decisão de enriquecer, precisamos mudar nossas atitudes e também nosso modo de pensar.   
 
Buscar informações sobre as melhores aplicações, instituições, prazos, rentabilidade, fazer cursos e entender o mercado em geral já se tornou mais fácil, visto que existem muitas ferramentas disponíveis, como publicações especializadas, portais na internet e inúmeros profissionais do mercado financeiro que opinam sobre o assunto diariamente.
 
Mas em contrapartida, mesmo após tomar conhecimento de como gerir o dinheiro de forma inteligente ainda há um percentual muito grande da população que tem dificuldade em colocar as lições em prática. Quais poderiam ser essas barreiras que impedem o alcance de nossa felicidade e independência financeira?
 
Quando decidimos mudar nossa situação financeira temos que abandonar velhos hábitos, aprender novos conceitos e experimentar novas soluções. Afinal, o que já fazemos não dá o resultado esperado, devemos parar de nos autossabotar financeiramente.
 
Um comportamento financeiro inadequado não é privilégio de nenhum grupo específico. Independente se a renda é de um ou 10 salários mínimos, sempre haverá as mesmas crenças limitando a prosperidade financeira. Pensar que o dinheiro não proporciona felicidade, que ter muito dinheiro nos torna uma pessoa de pouco caráter, ou que ser milionário é apenas possível para poucos são apenas as crenças mais comuns que atrasam nossa felicidade financeira.
 
A falta de motivação externa é outra barreira que impede o sucesso financeiro. Ter um bom exemplo para ser seguido nos impulsiona de forma inteligente a adotar os mesmos padrões de quem conseguiu zerar ou diminuir suas dívidas e mudou completamente seu padrão de vida.
 
Frequentemente, nas aulas ou reuniões da Academia do Dinheiro, tomo conhecimento de histórias de pessoas que pararam de se sabotar e conseguiram sair da condição de devedor e hoje já  possuem um patrimônio de qualidade. São pessoas que trocaram experiências, conseguiram identificar os obstáculos na sua vida financeira, e além de derrubar as velhas crenças, assumiram uma nova postura em relação ao dinheiro. Por isso, sugiro que façamos algumas perguntas para nos auxiliar nesse processo. “Quais crenças limitam nosso desenvolvimento?”, “Quais os passos que devo tomar para modificar minha situação financeira?”, “Quais escolhas devo fazer em relação ao meu dinheiro para que seja possível realizar meus sonhos?”, “Quais obstáculos que devo identificar no meu planejamento?”, e finalmente, “Quais as atitudes que devo evitar?”. 
 
 A falta de disciplina, sem dúvida, também atrapalha qualquer meta de se tornar um milionário, pois se não há um foco claro do que se deseja, torna-se muito mais complicado escolher qual o caminho mais adequado a se seguir.
 
Outra característica que sempre observo e que tem a capacidade de destruir o patrimônio é que sempre achamos que merecemos recompensas. Claro que merecemos, mas também nesse quesito precisamos pensar em uma recompensa permanente, que nos traga uma felicidade financeira duradoura e não passageira. 
 
Na realidade, esses gastos, às vezes imperceptíveis, que nos trazem uma felicidade imediata acabam desestruturando nosso orçamento. Pois nenhuma aplicação financeira nos trará resultados se continuamos com pensamento e ações limitantes.
 
Ouvir quem já alcançou o sucesso financeiro, além de um incentivo, é a prova que seguindo os passos certos e ter orientação profissional adequada são os melhores recursos para o crescimento patrimonial. 
 
Pense nisso!
 
Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros Separe uma verba para ser feliz e A receita do bolo
Redação

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