A segurança da carteira de investimentos move conservadores

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

 

 

O investidor médio brasileiro apresenta um perfil variado. Vai desde o investidor de poupança, o investimento mais seguro e tradicional, até os que se aventuram na Bolsa para ganhar ou perder. Tomando por base que perda não é uma palavra aceitável para os mais conservadores nos investimentos, a solução acaba por passar pelas diversas opções no mercado de renda fixa.

Antes de investir, é preciso entender os motivos que o levam ao ato e os fatos que cercam as possibilidades. Ter em mente o tempo de investimento e a destinação dos recursos auferidos é um ponto. Outra questão é definir o montante a ser investido, diretamente ou mesmo em parcelas mensais. E, por fim, a devida busca de informações sobre os investimentos pretendidos. Isso posto, parta para o mercado, com a certeza da modalidade bem como dos riscos inerentes a ela.

Mas mercado de renda fixa tem seu porquê. A segurança é grande já que, diferente do de renda variável, não são necessárias as operações de hedge, o que delimita ganhos mas garante em segurança. Aqui incluímos a poupança, além de CDBs, fundos referenciados DI, LFTs, LTNs NTN-Bs e fundos de renda fixa. Esses investimentos conservadores, geram juros, e se contrapõem aos de renda variáveis, representados principalmente por ações e fundos imobiliários, com ganhos diferenciados.

Dos fundos imobiliários, pausa para as LCIs, ou Letras de Crédito Imobiliário, que apresentam vantagens, que é a isenção do Imposto de Renda, baixo risco e proteção até R$ 70 mil do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e remuneração atrelada a um índice de preços. As desvantagens estão relacionadas à carência para saque, contra-indicada para os que necessitem do dinheiro a curto prazo, e ao alto valor inicial, que pode chegar a um mínimo de R$ 30 mil.

Outra modalidade que agrega segurança aos seus ganhos, dentro do cardápio renda fixa, refere-se ao Tesouro Direto. Esses títulos têm, por finalidade, captar dinheiro para o financiamento da dívida pública e demais atividades do governo federal, Assim, quem compra uma parte qualquer desta dívida, recebe juros do governo por isso. O Tesouro Nacional garante a liquidez, com rendimentos que podem ser pré ou pós-fixado, em qualquer prazo, isto é, curto, médio ou longo e o valor a ser investido pode ser bem pequeno. Para aplicar nos TTDs, o investidor pode utilizar-se de corretoras ou mesmo comprar e vender seus títulos diretamente pela internet, necessitando, para isso, ter CPF, conta em instituição financeira e pedir que ela forneça uma senha para poder operar através do site do Tesouro Direto (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto).

 

Fundos de Capital Protegido

Um olho na segurança outro no contrato

Para aqueles que não são muito afeitos aos riscos de aplicações de renda variável, o mercado oferece os fundos de capital protegido, que agregam alguns dos ganhos da renda variável mas, ao mesmo tempo, oferecem proteção ao capital investido, com cláusula que garante a retirada, no mínimo, daquilo que se aplicou.

A modalidade tem sido bem vista por aplicadores mais conservadores, por agregar a possibilidade de ganhos de um com a segurança de outro. Esses fundos permitem resgate antes do vencimentos do prazo e são oferecidos, também, por bancos de varejo. As carteiras são diversificadas podendo congregar desde crédito de carbono até o mercado doméstico chinês.

A segurança permite que o investidor médio dê um passo a mais na modalidade, apostando com segurança em outra modalidade de investimento. Mas todo novo investimento deve vir acompanhado das informações básicas, que são inerentes a cada fundo.

Segundo Mauro Calil, educador financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, os Fundos de Capital Protegido surgem no mercado como uma opção interessante. Entretanto, o profissional alerta para a necessidade de uma leitura atenta do estatuto. Segundo ele, há algum tempo atrás, ao analisar o material de um desses fundos, deparou-se com cláusula que repassava perdas ao associado, ou seja, em cláusula o cliente se dizia ciente de que poderia ter perda, o que foge completamente da lógica.

 

Investimento

O que se deve observar antes do desembolso

Investir é bom, mas dormir tranqüilo é melhor. Assim, se pretende investir, procure aquele que não tire o seu sossego e que não coloque em risco sua saúde financeira.  Tolerância ao risco, geralmente, significa que você poderá ter um potencial de ganho e também de perda em aplicações de renda variável.

Para encontrar o investimento ideal você precisa, em primeiro lugar, entender qual é a sua tolerância ao risco, seu objetivo e o prazo que deseja investir. Foque no seu objetivo, pois é ele quem deve guiar seus investimentos. Longo prazo permite um namoro maior com o risco, pois que tem maior potencial de retorno. O tamanho do risco, entretanto, deve ser ponderado de acordo com cada perfil de investidor. Se a opção recair sobre o curto prazo o ideal é fugir das aplicações de alto risco, sob pena de enfrentar perdas e não ter tempo suficiente para recuperá-las. O prazo, por fim, é aquele que se relaciona com a conquista de seus objetivos e com aderência ao seu perfil como investidor, se mais conservador ou mais arrojado.

É sempre bom lembrar que aplicações de risco podem trazer um retorno financeiro maior, mas também podem fazer com que se perca muito dinheiro no curto prazo. Os investimentos conservadores podem trazer um pequeno retorno no curto prazo, mas no longo prazo podem fazer com que seu capital seja corroído pela inflação.

Antes de começar a aplicar, conheça o mercado, procure se informar sobre os tipos de investimentos que mais se adequem ao seu perfil e, é claro, tenha absoluta certeza que tenha o prazo certo e a medida exata de suas expectativas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador