Pesquisa de juros aponta redução nas taxas para pessoa física e jurídica em setembro

Jornal GGN Há quatro reuniões consecutivas o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vem mantendo a taxa básica de juros da economia em 11% ao ano. A expectativa é a de que os efeitos da taxa Selic sobre a inflação comece a se materializar. Projeções coletadas no mercado pela instituição apontam que queda no médio prazo, mas permanecendo ainda acima da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A trajetória das taxas de juros ao consumidor segue esta tendência de estabilidade podendo apresentar pequenas variações. É o que mostra a última Pesquisa de Juros divulgada pela a ANEFAC (Associação Nacional de Executivas de Finanças, Administração e Contabilidade).

Segundo divulgado pela entidade as taxas de juros das operações de crédito apresentaram queda em setembro, interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa física e doze elevações seguidas na pessoa jurídica.

A taxa de juros média geral para pessoa física teve redução de 0,02 ponto percentual no mês, passando de 6,08% ao mês, em agosto, para 6,06% ao mês em setembro.

Para pessoa física, das modalidades de créditos pesquisadas, somente uma teve sua taxa elevada, a do cheque especial que no mês subiu de 8,44% (agosto) para 8,48% em setembro. Outras quatro modalidades tiveram redução: os juros do comércio ficaram em 4,63% no mês (-0,05 p.p.), CDC de bancos para financiamento de automóveis em 1,79% (-0,02 p.p.), empréstimo pessoal através de bancos em 3,44% (-0,03p.p.) e empréstimo pessoal por financeira em 7,26% (-0,06p.p.). A taxa do cartão de crédito rotativo se manteve estável em 10,78% no mês e 241,61% no ano.

Em relação à pessoa jurídica, a taxa de juros média geral apresentou redução de 0,01 ponto percentual no mês, ao passar de 3,44% no mês de agosto para 3,43% em setembro, que corresponde a menor taxa desde maio de 2014.

A ANEFAC pesquisa três modalidades de crédito em pessoa jurídica: desconto de duplicatas, conta garantida e capital de giro.

As duas primeiras tiveram suas taxas reduzidas em 0,01 ponto percentual em setembro. Desconto de duplicatas passou de 2,55% para 2,54% e conta garantida reduziu de 5,89% para 5,88%. Já a taxa de juros para  capital de giro se manteve estável em 1,88% e é a maior desde julho de 2012.

Acompanhem na tabela abaixo as taxas ao ano:

Além da perspectiva de manutenção da taxa básica Selic no patamar atual outros fatores podem ter contribuído para este cenário de redução das taxas.

Recentemente o Banco Central reduziu os depósitos compulsórios sobre recursos a prazo e à vista para dar mais liquidez à economia e estimular o crédito, mesmo num cenário de inflação alta, mas o objetivo maior era estimular a economia que estava com sinais de fraqueza.

Lembrando que recolhimento compulsório é uma parcela do dinheiro depositado nos bancos (públicos e privados) que fica retida pelo Banco Central e serve para controlar a oferta de moeda na economia (liquidez). Se o Banco Central diminui esta parcela exigida os bancos ficam com mais dinheiro para emprestar e podem flexibilizar os juros também.

Outro fator considerado é a estabilidade nos índices de inadimplência consequência de uma maior seletividade das instituições financeiras no crédito.

SERVIÇO

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Entenda a composição da taxa de empréstimo ao consumidor.

CUSTO DE CAPTAÇÃO DO BANCO

Este custo é quanto o banco paga pelo dinheiro que paga a seus aplicadores ou custo de oportunidade. A referência é a taxa Selic.

CUNHA FISCAL

Compreende os impostos da intermediação financeira mais os compulsórios, que o dinheiro dos depósitos que os bancos deixam no Banco Central sem poderem emprestar.

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Custos dos processos do banco, que são funcionários, agências etc. E acrescente nessa conta o RISCO e a MARGEM LÍQUIDA DA INSTITUIÇÃO.

RISCO

Custo da inadimplência dos empréstimos, aquela parte dos empréstimos que não são pagos ou demoram para serem recebidos, o que embute um risco à instituição.

MARGEM LÍQUIDA DA INSTITUIÇÃO

Este é o lucro do banco ou depois de todos os itens acima quanto efetivamente sobra para a instituição financeira.

OBSERVAÇÃO

As taxas de juros são livres e devem ser estipuladas pela própria instituição financeira, não existindo assim qualquer controle de preços ou tetos pelos valores cobrados.

Redação

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