Acesso à banda larga no Brasil é baixo, mas crescimento é forte

SÃO PAULO – Se, por um lado, a adesão à banda larga nos domicílios brasileiros ainda é muito inferior ao acesso nos países desenvolvidos, por outro, o Brasil registra taxas de crescimento da banda larga, tanto fixa quanto móvel, superior à média mundial.

De acordo com um estudo realizado pela Consultoria EuroPraxis, intitulado “Perspectiva para banda larga no Brasil e implicações de negócios”, a penetração da banda larga fixa por domicílios no Brasil é de 25%, enquanto em países como França e México, as taxas são, respectivamente, 74% e 41%.

Penetração

Em relação à banda larga móvel, a penetração no Brasil é de apenas 12%, porcentagem sensivelmente inferior à observada na Coreia do Sul, que tem o percentual máximo, de 90%. Quando o assunto é internet, não é a primeira vez que a Coreia do Sul aparece em destaque em uma pesquisa.

Recentemente, um estudo elaborado pela Pando Networks mostrou que o país tem a velocidade de internet mais rápida do mundo, com conexão média de 2,2 MBps (megabytes por segundo).

O mesmo estudo mostrou que a velocidade média da internet no Brasil é de 105 KBps (quilobytes por segundo).

Inclusive, de diversas cidades analisadas, em cerca de 224 países, Itapema, em Santa Catarina, possui nada menos do que a segunda conexão mais lenta (61 KBps).

Perspectivas positivas

Se o acesso à banda larga no Brasil ainda não é dos melhores, as perspectivas para o futuro são positivas. O estudo revelou que o País tem apresentado taxas de crescimento cerca de 35 pontos percentuais acima da média do restante do mundo.

O estudo ainda pontua uma importante diferença na conduta dos países, quando o assunto é investimento na estrutura da banda larga.

Se por um lado no Brasil o setor sempre dependeu e foi impulsionado por investimento privados, em países lideres de penetração, como a Coréia, por outro, o governo teve papel fundamental por meio de investimentos diretos.

PNBL

O foco do governo brasileiro é impulsionar a banda larga por meio do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Para 2014, a meta é conquistar 30 milhões de acessos fixos e 60 milhões de acessos móveis.

Em relação à velocidade, o governo quer aumentá-la até 5 Mbps nos próximos três anos. Para isso, serão investidos algo em torno de R$ 18 bilhões em banda larga fixa e R$ 31 bilhões em banda larga móvel. Também serão investidos R$ 2,2 bilhões em telecentros.

Diversos fatores influenciam a penetração da banda larga, entre eles, o preço. Neste sentido, vale observar que o Brasil ainda possui valores de acesso à internet superiores aos da maioria dos países desenvolvidos.

Como medida de comparação, o estudo mostra que o valor do combo (internet, TV e telefone), em média, na França, é de R$ 150, nos Estados Unidos é de R$ 242 e no Brasil, de R$ 290.

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/09/30/acesso-a-banda-larga-no-brasil-e-baixo-mas-crescimento-e-forte.jhtm

Redação

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