Jornal GGN – A defesa do ex-procurador Marcelo Miller pediu ao Supremo Tribunal Federal que Rodrigo Janot, chefe do Ministério Público Federal, seja interrogado por causa do escândalo envolvendo o grampo da JBS que lançou dúvidas sobre a licitude do acordo de delação premiada de Joesley Batista e outros empresários. Em conversa vazada à imprensa, Joesley e Ricardo Saud indicam que Miller orientava o acordo de cooperação e funcionaria como uma ponte entre os executivos e Janot.
“A bem da verdade, se o requerente houvesse solicitado ou recebido qualquer vantagem para interferir junto a membro do Ministério Público, necessariamente ter-se-ia que identificar que Procurador da República seria o destinatário da tentativa de ingerência nociva”, afirmou a defesa de Miller.
O pedido ainda alega que Janot deixou pronto o pedido de prisão de Miller antes mesmo de concluir o interrogatório do ex-procurador.
“A heterodoxia no procedimento adotado pelo eminente Procurador-Geral da República foi, ao que parece, fruto de açodamento e precipitação e, obviamente, não levou em conta os esclarecimentos realizados pelo requerente durante seu depoimento, o que sugere, para dizer o mínimo, que o requerimento de decretação de cautelares já estava pronto anteriormente”, disse Miller.
Reportagem do Estadão diz que, no pedido, Miller “faz várias críticas a Janot” e “coloca à disposição do STF o sigilo bancário e o sigilo fiscal e se diz pronto para prestar novo depoimento se necessário.”
Além do procurador-geral, Miller “pede que sejam ouvidos o chefe de gabinete de Janot, Eduardo Pelella, o procurador da República Fernando Alencar, o promotor integrante do Grupo de Trabalho da Lava Jato na PGR Sergio Bruno Cabral Fernandes. A finalidade dos depoimentos, segundo o ex-procurador, é esclarecer ‘se, em algum momento, o requerente (Miller) lhe solicitou que intercedesse de qualquer forma em favor da empresa J&F Investimentos S. A’. Um quinto nome é o do ex-assessor do próprio Miller, Marcos Gouveia, informe se pediu o acesso a dados das empresas do grupo J&F ou de operações das quais elas poderiam ser alvo.”
Janot pediu a prisão de Miller alegando que ele teria cometido os crimes de participação em organização criminosa, exploração de prestígio e obstrução a investigações. Miller nega as acusações, acrescentou o jornal.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
O novo linguista ainda nao
O novo linguista ainda nao chamou crime de trapalhada ou escorregada ética? Tá demorando….